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sábado, abril 30, 2011

Massinha para a menina e para a menina



Depois de um sábado inteiro sozinha com as meninas, pensar num jantar que não seja um pretexto para birras ou queixas implica obviamente "massinha", como diz a mais pequena. Seja!
Massa com ervilhas, salmão grelhado, temperado com sumo e raspa de laranja e muitas folhinhas de tomilho.
As crianças gostam e eu agradeço a fácil e rápida execução.

Primavera dentro de casa



A chuva destes dias não anula a Primavera. E ela espreita por todo o lado. Nas beiras do caminho, no meu caminho para casa, estou sempre com vontade de parar e agarrar mais uma flor. Bem sei que elas ficam melhor no campo que nas jarras. Mas é tão bom ter um pedaço de Primavera dentro de casa...

Ainda da Feira Medieval





Ainda da Feira Medieval de Buarcos trouxemos tâmaras, duas variedades. Uma delas frescas, que tem de ser comidas muito rapidamente e que acabei de usar no recheio que estou a preparar para o almoço de amanhã.
Os damascos e os pêssegos secos também estão a desaparecer porque as meninas adoram. Uma maneira alternativa de consumir fruta e ácido fólico.

sexta-feira, abril 29, 2011

Fair-play? Isso não existe em catalão

É uma expressão inglesa:

Dos de los pesos pesados del Manchester United, Rio Ferdinand y Michael Owen, criticaron en Twitter las simulaciones de varios jugadores culés en el Real Madrid-Barça. El central fue duro con Pedro cuando hizo teatro en una entrada de Arbeloa. "Piscinazos vergonzosos y de chiste. Cuando Pedro vea eso por la tele pensara, ¿qué diablos estaba haciendo? Los jugadores de rugby se estarán riendo del fútbol". También criticó la actitud de Alves en la roja: "Si alguna vez me veis salir en camilla y luego vuelvo al campo corriendo, ¡tenéis luz verde para hacerme una entrada con los dos pies!". Owen también habló de la jugada: "Las acciones de Alves no gustarán a muchos porque si se hubiera levantado enseguida, hubiera sido amarilla".

Una actitud culé que también enfadó a Adebayor. Tras el partido, fue duro: "Se iban al suelo como bebés y lloraban poniéndose las manos en la cara. El Barça está lejos del fair play". (As)

*
E como diz Mourinho, uma imagem vale mais do que mil palavras. Descubra as diferenças. Sim, estão no equipamento e no cartão.

quinta-feira, abril 28, 2011

No entretanto as especiarias







Continuo em reflexão. A ouvir-me e a ouvir-vos. A ponderar sobre o rumo a dar a isto. Se continuo nos Niveladores, se crio um blog só meu ou se deixo a blogosfera. No entretanto deixo alguns apontamentos sobre produtos que adquiri na primeira edição da Feira Medieval de Buarcos. Hoje, algumas especiarias: Nós-moscada, sementes de coentros e cardamomo.

Poker para a final de Dublin

quarta-feira, abril 27, 2011

Sempre do mesmo...!

72% de posse de bola...o melhor jogador do Mundo (mais um golo para a história do futebol - 55 golos em 56 jogos)...domínio total do jogo...mais uma final, etc.

O Real é o Benfica lá do sítio...são os maiores mas "levam sempre no corpo" do Barça. Tal como o FCP faz com o Benfica!!!

Tal como cá, já perdeu interesse ver os jogos entre os rivais tal é a superioridade do Barça e do FCP.

E se pusessem a jogar o Di Stefano e o Eusébio será que melhorariam alguma coisa?

Emancipação?



A minha ligação ao Niveladores é umbilical. Desde a sua génese. Desde o primeiro dia. Em moldes diferentes que foram evoluindo e que se transformaram numa participação exclusivamente culinária. Aquela com que mais me identifico.

No concerto da Mafalda, outra Mafalda encontrei. Uma Mafalda mais minha, por ser amiga, por ser próxima ainda que longe. E foi uma alegria reencontrar esta amiga. E uma surpresa quando a ouvi dizer que todos os dias me visitava. Para quando um blog só meu, só de culinária, questionava ela. E eu a justificar que não me sentia preparada para isso, que não era este o tempo, que não tinha conteúdo para tanto. Eu a justificar os meus receios, as minhas dúvidas, a angústia de cortar o cordão. O tal umbilical, o tal do primeiro dia. Eu a arranjar desculpas para ficar sobre a rede. Porque é mais fácil estar com os amigos. Ter o P. por companheiro nestas lides. E o J. que também vai postando. E pontualmente a M. e a S. que timidamente lá aparecem. Eu a querer adiar esse passo, que cada dia mais me parece inadiável ou inevitável. Ou então não. E cessar com tudo isto. E continuar a cozinhar como sempre fiz, mas a não tornar isso público. Porquê publicar? Sim, porquê?

