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quarta-feira, dezembro 31, 2008

Dylan's secret

Barbara Allen






Twas in the merry month of May
When green buds all were swelling,
Sweet William on his death bed lay
For love of Barbara Allen.

He sent his servant to the town
To the place where she was dwelling,
Saying you must come, to my master dear
If your name be Barbara Allen.

So slowly, slowly she got up
And slowly she drew nigh him,
And the only words to him did say
Young man I think you're dying.

He turned his face unto the wall
And death was in him welling,
Good-bye, good-bye, to my friends all
Be good to Barbara Allen.

When he was dead and laid in grave
She heard the death bells knelling
And every stroke to her did say
Hard hearted Barbara Allen.

Oh mother, oh mother go dig my grave
Make it both long and narrow,
Sweet William died of love for me
And I will die of sorrow.

And father, oh father, go dig my grave
Make it both long and narrow,
Sweet William died on yesterday
And I will die tomorrow.

Barbara Allen was buried in the old churchyard
Sweet William was buried beside her,
Out of sweet William's heart, there grew a rose
Out of Barbara Allen's a briar.

They grew and grew in the old churchyard
Till they could grow no higher
At the end they formed, a true lover's knot
And the rose grew round the briar.

canção popular, provavelmente de origem escocesa ou irlandesa, referenciada desde o século XVII.


Existem várias versões, aqui compiladas:

terça-feira, dezembro 30, 2008

domingo, dezembro 28, 2008

Os hinos dos grandes (Benfica, Sporting, Académica, Belenenses e Porto), no maisfutebol.
*
E em primeiro lugar está Luís Piçarra (adoro a parte das papoilas saltitantes):

 Luis Piçarra - Hino do Benfica

Em algumas coisas estamos ao nível da Espanha (ou "melhor")

"Yo no sé durante cuánto más tiempo tendrá sentido que escribamos artículos los que los hacemos, pero me temo que es un género al que le queda poca vida. Tal vez desaparezca sólo a la vez que los periódicos, al menos los de papel impreso, pero también es posible que le llegue antes su hora, dado el número creciente de lectores que no sabe entenderlos o -lo que es aún más deprimente- no está dispuesto a entenderlos, no le da la gana de hacerlo. Entre los que no saben se cuentan cada vez más jóvenes, como ponen de manifiesto los informes PISA y demás encuestas sobre la enseñanza, según las cuales va siempre en aumento la proporción de estudiantes incapaces de comprender un texto breve, no digamos de resumirlo. Y es de suponer que, cuando dejen atrás sus estudios y ni siquiera tengan que ejercitarse ni examinarse, los comprendan aún menos, por lo que la población adulta futura será analfabeta en la práctica: sabrá leer palabras sueltas, pero no las entenderá combinadas, y sobre todo no entenderá los conceptos, los razonamientos ni las argumentaciones, ni podrá detectar una contradicción ni una incongruencia. Habrá excepciones, claro está, y serán ellas las que manejen el cotarro, porque en contra de lo que muchos jóvenes y pedagogos creen -que no sirve de nada aprender lo que no va a utilizarse profesionalmente-, quienes tengan una cabeza estructurada seguirán siendo los sobresalientes del mundo. El que sepa latín -”una pérdida de tiempo”- y matemáticas -algo “casi innecesario”, con las máquinas calculadoras- sacará una ventaja insalvable a sus especializados contemporáneos."

sábado, dezembro 27, 2008

*Baseado em factos verídicos

Sem saber como lá fui parar, a verdade é que dei por mim numa loja de artesanato, algures na Galiza. Pelo menos julgo que é a Galiza. A vendedora fala castelhano, mas mesmo assim pressinto que estou na Galiza. Pergunto por um qualquer objecto. O vendedor (que aconteceu à vendedora?) diz-me que não tem, que já teve, mas que agora deixou de receber. Creio que se trata de réplicas de estatuetas pré-históricas, como aquela gordinha de Willendorf. Mas também poderia ser uma escultura medieval, a memória ficou algo turva. Tiro um cartão do bolso, na minha boa vontade de tentar ser útil. Entrego-o ao vendedor. Falo um castelhano péssimo, mas faço-me entender. O cartão tem o contacto de um fabricante de estatuetas, português, que recomendo ao vendedor.

O homem olha-me e agradece, mas que tem receio de contactar com ele. "Porquê?", pergunto eu. "Não sabe que este homem agora vive com um taxista?", e mostra-me uma fotografia do artista (que eu reconheço, embora não me lembre de alguma vez o ter visto) de camisa amarela, ao lado de um outro homem, de camisa florida, azul-bebé, encostado a um carro, que seria o dito taxi. O absurdo da situação escapou-me, na altura, e aceito o argumento do vendedor com naturalidade, não sei bem porquê.

Tento ajudá-lo a contornar a sua dificuldade, perguntando se não teria na loja alguém em quem confiasse, que pudesse estabelecer o contacto por ele. Passa a vendedora que vira inicialmente e o vendedor aponta para ela. Mas não parece muito convencido. Será que não confia nela? Mas que confiança especial é necessária para fazer (provavelmente por telefone) uma simples encomenda? Estas dúvidas, porém, ponho-as agora, em que tudo me parece absurdo, não na altura.

O silêncio é cortado por uma música que surge do nada e invade a loja, crescendo. Abba?!




Sábado de manhã. Os Abba cantam a partir do telemóvel pousado na minha mesa-de-cabeceira. Onde estava eu com a cabeça para pôr semelhante toque? E o relógio a dizer "é tão cedo" na sua linguagem de algarismos.

Olho para o visor: Cátia. A minha prima. Mas que me quer ela a esta hora?

"Estou?"

Eu sou mais directa, e com uma voz ensonada e muito irritada, limito-me a "Diz!"

"Acordei-te?"

Só me faltava esta. Claro que acordaste... "Diz!!", agora num tom mais duro.

"Podes ir ter ao meu carro? Tocou aqui uma senhora a dizer que o marido me bateu no carro. Eu bem sentia que ele não tinha ficado ali bem."

"Ali" era o fim de uma curva, onde sempre ficaram carros estacionados sem qualquer problema. Mas a minha prima, desde o momento em que puxou o travão de mão e trancou o carro que o sentiu mal estacionado. E, pelos vistos, tinha razão.

"Já lá vou ter."

Visto-me à pressa, prendo o cabelo, calço umas sapatilhas e saio a correr. Junto ao carro da minha prima está outro carro, quatro piscas ligados, duas crianças no interior e um casal cá fora. Deviam ter cinquenta anos, ou pelo menos vestiam-se como tal. Ou foram pais muito tarde ou os putos são emprestados (na melhor das hipóteses), porque são ainda pré-adolescentes.

