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sábado, abril 16, 2011

O jantar que se segue...





















O meu dia preferido da semana é a sexta. Termina a semana de trabalho e há uma expectativa sobre os dias de descanso que se seguem. Ter um programa para esse dia à noite ainda o torna mais especial.
Tínhamos um jantar combinada há muito tempo com os nossos amigos C. e JP. Pensei numa ementa que lhes agradasse, sendo que as restrições eram poucas: sardinha e fígado. Assim é fácil. Pensei em cuscuz porque os sabia apreciadores e para a sobremesa um coulant de chocolante que lhes parecia agradar.

Não por falta de alternativas, mas porque realmente tem sabido bem, insisti no pão de alho. E mais uma vez, não me defraudou. Antes de no sentarmos à mesa, ainda fomos trincando uns palitos vegetais com húmus e bebericando um espumante bruto, bem fresco, porque logo a seguir veio algo bem quente.
Para o húmus usei 400 g de grão cozido, um fio de azeite, 1 colher de chá de cominhos, meio colher de chá de flor de sal, 2 colheres de chá de sementes de sésamo, 2 dentes de alho, sumo de um limão e paprika para polvilhar, depois de tudo triturado.

Seguiu-se uma sopa de peixe. Sinto sempre que a viver nesta terra devo dar a quem vem de fora este prato. Afinal, temos o mar à porta. Fiz a minha versão, como já mostrei aqui, acrescentando umas amêijoas com casca.

Depois, e porque as noites já estão quentes, um cocktail de marisco fresquinho, servido em pequenas meloas. Retirei o interior da meloa, piquei parte desta e juntei pequenos camarões, delícias do mar, iogurte grego, raspa de laranja e flor de sal. Usei a casca da meloa como taça e coroei com um tomate cereja.

Depois o prato principal. Um prato de forno, para não variar, porque facilita a gestão da conversa e do andamento do jantar. De véspera temperei e recheei um lombo de peru. No talho pedi que o cortassem por forma a rechear. Trouxe rede que me obrigou a um trabalho de equipa. Com o fio consigo ser autónoma, com a rede é obrigatório outro par de mãos.
Dei pequenos cortes para o tempero ser bem absorvido pela carne. Piquei salsa, coentros, alcaparras e juntei azeite, sal e pimenta. Recheei e fechei. Guardei no frigorífico até duas horas antes da refeição. Nessa altura, selei primeiro a carne em azeite numa frigideira e depois coloquei no forno a 175º, virando com pouca regularidade, apenas para ficar uniforme.
Para acompanhar, recheei tomates e pimentos com cuscuz. Desta vez hidratei com água quente perfumada com canela e acrescentei tâmaras picadas. Polvilhei com queijo da ilha.

Para sobremesa, o coulant de chocolate. Com a conversa, deixei passar a hora e não ficou suficientemente cru. Mas como disse a C., se é chocolate é sempre bom. Servi com uma bola de gelado de baunilha.

A conversa continuou, com as miúdas em ruído de fundo e a fazerem o "levantamento fotográfico". A L. estava encantada com as flores que a C. nos trouxe, para todas as mulheres da casa. A F. mais feliz com o chocolate em apêndice. Para além das maravilhosas flores, o vinho que trouxeram era um tinto magnífico. Daquele que se "mastiga". Valle Pradinhos 2006.

Rematámos com um chá.
Não sei como, mas saímos da mesa às 2h. E ainda tinha tanto para ouvir e contar.

3 comentários:

Sophy disse...

Mais um jantar fantástico... uma mesa linda e uma ementa minuciosamente preparada...

guida c disse...

Nos próximos dias não vou ter jantares lá em casa. Vou eu jantar a outras casas ;) que também sabe bem. Mas o próximo previsto lá em casa é com ementa indiana

Sophy disse...

Então quer dizer que esta semana não tenho novidades neste blog???!!!!! Comida indiana... parece-me bem...