Champions

"...con las declaraciones de Pep [Guardiola], entramos en una nueva era. Un tercer grupo [de entrenadores]: criticar el acierto del árbitro. Él tiene muchos seguidores por su fantástico juego, pero vamos a ver si tiene muchos seguidores criticando el acierto del árbitro. Es consecuencia de lo que vivió en su primera temporada con el escándalo de Stamford Bridge. A partir de ese momento, no está contento con el acierto de los árbitros. El año pasado, con el Inter, jugué más de una hora con diez. Este año, por ejemplo, tenía un pie fuera y pasó lo que pasó con el Arsenal. Y en la final de Copa, donde un árbitro auxiliar tiene una decisión fantástica, correctísima, dificilísima, él la critica."

Manchester United já está à espera do Barça para a final da Champions

segunda-feira, abril 25, 2011

Sem cravos, só estreménias


























Já houve tempos em que este feriado me era particularmente querido. Sim já houve! Mas desta vez não tive cravos na mesa :)


Não passei a manhã na cozinha, mas preparar o peito de pato de acordo com o que vi no Master Chef ainda leva algum tempo. Mas quase não dá trabalho. Mais uma vez, é uma tarefa essencialmente do forno. E essa é quase sempre a minha "bengala" quando tenho mais comensais à mesa.


Porque já é um hábito e porque sabe sempre bem, pão de alho, a versão calórica com mozarella. Também húmus que tanto me agrada e que me serve sempre de complemento à refeição seguinte.


Uma pasta de ovos com alcaparras. Nada de muito elaborado. Apenas um pouco de maionese para envolver as gemas desfeitas, as alcaparras picadas e os coentros da mesma maneira. Um pouco de mostarda e pimenta.


Prato principal, o dito pato, acompanhado de batata nova assada. Procedimento básico: lavadas, cortadas em fatias grossas, envoltas em azeite, sal e tomilho. Assadas lentamente no forno quente. Cozi ervilhas e couves de bruxelas que depois salteei em chouriço caseiro e tâmaras. Assei o pato de acordo com o procedimento deste episódio do MasterChef Australia. Todos gostaram muito.


Para terminar a refeição, umas tarteletes de amêndoas e chocolate com sorbet de limão, para diminuir a doçura. À base de massa folhada, acrescentei o creme feito com duas gemas de ovos, uma colher de sopa de açúcar, as claras batidas em castelo, um pacote de natas frescas e amêndoas de chocolate misto partidas grosseiramente.


E viva a Revolução!


Na Páscoa há cabrito













O almoço de Páscoa foi nos pais. Alternadamente. Tal como o Natal. O Cristo há-de entrar pela porta, serpenteada com rosmaninho e louro, como é tradição. Da mesma forma que é tradição ter cabrito na mesa. Mas nesta mesa não podia haver só cabrito, porque nem todos o comemos. Eu não. Não por qualquer fundamentalismo. Como carne, alguma. Como o pato. E por isso, arroz de pato. Mas antes gambas que o pai sabe arranjar, com espumante fresquinho para abrir o apetite. E a rematar um bolo de pêssego, doce e macio, com gelado para humedecer. O tinto Eugénio de Almeida acompanhou com distinção. E as flores do jardim, misturadas com os coentros, perfumaram a mesa, com a simplicidade das flores do campo.

Entre fadas e galinhas









Este ano não tive quaresma nem Páscoa. Não tive penitências nem Aleluias. E sinto essa falta. Mas este não é o espaço para estes desabafos...

Os dias de descanso que os feriados proporcionaram permitiram estar com quase toda a família e alguns amigos. Antes de tudo isso ainda um Jantar com História a ouvir falar de Unamuno e das suas fortes ligações à Figueira, com uma ementa sobejamente interessante pelo chef Hélio Loureiro, onde se destacou uma geleia de rosas que me ficou na lembrança e no palato. Ver se a descubro por aí.