Da minha prima nem sinal.

"A menina é a dona do carro?"

"Não, sou a prima da dona."

A mulher olha para mim com ar irritado. Isto de facto soou um pouco mal.

"Sou mesmo a prima da dona, ela ligou-me para vir também, deve estar aí a chegar."

Olho para trás, mas nem sinal da minha prima. O rosto da senhora amenizou-se, mas mantinha um ar de preocupação. O marido olhava para a amolgadela que tinha no carro dele, depois olhava para o carro da minha prima, intacto, e voltava para a amolgadela. Não consegui perceber se ele estava aliviado ou irritado, porque o seu rosto tinha a expressividade de um actor de novela portuguesa.

"Olhe, a culpa é toda minha", começou a contar a mulher, agitando muito as mãos enquanto falava. "É minha porque vinha a conversar com o meu marido, a dizer-lhe para ele ter cuidado, ainda há pouco ouvimos na rádio falar de um acidente e eu vinha a dizer-lhe 'vai com atenção', porque hoje em dia todo o cuidado é pouco e é preciso mil olhos e mesmo assim as coisas acontecem..."

Começo a compreender a causa do acidente. Com tanto palavreado até eu começo a perder o norte.

"... e ele até nem tem o hábito de acelerar, é muito cuidadoso, mas é distraído, e já não é a primeira nem a segunda vez que apanhamos um susto. Claro que às vezes são os outros, anda por aí muita gente que não devia ter carta, são uns criminosos, mas a esses a polícia não vê, mas a nós ser for preciso mandam logo parar e vasculham tudo na caça da multa."

Interrompo-a. "Vem lá a minha prima." E, de facto, lá vinha. Mas não parecia vir de casa, parecia que passara ainda pelo cabeleireiro e pela esteticista. Não admira que tivesse demorado esta eternidade. É que a minha prima é do género de rapariga que põe baton e perfume antes de fazer um telefonema. Bom, eu cá costumo tirar os óculos, mas já é um reflexo condicionado...

Com a chegada da minha prima, a senhora (após as necessárias saudações) recomeça o seu conto, por outras palavras, mas que me dispenso de transcrever aqui na íntegra, preferindo ir directamente ao assunto (as reticências representam longas divagações sobre o tema colocado entre parêntesis):

"Quando o meu marido vinha a fazer a curva ... (velocidade) eu vi o carro estacionado (estacionamentos e multas; "não leve a mal, menina, que o seu está bem estacionado, e blá blá blá) e gritei "cuidado" ... (histórico de todas as situações anteriores em que o grito de cuidado foi fundamental para a salvação de inúmeras vidas) e o meu marido assustou-se ... (aqui a senhora, não sei bem por que caminhos, chegou à história de uma vizinha que caíra das escadas) e deu uma guinada para se desviar, mas pensou que eu tinha visto um carro a vir em sentido contrário ... (o sol da manhã e o uso de óculos escuros; o preço das consultas de oftalmologia; as listas de espera) e em vez de se desviar para o meio da estrada, desviou-se para a berma e bateu no seu carro, menina."

Terminado o longo relato, fomos ver os estragos. De acordo, os senhores foram honestos e sérios. Poderiam muito bem ter ido embora sem dizer nada, como a maioria faz. Mas a verdade é que, neste caso, realmente poderiam ter ido embora, porque os danos no carro da minha prima só podiam ser detectados com recurso a lupa. Tenho a sensação que ela nunca daria conta que aqueles riscos (ténues como algumas gravuras de Foz-Coa) ali estavam.

O senhor sugeriu o preenchimento dos papéis amigáveis. A minha prima, no entanto, teve o bom senso de sugerir que não valia a pena o trabalho. Os estragos no seu carro eram mínimos, por isso não valia a pena envolver as seguradoras no caso. "Cada um trata do seu", rematou.

Quando pensei que tudo estaria resolvido, eis que toca o telemóvel do senhor. Este, como não podia atender, passa-o à mulher "é a tua irmã" e volta a olhar, comovido, para os ferimentos do carro. As duas crianças dão sinal de vida e decidem sair para ver os estragos. A conversa da senhora ao telemóvel arrisca-se a acordar a vizinhança. Naquele tom, poderia falar directamente com a pessoa, sem recurso a máquinas. Olho em volta e deparo-me com o vizinho do terceiro esquerdo a espreitar da janela e a vizinha do segundo direito do prédio da minha prima a olhar debruçada no gradeamento da varanda, acabada de acordar. E, no prédio em frente (ou seja, no meu), o palerma do engenheiro a olhar para a vizinha do segundo direito, logo ele que é tão metediço e se costuma envolver nestas questões públicas. Hoje, que até dava jeito que viesse até cá, fica pasmado a olhar para os ombros nus e o colo de bronze da sedutora Julieta.

“Ai, a sério? Morreu? Mas como?” – ouço a mulher dizer ao telemóvel, antes de se virar para o marido e “o Ernesto morreu.”
“Qual Ernesto?” O homem continuava de olhar preso nas amolgadelas.
“O meu primo, o filho da minha tia Ermelinda.”
“Ah, está bem.”
Pausa. Olho para a minha prima. A minha prima olha para mim. As crianças olham para a mulher, a mulher para o marido, o marido para o carro. Finalmente, o marido liberta-se do transe e pergunta “e morreu como? Estava doente?”
“Não. Matou-se, vê lá tu.”
“Matou-se?”
“Sim, foi para o meio do monte e matou-se, enforcou-se numa oliveira ou lá o que é.”
“Olha que chatice.”
Continuo a olhar para a minha prima e ela para mim. Isto não está a acontecer. Definitivamente, não está a acontecer. Estava eu tão bem a dormir.
A mulher termina a conversa ao telemóvel, desliga-o, devolve-o ao marido e vira-se para as crianças.
“Já viram que desgraça, meninos? Foi o acidente, agora esta notícia da morte do primo Ernesto. E nós que saímos de casa descansados, para ir ver a avó ao cemitério.
“Bom, esperavam mais uns dias e viam também o Ernesto”, pensei eu. Mas não disse.

domingo, dezembro 14, 2008

senilidade em acção II

As faltas dos deputados são uma trivialidade, segundo mário soares. Presume-se que as dos restantes portugueses não o sejam. A afirmação não deixa de ter um fundo de verdade. É que, tendo em conta a sua (in)utilidade, pouco importa se os deputados estão ou não a cumprir o seu horário de trabalho. A grande maioria deles poderia, sem grande prejuízo (e, creio, até com alguns benefícios) ser substituída por macacos amestrados, que se levantariam para a votação a um sinal do tratador e guinchariam em jeito de protesto a outro sinal do tratador. Poupava-se nos salários e nas ajudas de custo e a população não ia perder representatividade. Podíamos, até, em nome da tradição, adestrar uns quantos símios para assinarem de cruz o livro de presenças e saírem para a sua outra ocupação: consultor de uma empresa de construção civil ou de um banco, redactor da readers digest, membro de claque, laureado com nobel da literatura, secretário de estado da educação, samuel etoo ou, com fato adequado e diploma domingueiro, primeiro-ministro de Portugal (espera, esse galho já está ocupado...).
O que não deixa de ser curioso nas palavras de soares é o facto de o velho dinossauro defender a necessidade de uma pedagogia que explique aos Portugueses a importância do parlamento. Creio que isso diz tudo.
A senilidade em acção.

