O almoço de Páscoa foi nos pais. Alternadamente. Tal como o Natal. O Cristo há-de entrar pela porta, serpenteada com rosmaninho e louro, como é tradição. Da mesma forma que é tradição ter cabrito na mesa. Mas nesta mesa não podia haver só cabrito, porque nem todos o comemos. Eu não. Não por qualquer fundamentalismo. Como carne, alguma. Como o pato. E por isso, arroz de pato. Mas antes gambas que o pai sabe arranjar, com espumante fresquinho para abrir o apetite. E a rematar um bolo de pêssego, doce e macio, com gelado para humedecer. O tinto Eugénio de Almeida acompanhou com distinção. E as flores do jardim, misturadas com os coentros, perfumaram a mesa, com a simplicidade das flores do campo.
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