Mas voltando aos amigos, no sábado de Páscoa regressámos do Porto com destino ao CAE para ver a Mafalda e as suas Fadas. Apressadamente ainda preparei uma pasta para jantarmos com o PA. Eramos apenas os três à mesa, com horário condicionado e o frigorífico a necessitar de ser recarregado. Valeram os ovos cozidos da época e socorri-me de aromas essencialmente. Numa caçarola deitei azeite aromatizado com tomate seco e salteei alacaparras, tâmaras, bacon e maçãs. Temperei com sal e tomilho e envolvi na farfalle. Um Flor de Lis embalou-nos para o concerto.
Foi uma noite encantadora, como a própria fadista.

Abandono (Fado Peniche) - versão Cristina Branco




Letra: David Mourão-Ferreira
Música: Alain Oulman

Por teu livre pensamento
Foram-te longe encerrar
Tão longe que o meu lamento
Não te consegue alcançar
E apenas ouves o vento
E apenas ouves o mar

Levaram-te a meio da noite
A treva tudo cobria
Foi de noite numa noite
De todas a mais sombria
Foi de noite, foi de noite
E nunca mais se fez dia

Ai! Dessa noite o veneno
Persiste em me envenenar
Oiço apenas o silêncio
Que ficou em teu lugar
Ao menos ouves o vento
Ao menos ouves o mar!...

sexta-feira, abril 22, 2011

Princesa e a ervilha modern style

Frases

"Famous men are usually the product of an unhappy childhood"
(Winston Churchill)

"Research into self-made millionaires at the University of Manchester Institute of Science and Technology identified that 'a disproportionate number of successful people have lost a parent, been rejected by a parent or have a loss-related event before the age of 18'..."
(Ian Gilbert)


Vá à Almedina

Sim, é publicidade. Mas uma livraria que oferece livros - sim, oferece - merece ser publicitada. Basta entrar na Almedida situada no Estádio Cidade de Coimbra e procurar os livros que dizem
"Procura-me... na livraria Almedina e leva-me contigo",
num quadradinho vermelho colado na capa (geralmente na lombada). E depois, claro, por gentileza compra-se um ou dois livrinhos dos que estão à venda.
*
Le Clézio, uma biografia comparada das duas Tudor (Isabel e Maria), um romance histórico do F. Campos e uma História da Criança foi o que trouxe. E ainda lá ficou muita coisa, de Doris Lessing a Robin Cook, de ficção e não-ficção, havia de tudo um pouco. E comprei uma Geopolítica do Mediterrâneo, para equilibrar a coisa.

quinta-feira, abril 21, 2011

A Taça do Rei fica em ESPANHA*

(Casillas recebe a Taça das mãos de Juan Carlos)


" Estoy muy orgulloso porque he ganado las cuatro copas de los países más importantes de Europa"

"Hace días un técnico me dijo que era un entrenador de títulos.
Gracias, me gusta ser un entrenador de títulos".

 (Mourinho)

(e no Mestalla ouvia-se Así, así, así gana el Madrid)


*Sim, eu sei que Barcelona é Espanha. Parece, no entanto, que há uns pobres de espírito que não sabem. Quando lhes convém.

E o nosso destino é...

Ganhar...e na Luz ainda sabe melhor!!! Esqueceram-se de apagar a luz desta vez? Pois, pensavam que 2-0 chegava para ir à final da taça!!!Pobres de espírito.







quarta-feira, abril 20, 2011

A princesa e a ervilha



Quando penso numa história de infância que me tenha impressionado, lembro-me imediatamente da Princesa e a Ervilha. Sempre achei aquela extrema sensibilidade da Princesa muito questionável. Ora aquilo terá que ter uma segunda leitura.
Tenho dias em que por leves segundos me sinto a viver essa história da ervilha. Mas quando vejo o que me incomoda a pele verifico que não é uma ervilha mas uma migalhita de pão. Este hábito de tomar o pequeno-almoço na cama, mesmo com muitos cuidados, tem destas coisas. Há sempre uma migalha que escapa... Pronto! Depois volto à minha realidade e fico com a certeza que não tenho nada de princesa! Mas gosto de ervilhas. Acho uma leguminosa primorosa, bonita e versátil. Ainda na continuação do saquinho da gandaresa, arranjei as últimas para o almoço de hoje, ainda a dois.

O vizinho trouxe peixe espada fresquinho directamente da lota. Vamos lá grelhar no forno. Para acompanhar? Batata nova (também da gandaresa) cozida no vapor com as ervilhas de quebrar. Depois saltear tudo em azeite e salsa numa frigideira e ficar grata à natureza pelas coisas boas que brotam da terra e do mar.