Notícia que a RTP não passou

Do Correio da Manhã: "A cena mostra até que ponto chegaram as relações entre a Comunicação Social e o Governo socialista. A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi ao Centro Nacional de Cultura apresentar o plano de combate à sida nas escolas.
Como tem sido hábito neste Governo, o acontecimento tinha a pompa e a circunstância do costume. Acabada a cerimónia, com os inevitáveis discursos da praxe, Ana Jorge pôs-se à disposição dos jornalistas para responder a mais algumas questões sobre aquela matéria. Acontece que Ana Jorge não estava sozinha. Estava acompanhada de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, que, como se sabe, tem andado na berlinda devido à guerra com os professores.
O jornalista da RTP aproveitou a ocasião e tentou naturalmente fazer uma pergunta a Maria de Lurdes Rodrigues sobre o assunto. Foi então que Ana Jorge saltou indignada com o comportamento do jornalista: 'O quê? O senhor não sabe o que está combinado? Que hoje só se pode fazer perguntas sobre esta cerimónia e sobre o plano de combate à sida nas escolas? Ainda por cima é a RTP, a televisão pública, a fazer uma coisa destas. E, depois, logo à noite, não sai a reportagem.' Assim vão a informação e o poder neste País."

Investigação: os eleitores que consideram sócrates um homem deslumbrante I
















versões para a fã número 1



Constatações

Caso Mr Cash voltasse à Terra e este concerto fosse no Portugal de 2008, não teria na assistência um único português de colarinho branco.

John Lennon - Working Class Hero

No, no iba a haber goleada. Mientras Raúl siga de pie

El día que se vaya, quien presida la Comunidad de Madrid deberá declarar una semana de Fiesta Oficial en su honor y homenaje. Lo que hizo ayer Raúl en el Camp Nou al frente de un Madrid diezmado lo merecería. Estuvo enorme, espectacular, generosísimo, acertado en casi todas las acciones de enganche que le reservaba el partido: fue un grandísimo líder. Si le cae a él la pelota que le cayó a Drenthe en la primera parte se arma, se lo digo yo. (...)
No, no iba a haber goleada. Mientras Raúl siga de pie, el Madrid perderá o ganará. Incluso empatará. Pero jamás de los jamases caerá destrozado y menos contra el Barça.
En casta, vergüenza torera y respeto al club y a sus aficionados, el Madrid es indestructible Raúl mediante. En nombre de todos ellos, que seguro me dejan representarles en estas líneas, gracias por todo capitán. Perdiste un partido, está por ver si una Liga (y si se pierde, con 31 en el armario de urgencias ni una), pero te diste el gustazo de dirigir a un equipo que puso de los nervios al rival durante 83 minutos y cayó porque Puyol le ganó un salto a Ramos ... Perdió el Madrid porque no tenía futbolistas para más, sobre todo arriba. Con sólo Robben no hubiera perdido, seguramente. Pasó lo lógico, pero el Madrid está volviendo y queda un mundo.
(Tomás Guash, AS)
(...)
Your back's not straight like before,
You really shouldn't carry me no more,
I'm much too heavy for you,
I'm really quite a mess,
Yes, we just don't care anymore,
We're crooked and we're cut to the core,
We're just not there anymore,
But we really don't care, do we?
No, we couldn't care less...
We couldn't care less...
Could we?
(The Cardigans - We couldn't care less)

sábado, dezembro 13, 2008

Os artigos de Fernanda Câncio sobre educação (sempre do lado do governo) são um retrato perfeito do jornalismo político português: uma cadelinha muito fiel ao dono.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

recebido por mail

Hipóteses

Real Madrid: Roma, Panathinaikos, Liverpool, Manchester, Bayern e F.C. Porto
Barcelona: Lyon, Arsenal, Chelsea e Inter.

Sporting: Roma, Panathinaikos, Liverpool, Manchester Utd, Bayern e Juventus
F.C. Porto: Chelsea, Inter, Atl. Madrid, Villarreal, Lyon, e Real Madrid

(lista completa aqui)

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Números

* O Agrupamento de Escolas onde trabalho tem 133 licenciados (pelo menos) e 6 Professores com Bacharelato. Ou seja, são 133 pessoas com habilitações literárias superiores ao do primeiro-ministro de Portugal.
* 124 Professores têm menos de 44 anos.
* 71 Professores são contratados.
* 16 Professores têm menos de 30 anos (ou seja, menos de metade dos deputados que sofrem de alzheimer sazonal e não sabem qual o seu local de trabalho, sobretudo às Sextas-feiras).

terça-feira, dezembro 09, 2008

segunda-feira, dezembro 08, 2008

"Villarato. Calderón tiene amistades peligrosas (dentro y fuera de su casa) y así le va. Villar no parará hasta ver al Madrid hundido en la miseria y González Vázquez es un boina verde de su organización. Anoche se cebó como hace un león con la gacela en plena estepa. Dos goles ilegales del Sevilla (fuera de juego de Kanouté en el 0-1 y falta del malí a Cannavaro en el 1-2), dos penaltis hurtados a Higuaín, roja perdonada al heroico Palop y expulsión de Robben para evitar que el holandés haga pupa a su Barça en el clásico del sábado. El líder a nueve puntos, el Madrid atacado (y atracado) de los nervios y la reacción admirable de los blancos a hacer gárgaras. Los árbitros de Villar son así. " (AS)

Recebido por mail

"A actual Escola Pública está mais inclinada do que a Capela deSuurhusen: a opção por aulas de substituição está errada, se se obrigaum professor de Filosofia, por exemplo, a substituir um professor deMatemática; a introdução do Inglês no 1.º ciclo está errada, se osprofessores forem subcontratados no mercado livre, sem habilitaçõesadequadas e ensinando um currículo descontextualizado do programanacional; a promoção do computador Magalhães está errada, se se pedeaos professores do Ensino Básico que sirvam de vendedores depropaganda informática, pois são eles que tratam de todos ospormenores da venda do Magalhães, quando deviam estar ocupados apensar na melhor forma de o usar nas suas aulas; os critérios quenortearam o primeiro concurso de acesso a professor titular estãoerrados, se valorizam apenas a ocupação de cargos nos últimos seteanos, independentemente de qualquer avaliação da competênciapedagógica, científica ou técnica desses professores; a avaliação dodesempenho está errada, se estiver condicionada a parâmetros como osucesso, o abandono escolar e a avaliação atribuída aos alunos (se sequeria um modelo alternativo que não envolvesse uma correlação falsa -sucesso escolar dos estudantes = sucesso profissional dos docentes -,então recorria-se ao actual modelo das universidades portuguesas quefazem inquéritos anónimos anuais aos estudantes, por cada disciplina,e, nos casos em que se detectam problemas denunciados pelosestudantes, os professores em causa são convidados, construtivamente,a corrigir o que estiver mal, sem que com isso estejam a comprometer asua avaliação profissional); se se constrói um modelo de avaliação emque é possível delegar competências, não se faz tábua rasa do códigoadministrativo e se inclui subtilmente num Orçamento de Estado umacorrecção duvidosa para legitimar essa delegação de competências; sequeremos melhores professores, não se publica uma lei como oDecreto-Lei n.º 43/2007, que promove a iniquidade da formação de base,excluindo arbitrariamente uns licenciados e protegendo outros, sem queninguém entenda a filosofia do legislador; se se quer promover aavaliação entre pares respeitar a hierarquia das habilitaçõesacadémicas adquiridas, e não se monta um sistema em que um docente como grau de doutor ou de mestre pode ser avaliado por docentes com ograu de licenciado; em vez de promover a aquisição de uma maiorqualificação dos professores, embora se anuncie isso hipocritamente,não se publica uma Portaria como a n.º 344/2008, que privilegia aaquisição de mestrados e doutoramentos em Ciências da Educação comohabilitação adequada a quem se exige que demonstre depois umdesempenho excepcional em termos científicos na sua área deespecialidade"

domingo, dezembro 07, 2008

"Assim é impossível"

Escrevem hoje os jornalistas do As. Impossível não é, porque já antes foi assim (sobretudo há dois anos), mas vai ser difícil. Mas um Real Madrid cheio de lesões (sete titulares de fora nos últimos jogos, queria ver o que fariam outras equipas na mesma situação) e a jogar "mal" (na primeira parte, muito bem na segunda parte) só foi derrotado em casa (pela primeira vez este campeonato) pelo árbitro: dois penáltis por assinalar e a expulsão de Robben sem motivo (para além da posição mais que duvidosa de um dos jogadores sevilhanos no primeiro golo) são motivos mais que justificados para chamar o árbitro pelo nome: corrupto. Sim, porque corrupto é também aquele que, por vontade própria (e não por incompetência) prejudica uns em benefício (ainda que indirecto) da equipa do seu patrão, Villar, dono dos árbitros espanhóis e adepto do barcelona. Há dois anos foi assim, há dois anos o Real foi dado como morto e o barcelona como imparável. No final, a Liga foi de Capello e do Real. Este ano, a única diferença é que não está Capello, mas um incompetente alemão de bigode chamado Schuster. Será que isso irá fazer a diferença? Talvez. Em Maio se verá. Até lá...
Um fugaz rasgo de clarividência tombou do céu e caiu sobre josé sócrates. Este, dotado desse novo poder, olhou para os jornais e pensou: não posso confiar nestas sondagens, mas tenho de saber o que realmente as pessoas pensam de mim.
Assim sendo, deixou o fato cinzento da macmoda no armário e vestiu roupas normais, treinou o tom de voz para não ser reconhecido nem confundido com o cómico dos gatos fedorentos, e foi para o metro de Lisboa. No Campo Grande, entrou numa das carruagens e sentou-se ao lado de um homem que lhe pareceu representar o cidadão comum. Depois de ganhar a sua confiança em conversas de circunstância, ganhou coragem e perguntou: olhe lá, o que é que o sr pensa do primeiro-ministro josé sócrates?
O homem olhou para sócrates seriamente, mandou-o calar com o gesto e pediu-lhe para o seguir. Mudaram de metro várias vezes, saíram no Oriente, apanharam um comboio para o Entroncamento, daí para a linha da Beira Baixa, depois um autocarro para Viseu, de Viseu outro autocarro para Aveiro, de Aveiro o comboio regional (que tomaram em carruagens separadas) para o Porto e, do Porto, um autocarro para o Gerês. No Gerês, caminharam horas até um local, esquecido nas serranias, onde não houvesse rede de telemóveis, nem hipóteses de serem avistados ou ouvidos por quem quer que fosse.
Aqui estamos seguros, disse o homem.
Então, disse sócrates, já me pode responder à pergunta. Qual é a sua opinião sobre o primeiro-ministro?
Na verdade, murmurou o homem, ainda com ar desconfiado, olhando em volta, é que até simpatizo com ele.
Texto de R. Bebiano:
"Estou quase em estado de choque com a forma como pessoas que considero justas e inteligentes qualificam, em alguns dos blogues que frequento ou visito ocasionalmente, não só a actual luta da maioria dos professores mas, e principalmente, os próprios professores. Não falo da dimensão de justeza das queixas que estes têm exposto publicamente – com ou sem a mediação dos sindicatos, nem sempre flores que se cheirem – ou da benignidade dos objectivos do ministério, que no início do processo até considerei globalmente positivos. Falo da perfeita falta de respeito com a qual um dos grupos sociais qualificados que mais duramente trabalha e que na comparação com as responsabilidades que detém pior qualidade de vida possui – refiro-me ao conjunto, não às excepções – é tratado por pessoas que, em nome da defesa do seu argumento, chegam ao ponto de se referirem ironicamente aquilo de que quase todos os envolvidos se queixam amarga e desesperadamente, que é de uma crescente frustração e de um profundo cansaço, colocando ambas as palavras entre aspas. Como se essa «frustração» e esse «cansaço» fossem mera expressão de hipocrisia ou prova de uma inominável casmurrice «anti-qualquer coisa». Só o podem fazer por demagogia ou por ignorância da realidade actual da vida dos professores.
Como sou professor desde 1981 – embora no superior, onde os problemas são outros mas não são menores, onde o desalento e a frustração são diferentes mas não deixam de se sentir de uma forma análoga, embora, até ver, mais silenciosa – e como convivo todos os dias com professores dos diferentes graus de ensino, sei do que estou a falar e só me posso revoltar com essas atitudes de desdém que roçam muitas das vezes o disparate. Como se revoltam também a M. e a J., duas amigas, que há dias chegaram a casa depois de um dia inteiro de trabalho na sua escola, desesperadas, exasperadas, perdidas de cansaço, com o sentimento de se terem tornado incapazes de praticar a profissão da qual um dia tanto gostaram, trocada por uma hiperactividade burocrática feita de decretos e portarias que, entre «parâmetros» obsoletos e «objectivos» impossíveis, envolvidos agora por um clima de competitividade selvagem que jamais desejaram, as tem devastado até à exaustão. E que, ao ligarem a televisão e ouvirem a ministra a declarar naquele tom monocórdico que os professores «precisam trabalhar mais», simplesmente – com aspas, se quiserem – irromperam em lágrimas.
Adenda: Admito que algumas das pessoas que generalizam sobre a «boa vida» dos professores o façam a partir de experiências parciais, por vezes deslocadas para um tempo passado, e não muito distante, onde de facto alguns tinham (alguns de nós tínhamos) uma vida bem mais leve. É preciso dizer que as coisas pioraram de uma forma dramática e esmagadora nos últimos cinco ou seis anos. E têm piorado a cada dia que passa. É desta nova realidade que falo."