Conheço tantos


(Time Magazine, 26 Fevereiro a 4 Março)

uma canção de embalar celta




Griogal Cridh'                                                                Amado Griogal


Moch maduinn air Latha Lùghnasd                        Manhã cedo, no dia de Lugh (1)
mi sùgradh mar ri m’ ghràdh;                                    Eu brincava com o meu amor;
ach mu’n d’thàinig meadhon latha,                         Mas ao meio-dia
bha mo chridhe air a chràdh.                                   O meu coração estava ferido.


‘S iomadh oidhche fhliuch is thioram,                    Muitas noites, húmidas e secas,
sìde nan seachd sian,                                                debaixo de sete tempestades,
gheibheadh Griogal dhomh-sa creagan                 Griogal encontrava-me uma gruta
ris an gabhainn dìon.                                                onde me abrigar.


Cúrfa                                                                                     Refrão


Òbhan òbhan òbhan iri, òbhan iri ò
Òbhan òbhan òbhan iri,
‘s mòr mo mhulad ‘s mòr.                                          Grande é a minha dor, grande.


Nuair ‘bhios mnathan òg a’ bhaile                           Quando as jovens esposas da aldeia
‘nochd nan cadal sèimh,esta noite                           dormem profundamente,
‘s ann bhios mis’ aig bruaich do lice                        Eu estarei junto à tua sepultura
‘bualadh mo dhà làimh.                                               a bater as duas mãos.


Chaneil ùbhlan idir agam,                                           Não tenho maçãs,
‘s ùbhlan uil’ aig càch;                                 enquanto as outras têm todas as maçãs;
‘s ann tha m’ùbhal cùmhraidh caineal,                Mas a minha maçã é doce e perfumada,
‘s cùl a chinn ri làr.                                                e tem a cabeça pousada no chão.

Queima das Fitas 2011 (a de Coimbra, claro)


As tretas do costume, para não variar. Mas Editors, Gift e sobretudo os fantásticos James valem uma ida ao queimódromo. Um cartaz muito bom, se compararmos com anos anteriores.

terça-feira, abril 19, 2011

Antes quebrar que torcer



Comprei um saquinho de ervilhas de quebrar na feira da Tocha, a uma daquelas velhinhas gandaresas. Ela bem dizia que eu não me ia arrepender. De facto, são deliciosas.
Preparei-as para um almoço rápido. Procedimento simples. Na véspera, e como terapia, peguei no saquinho e lavei-as muito bem, para depois retirar os veios laterais. É um exercício de relaxamento a ter em conta.
Num tacho coloquei azeite e dois dentes de alho esmagados e uma caixa de tiras de bacon fumado. Acrescentei as ervilhas e deixei a estufar em lume brando cerca de 20 minutos, mexendo regularmente. Cozi penne e depois acrescentei às ervilhas. Do mais saboroso que há. Não pensei no bacon em termos calóricos e agarrei-me ao saudável das ervilhas.

segunda-feira, abril 18, 2011

Pois é Mafalda!


Mais para quem tem bebés

Mais uma entrevista no youtube (em 8 partes - salta da parte 1 para a 3). E podem pôr as crianças a aprender a ler e a fazer contas.

Deus esqueceu-se de fazer a patente?

11Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu. 12A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom.
(Génesis 1, 11-12)


Claro que a Bíblia está errada. Quem criou as sementes foi um génio empresarial:

"O mercado das sementes é hoje um oligopólio, com dez empresas a controlar 67% do mercado global de sementes comerciais (5). Através da manipulação genética, as patentes e a cobrança de direitos para a reprodução de sementes estas empresas estão a condicionar a diversidade genética do nosso planeta.
Os tratados internacionais e a legislação europeia já estão a favorecer fortemente as variedades de sementes industriais em detrimento das variedades tradicionais e da diversidade fitogenética conseguida com o trabalho de homens e mulheres agricultores ao longo de séculos. A nova legislação a ser proposta pela Comissão Europeia em 2011 vem restringir ainda mais a acção do agricultor, obrigando a burocracias que na prática vão inibir a reprodução de sementes tradicionais.
A Campanha Europeia pelas Sementes Livres reclama o livre acesso às sementes, o apoio à preservação da diversidade agrícola e a proibição das patentes sobre plantas. As sementes são um bem comum e vital e não devem ser entregues à exploração exclusiva da indústria agro-alimentar."
(campanha aqui)
Debbie Reynolds tinha 19 anos quando foi escolhida para contracenar com Gene Kelly no grande Serenata à Chuva. Este foi o seu primeiro grande papel.