sexta-feira, dezembro 05, 2008

O Triunfo dos Porcos

Assim está Portugal. Dias Loureiro envolvido em escândalos. Homem da confiança do Presidente da República. Se for culpado (não direi condenado, porque já imaginamos que não será, como ninguém com peso e influência é, em Portugal), devemos questionar: o que sabia e sabe o Presidente da República? Será que nunca ninguém lhe entrou no gabinete a dizer: "olhe, ouvi falar nisto..." Não acredito que, ocupando os cargos que ocupou e ocupa, se tivesse limitado a dizer "se tem provas, faça queixa à polícia." Não, não é de crer que assim pudesse ter sido. E, no entanto, se há culpa e havia conhecimento de actos ilícitos, como pode o Presidente da República sentir-se impotente para agir? Para denunciar?
*
Jorge Coelho. O currículo diz tudo. Tem mesmo ar de quem foi escolhido para a Mota Engil pela sua competência na área da construção civil (queda da ponte à parte...).
*
Sócrates: um analfabeto funcional, com uma "licenciatura" manhosa, obtida de forma suspeita e que não foi questionada até ao fim; um distribuidor de pcs de gama baixa em países de terceiro mundo, um distribuidor de pcs para televisão ver (depois retirados a quem os recebeu); um demagogo que não hesita em mentir, em contornar a verdade incómoda, em culpar a crise internacional por uma crise interna que é anterior à sua hipotética causa; um governante incapaz de aceitar uma crítica;
*
Deputados: o último espectáculo degradante revela o que é a maioria, um bando de chulos da República; valem pouco, são incompetentes, votam no que lhes mandam votar, sem fazerem valer as suas ideias próprias (se as têm); há excepções, mas cada vez menos
*
Governo: vale o que vale o seu líder; tem grande parte da comunicação social domesticada, tem membros ou ex-membros que disseram e fizeram coisas que ultrapassaram todos os limites da incompetência, mas que não são criticados como outros no passado foram;
*
Justiça: não é cega, só pune os que não têm quem os proteja, os que não têm interesses e poder; é assim no futebol, nas finanças, na política; não há crime de colarinho branco, não há culpados nas derrapagens de obras públicas (veja-se a casa da música, aquela horrível construção que estragou mais uma área do Porto, sem fosso de orquestra, sem programação de valor);
*
Revolução "democrática" do 25 de Abril? Não me parece... O triunfo dos porcos, isso sim.
"Portugal, hoje és nevoeiro" (F.P.)

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Ronaldo ganha Bola de Ouro

A Bola de Ouro 2008, prestigiado prémio da revista francesa France Football, vai este ano para o Cristiano Ronaldo. O internacional português, vencedor em 2008 da Liga Inglesa e da Liga dos Campeões ao serviço do Manchester United, e melhor marcador em ambas as provas.

Ronaldo fica em primeiro lugar (446 pontos em 480 possíveis).

Os 42 golos e as exibições fulgurantes da época transacta, permitem a Cristiano ser o 1º jogador do United a vencer o prémio desde que George Best o conseguiu em 1968.

Nada que já não se esperasse pela brilhante época que fez.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Bom dia

Temperatura abaixo de zero, neve nas montanhas (o Marão de branco, a Aboboreira com salpicos), o gelo estalando debaixo dos pés, a estrada a cintilar de brilhantes como o rosto das adolescentes que sorriem nas aulas, sob os cachecóis, as luvas, os casacos, aninhadas ao aquecedor. Assim despertou hoje esta terra para mais um dia.

sábado, novembro 29, 2008

The Good The Bad and the Ugly

"As derrotas de Sporting e Benfica na semana europeia, ou antes, as goleadas sofridas por Sporting e Benfica, mereceram um comentário de Jesualdo Ferreira. Aliás, mereceram a reprovação. Não as derrotas em si, mas os comentários que se fizeram delas. «Às vezes passamos ao lado das coisas mais importantes», disse. «Acho que se calhar faz parte da nossa forma de ser».
«O futebol português conseguiu uma coisa inédita: qualificar duas equipas para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Nunca tinha acontecido. Um mercado pobre, um país com poucos recursos financeiros, com uma liga que se diz que é fraca, e qualifica duas equipas. Mais do que isso, qualifica duas equipas uma jornada antes do fim da fase de grupos. Isso é que devia ser relevante».
No fundo, Jesualdo diz que há em Portugal uma tendência perigosa para sobrevalorizar o mau em detrimento do bom. «Quando é que vamos trazer para a discussão aquilo que é importante? Quando começamos a ser mais inteligentes nas análises ao nosso comportamento? A análise que eu faço é que é fantástico que o futebol português coloque duas equipas nos oitavos da Champions. Isso é que é importante. O resto...»."
(*)

sexta-feira, novembro 28, 2008

Sporting e Benfica: os bombos da Festa

A jornada europeia para os clubes portugueses correu como se esperava. Em Alvalade assistiu-se a um festival do Barça ... mais um. Messi e companhia fazem as delícias de quem gosta de ver o futebol como um espectáculo. Nada que não estivesse à espera. Talvez Paulo Bento esperasse outra coisa...até me admira não se ter preocupado com a arbitragem pois ultimamente só pensa neles. O Benfica, com o discurso habitual " é este ano que vamos ganhar" foi à Grécia e também trouxe uma prendinha antecipada para os seus adeptos. Quique Flores pede desculpa aos adeptos. Pois, eu também acho que foi mero azar...:). O FCP, o que estava em crise, como seria de esperar ganhou na Turquia sem contestação demonstrando, como tem sido nas últimas décadas a sua hegemonia. Para quem já dizia que estávamos eliminados da fase seguinte, eis a resposta que pretendiam.

Nem merece comentários

Não sei se a ideia surgiu de mais uma criatura do ministério ou aqui da escola. A verdade é que veio de alguém com muito pouco com que se ocupar. Agora, para um professor acompanhar uma turma (alunos com quem está diariamente na escola) tem de apresentar na escola o registo criminal actualizado. Estou curioso por saber quem terá realizado o estudo que demonstra que casos de abusos, agressões ou outras formas de violência de professores sobre alunos ocorrem sobretudo em autocarros alugados, em estações de serviço ou à entrada do Visionarium ou dos Jerónimos... Presumo que a próxima medida será a de enviar sempre um elemento da GNR ou mesmo das forças de intervenção como vigilante da actividade docente em visitas de estudo.
Quem tomou esta decisão deve saber ler muito bem nas entrelinhas e no espírito da lei, e não no que lá está efectivamente escrito (veja-se, aqui, o artigo 8º). Curiosamente, a mesma entidade que actua com excesso de zelo esquece-se de cumprir (ou fazer o organismo responsável cumprir) o que está escrito no artigo 10º: habitualmente, os alunos andam nos transportes escolares como sardinhas em lata pelas sinuosas estradas de Baião.
Definitivamente, alguém anda com sérios problemas e deveria ver isso nos locais apropriados: aqui, aqui ou num mais próximo da sua área de residência . Ou também poderia (a bem de todos) optar por esta via, ou ainda por esta.

segunda-feira, novembro 24, 2008

"Se os chefes fossem ficheiros, a sua extensão seria .fdp"

Um facto (recebido por mail)

"Todos os professores têm formação média, superior ou equiparada, alguns têm mestrado, outros têm doutoramento. Fizeram profissionalização dentro dos moldes estipulados superiormente. Fazem acções de formação e actualização com regularidade. (...) Lembro que mais de 90% dos professores têm habilitações académicas superiores às do primeiro-ministro. "

O prós e prós

Já estava a tardar. Mas não falhou. Aí está o prós e contras para mais uma acção de propaganda governamental. A jornalista mais adorada pelo PS e pelo governo, com a sua curiosa noção de imparcialidade e com os seus originais critérios de direito à palavra vai, mais uma vez, aparecer em socorro do partido da chefia. E ainda há quem veja e acredite.

domingo, novembro 23, 2008

Quem? O Obama? Não foi o Bush?

«Democratic presidential candidate Barack Obama said Wednesday that he would possibly send troops into Pakistan to hunt down terrorists, an attempt to show strength when his chief rival has described his foreign policy skills as naive.
The Illinois senator warned Pakistani President Gen. Pervez Musharraf that he must do more to shut down terrorist operations in his country and evict foreign fighters under an Obama presidency, or Pakistan will risk a U.S. troop invasion and losing hundreds of millions of dollars in U.S. military aid.
"Let me make this clear," Obama said in a speech prepared for delivery at the Woodrow Wilson International Center for Scholars. "There are terrorists holed up in those mountains who murdered 3,000 Americans. They are plotting to strike again. It was a terrible mistake to fail to act when we had a chance to take out an al-Qaeda leadership meeting in 2005. If we have actionable intelligence about high-value terrorist targets and President Musharraf won't act, we will."»
*
Muito me vou divertir eu a ver e ouvir o choro dos desiludidos ahahahah

sábado, novembro 22, 2008

"La actuación de Cristiano Ronaldo durante la contundente derrota de Portugal contra Brasil (6-2) trae cola.Thiago Silva, jugador de la 'canarinha', ha atacado con dureza al 'crack' luso por una dura entrada."Cristiano Ronaldo es tipo malintencionado, y si no hubiese saltado me hubiese roto la pierna", dijo el brasileño."Tuvo el descaro de decirme que no me tocó, pero es sólo fue porque yo salté", acusó en unas declaraciones que recoge 'The Telegraph'."Si es considerado el mejor jugador del mundo debería mostrar más respeto. Es difícil aceptar lo que él hizo", sentenció Silva.Marcelo, lateral del Real Madrid, fue más lejos que su compañero: "Cristiano Ronaldo es un bocazas"."

sexta-feira, novembro 21, 2008

Dona Stella e as suas rivais

Romance de Isabel D'Ávila Winter inspirado em factos e relatos da vida do Maestro e Compositor Luís Freitas Branco (familiar da autora). A narrativa leva-nos para a Lisboa dos Anos 20 e 30, com a sua moral dupla para homens e mulheres. Na verdade, o livro é composto por várias narrativas, versões distintas dos factos que as personagens testemunhavam ou imaginavam à luz dos seus próprios sentimentos e preconceitos. Fala o Maestro, fala D. Stella, falam as amantes, fala a voz dos rumores que se espalham com o vento pela cidade.
Primeira obra da autora, actualmente a viver na Austrália.
"Ah, país de moralistas e de vigilantes! Claro que fez jeito «a gaffe de Manuela Ferreira Leite». Na verdade, de outra maneira não poderíamos ouvir de novo Alberto Martins com aquela voz de surda indignação e inequívoca superioridade moral (a mesma que o levou a manter-se surdo e mudo a propósito do caso DREN/Charrua, por exemplo – para provar que democracia é só palavreado), a criticar a falta de cultura cívica? Às 15h40 de ontem, o relato do Jornal de Negócios dizia que toda a sala se tinha rido e que se tratava de ironia. Mas – ah! – não se pode ironizar sobre coisas sérias. As coisas sérias devem deixar-se para as pessoas demasiado sérias.
Sim, dá-lhes jeito, como vigilantes de colégio interno, «a gaffe de Manuela Ferreira Leite». Mas não passa disso mesmo: gente com queda para o pequeno escândalo, levantando a virtuosa batina com a pontinha dos dedos, enquanto dão saltinhos junto dos charcos: «Já te molhaste! Já te molhaste!»"
*
"Acho que não se devem atirar ovos à Ministra da Educação. Acho um comportamento impróprio, como também achei que era abjecto andar a mostrar o rabo a Manuela Ferreira Leite quando esta era Ministra da Educação. Grande parte da esquerda, “rebelde à força” ou por profissão, defende que se devem atirar ovos quando os políticos são de direita; mas defende o respeitinho quando se trata de governantes de esquerda. Penso nisso quando me lembro de políticos que defenderam as ofensas (eram “criativas e revolucionárias”...) a Ferreira Leite ou que atravessavam, sem pagar, a ponte sobre o Tejo. Hoje, vejo-os no outro lado, mostrando um imenso tédio diante da chuva de ovos de Fafe. Os tempos mudam, as pessoas também. Eis por que razão se deve ter tento na língua e cuidado nos actos."
*