Conta Debbie Reynolds:
"... Eu era aquela personagem. Era a jovem inocente q conhecera esta importante estrela de cinema e tinha de manter-se à altura dos sonhos que ele tinha para ela. Era como a vida real. (...)
Se dançamos a sós podemos falhar, porque ninguém nota. Mas se estás a dançar com Donald O'Connor e Gene Kelly, tens de ser igual a eles... Eu dançava à maneira do Gene Kelly, os seus passos, a sua coreografia, o seu estilo. Eu não tinha um estilo. Gene Kelly era um mestre. Tinha de ser. Para uma jovem como eu conseguir aprender tanto como eu aprendi... Era quase impossível. 
Ao rodarmos a cena do good morning, o Gene fez-nos repetir 40 vezes a parte em que saltamos sobre os sofás. Não parávamos. Dançávamos, dançávamos, dançávamos. Por isso, chorei grande parte do tempo. Ele exigiu muito de mim, mas ensinou-me tão bem que ainda estou neste meio 52 anos depois, graças aos seus ensinamentos."

sábado, abril 16, 2011

Hum...







"Do you think I would have amounted to anything if I went to school? University-trained scientists only saw that wich they were taught to look for and missed the great secrets of nature."




(Thomas Edison)

O jantar que se segue...





















O meu dia preferido da semana é a sexta. Termina a semana de trabalho e há uma expectativa sobre os dias de descanso que se seguem. Ter um programa para esse dia à noite ainda o torna mais especial.
Tínhamos um jantar combinada há muito tempo com os nossos amigos C. e JP. Pensei numa ementa que lhes agradasse, sendo que as restrições eram poucas: sardinha e fígado. Assim é fácil. Pensei em cuscuz porque os sabia apreciadores e para a sobremesa um coulant de chocolante que lhes parecia agradar.

Não por falta de alternativas, mas porque realmente tem sabido bem, insisti no pão de alho. E mais uma vez, não me defraudou. Antes de no sentarmos à mesa, ainda fomos trincando uns palitos vegetais com húmus e bebericando um espumante bruto, bem fresco, porque logo a seguir veio algo bem quente.
Para o húmus usei 400 g de grão cozido, um fio de azeite, 1 colher de chá de cominhos, meio colher de chá de flor de sal, 2 colheres de chá de sementes de sésamo, 2 dentes de alho, sumo de um limão e paprika para polvilhar, depois de tudo triturado.

Seguiu-se uma sopa de peixe. Sinto sempre que a viver nesta terra devo dar a quem vem de fora este prato. Afinal, temos o mar à porta. Fiz a minha versão, como já mostrei aqui, acrescentando umas amêijoas com casca.

Depois, e porque as noites já estão quentes, um cocktail de marisco fresquinho, servido em pequenas meloas. Retirei o interior da meloa, piquei parte desta e juntei pequenos camarões, delícias do mar, iogurte grego, raspa de laranja e flor de sal. Usei a casca da meloa como taça e coroei com um tomate cereja.

Depois o prato principal. Um prato de forno, para não variar, porque facilita a gestão da conversa e do andamento do jantar. De véspera temperei e recheei um lombo de peru. No talho pedi que o cortassem por forma a rechear. Trouxe rede que me obrigou a um trabalho de equipa. Com o fio consigo ser autónoma, com a rede é obrigatório outro par de mãos.
Dei pequenos cortes para o tempero ser bem absorvido pela carne. Piquei salsa, coentros, alcaparras e juntei azeite, sal e pimenta. Recheei e fechei. Guardei no frigorífico até duas horas antes da refeição. Nessa altura, selei primeiro a carne em azeite numa frigideira e depois coloquei no forno a 175º, virando com pouca regularidade, apenas para ficar uniforme.
Para acompanhar, recheei tomates e pimentos com cuscuz. Desta vez hidratei com água quente perfumada com canela e acrescentei tâmaras picadas. Polvilhei com queijo da ilha.

Para sobremesa, o coulant de chocolate. Com a conversa, deixei passar a hora e não ficou suficientemente cru. Mas como disse a C., se é chocolate é sempre bom. Servi com uma bola de gelado de baunilha.

A conversa continuou, com as miúdas em ruído de fundo e a fazerem o "levantamento fotográfico". A L. estava encantada com as flores que a C. nos trouxe, para todas as mulheres da casa. A F. mais feliz com o chocolate em apêndice. Para além das maravilhosas flores, o vinho que trouxeram era um tinto magnífico. Daquele que se "mastiga". Valle Pradinhos 2006.

Rematámos com um chá.
Não sei como, mas saímos da mesa às 2h. E ainda tinha tanto para ouvir e contar.