A ouvir atentamente

Vasco Pulido Valente, na TVI (14 de Novembro de 2008).

quinta-feira, novembro 20, 2008

A selecção Portuguesa

(Se o ronaldo é o melhor do mundo, é porque o Robinho e Kaká são de outro mundo).

quarta-feira, novembro 19, 2008

Racismo invertido

Concordo plenamente:
"Durante meses, acompanhei a histeria da Europa por Obama. E, no meu espanto, tentei vislumbrar os motivos da paixão nas promessas do homem. Não encontrei nada. Internamente, Obama surgia, no limite, como um social-democrata moderado; e, externamente, como uma "pomba musculada", disposto a lidar duramente com o Afeganistão, o Irão e o Paquistão. Como explicar a loucura generalizada?
Numa palavra, com a raça. Obama é preto e as esquerdas da Europa, em atitude profundamente racista, entenderam que a pigmentação da pele fazia toda a diferença. As esquerdas que embarcaram histericamente por Obama fazem lembrar os antigos fazendeiros que achavam imensa graça quando viam um escravo devidamente vestido e calçado. O racismo invertido não deixa de ser uma forma de racismo."

segunda-feira, novembro 17, 2008

Se Ronaldo for eleito o "melhor do mundo" (já de si um título duvidoso), será como premiar a presunção e a falta de humildade que, por norma, caracteriza os jogadores de categoria. Basta pensar em Figo (ou Zidane) para percebermos que o futebol tem que estar muito doente para Ronaldo ser considerado "o melhor". É que o indivíduo, mesmo o profissional, é um todo e assim deve ser encarado, sobretudo numa profissão que é modelar no comportamento. Sim, Maradona, Pelé ou Crujff não eram exemplos de modéstia. Mas também eram de outro patamar. Muito mais elevado.
E há a questão do trabalho realizado. Futebol não é circo nem malabarismo. E o "melhor" deve ser um elemento fundamental e influente, sobretudo nos momentos mais decisivos da época. Ronaldo não o foi, nem na champions (foi o melhor marcador, mas fez fracas exibições nos jogos mais complexos que o M. United disputou, culminando na mediana exibição da final frente ao Chelsea), nem no Europeu, onde esteve ao nível baixo dos restantes companheiros de equipa, Pepe (honra lhe seja louvada) e Deco à parte (curiosamente dois brasileiros). Eu sei que o Ronaldo é Português (embora muitos dos que o adoram defendam a "independência" da Madeira e de Jardim), mas o bom futebol (felizmente) não conhece fronteiras. E, se conhece a nossa, há muito que não a atravessa.

domingo, novembro 16, 2008

As críticas feitas à decisão de J. Jardim de "avaliar" os professores do arquipélago com um "bom" administrativo são compreensíveis. No entanto, deveriam ser alargadas ao continente. É que muitas escolas (dizem que por "recomendação" musculada das direcções regionais de educação) fizeram precisamente o mesmo no ano lectivo anterior, carimbando todos os professores com a mesma nota. A escola secundária de Baião, por exemplo, assim o fez.

Belo jornalismo

Dizem alguns meios de comunicação social que o governo "recuou", porque a "avaliação" só vai contar daqui a 4 anos. Quem ouve este facto e desconhece a realidade fica a crer que assim é. No entanto, assim não é.
Em primeiro lugar, olhemos para a questão do recuo. Não houve qualquer "recuo" ou "cedência" ou o que lhe queiram chamar. Os concursos para o próximo ano lectivo são feitos durante o presente ano, numa altura em que a "avaliação" ainda não está concluída. É, por esse motivo, óbvio que não poderia contar o resultado de um processo que não estava terminado. O ministério sempre procedeu desta forma (o tempo de serviço era critério maior nos concursos até à data, e só contava até ao ano anterior ao do concurso, porque o tempo referente ao ano em vigor poderia sofrer alterações).
Em segundo lugar, há que olhar para a questão dos 4 anos. Este prazo só se aplica aos professores do quadro (de escola ou de zona), pois os concursos que se vão realizar este ano irão colocar esses professores numa escola durante os próximos 4 anos (em princípio). Logo, para este concurso, como foi dito atrás, o resultado da avaliação não pode ser utilizado, só podendo ser utilizado no concurso seguinte, daqui a 4 anos. Para os professores contratados a situação é distinta, pois para estes milhares haverá concursos anuais, embora haja a possibilidade de serem recontratados até um período máximo de 4 anos, mas tal recontratação fica dependente da vontade da escola e dos resultados da avaliação (o que vai dar praticamente ao mesmo). Assim, para milhares de professores, a "avaliação" não irá contar daqui a 4 anos, mas no próximo concurso, a realizar no próximo ano.

O verdadeiro Jack

"Aconselhas-me a ir para casa da minha irmã. Sabes que ela gosta de mim; e sabes como? Ou porquê? ... Se tivesse seguido os conselhos dela, se a tivesse procurado, talvez hoje fosse um empregado, a ganhar 40 dólares ao mês, e a trabalhar no caminho de ferro, ou coisa do género. Havia de ter roupas quentes, iria ao teatro, teria um belo círculo de amigos, pertenceria a um clubezinho horrível ..., falaria como eles, pensaria como eles, faria o mesmo que eles - em suma, andaria de barriga cheia, não passaria frio, sem rebates de consciência, sem amargura no coração, sem ambições inquietantes, sem outro objectivo que não fosse comprar uma mobília a prestações e casar. Contentar-me-ia com viver e morrer como uma marioneta. ... Porque senti que era ou queria ser algo mais do que um assalariado, um boneco; porque mostrei que o meu cérebro era um pouco melhor do que era de esperar, tendo em consideração as minhas desvantagens ...; por tudo isto é que ela gostou de mim. Mas tudo isto era secundário; sobretudo sentia-se sozinha, não tinha filhos, tinha um marido que não era marido, etc., queria alguém a quem se dedicar...
... se eu soubesse que a minha vida era assim, que estava fadado a viver em Oakland, trabalhar em Oakland num emprego certo, e morrer em Oakland - no dia seguinte cortava a garganta e evadia-me de toda essa maldita existência..."
Jack London, carta a Mabel Applegarth, 30 de Novembro de 1898

sábado, novembro 15, 2008

É tão bom ter razão

Ou seria, se ao menos as pessoas me ouvissem a tempo e horas. Desde sempre disse que:
a) A ministra da educação e os seus secretariozecos de estado são INCOMPETENTES, só apoiados pela sua associação de pais e por presidentes de executivos igualmente incompetentes (e por adeptos socialistas);
b) paulo bento é um zero à esquerda, assim como os romagnolis, patrícios, moutinhos, derleis e pereirinhas que ele gosta de pôr a jogar;
c) schuster é outro zero à esquerda.
E o tempo (como se fosse uma mera questão de cronologia) deu-me razão.

UC

A melhor do país. Claro. Ou apesar de tudo.

quarta-feira, novembro 12, 2008

""Todas as manifestações que envolvam alunos e possam configurar agressões físicas ou verbais a pessoas, quem quer que sejam, e nomeadamente a um responsável do Governo, devem ser cabalmente banidas", disse à Lusa Albino Almeida.
O presidente da Confap considerou ainda que os estudantes têm razões para protestar contra o estatuto do aluno e a forma como está a ser regulamentado em muitos estabelecimentos de ensino, mas sublinhou que a sua participação não deve ser feita através de manifestações de rua, mas nos órgãos próprios das escolas, onde têm assento." (JN)
*
Claro que ninguém apoia agressões físicas ou verbais. Mas que se saiba, os únicos agredidos em Fafe foram os alunos, pela GNR. Facto que, aparentemente não preocupou o sr. Albino. O sr Albino, limita-se a falar para ser a voz do dono, sempre. Claro que o que ele diz vale o que vale. Só é pena que dêem tanto crédito a um presidente de uma associação que se representa a si própria (sugestões de investigação para um jornalista levar a cabo: verificar quantas associações de encarregados de educação estão inscritas na confap? como se processam as eleições para os órgãos da confap? como se processa o financiamento da confap?).

Hey mister, gimme a ride!!!!


Lisboa - Baião

Sábado em Lisboa



Hoje em Baião



Quem sao esses?...Real Union

O Real Madrid não vence a prova desde 1993 e foi eliminado por uma equipa das divisões inferiores (II B) ...de mal a pior!!!!!

terça-feira, novembro 11, 2008

Diz Manuel Alegre: "Ninguém põe em causa a necessidade de avaliação, mas penso que se está a cometer um erro estratégico, porque não se pode governar para as estatísticas, não se pode passar de um laxismo a um excesso de burocracia e facilitismo, porque a falta de exigência degrada a escola pública", acrescentou.O deputado socialista fez ainda um apelo para que termine "este clima de guerra civil permanente". "Não é vergonha abrir ao diálogo. O que não é próprio da democracia é a teimosia e inflexibilidade", disse.

A ouvir

A crónica de João Gobern de 10 deste mês - "A rua boa e a rua má", no site da antena 1.

socratismo no seu melhor

É o que eu digo...
No Sábado, a sra ministra foi à televisão (decorria ainda a manifestação de 120 mil professores, mas que segundo vitorino eram só agentes sindicais e, segundo outros socialistas iluminados, eram professores manipulados pelos mesmos agentes sindicais) dizer que "todas as escolas estavam a cumprir o processo de avaliação." Há pouco (passados três dias), a mesma senhora, ainda ofegante pela corrida de Fafe, admitiu que "150 escolas suspenderam a avaliação." Caramba, até a rtp e a antena 1 (esses meios de comunicação isentos e credíveis) noticiaram as decisões de suspensão da avaliação de várias escolas...
Das duas uma: ou a ministra MENTIU na conferência de imprensa de sábado, ou é IGNORANTE e não sabia que mais de uma centena de escolas tinham suspendido o processo de avaliação. Qualquer das hipóteses é reveladora da (in)competência da criatura.

É já tempo de embalar a trouxa e zarpar

É o que recomendo também ao salsicheiro schuster, o paulo bento de Espanha. A liga ganha no ano passado deve-a apenas aos jogadores e ao trabalho que Capello fez no ano anterior. Até eu aplaudo o Real ... Union, acompanhando os adeptos merengues que, como percebem de futebol, não têm palas nos olhos e admitem quando a sua equipa joga mal e merece perder. Também nisto se vê a grandeza do melhor clube do mundo.

Estes professores ingratos...

O PS é composto por palhaços, não haja dúvida. Alunos de Fafe protestam perante a presença da ministra da deseducação (e a dita senhora, tão corajosa, nem teve coragem de sair do carro, segundo consta) e o genial presidente da câmara (um homem que lê pensamentos e adivinha intenções), senhor arguto e merecedor da alcunha de o Sherlock de Fafe, deduziu que os alunos estavam a ser manipulados pelos professores. E é esta parte que eu começo a não entender. É que, no fim-de-semana passado, os mesmos visionários socialistas, com o inacreditavelmente oco António Vitorino à cabeça, diziam que os professores estavam a ser manipulados pelos sindicatos. Ou seja, há dois dias atrás os professores não pensavam e limitavam-se a ser conduzidos, como carneiros, pelo PC. Hoje, já são eles os mentores dos protestos e os manipuladores de alunos. Faz sentido, sim senhor... Se isto não é má fé e incapacidade de encarar a realidade, não sei o que será.
*
ps (salvo seja): Os professores foram também acusados de falta de coragem. A ministra respondeu à manifestação de Lisboa com uma conferência de imprensa no Porto. Sócrates respondeu, no dia seguinte, numa reunião socialista em Coimbra. Afinal de contas, quem é que não tem falta de coragem?

recebido por mail (amanhã acontecerá o mesmo em Baião)?

"A ministra nem chegou a sair do carro, que não tardou em sair da cidade a grande velocidade
Cerca de três centenas de manifestantes, entre alunos e professores, obrigaram esta tarde a Ministra da Educação a abandonar a cidade de Fafe, sem cumprir o evento que tinha programado. Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro.Maria de Lurdes Rodrigues tinha programada a presença na entrega de diplomas a mais formandos do Centro de Novas Oportunidades da Escola Profissional de Fafe. À chegada ao Estúdio Fénix, local marcado para a sessão, Maria de Lurdes Rodrigues deparou-se com a manifestação.Os alunos aproximaram-se rapidamente da viatura oficial, alguns atirando ovos, e a ministra nem chegou a sair do carro. Após uma curta conversa circunstancial com o presidente da Câmara Municipal o carro da governante arrancou a grande velocidade em direcção à auto-estrada. Na sua frente seguiu o carro que transportava Margarida Moreira, directora da Direcção Regional de Educação do Norte. Sujeito à ira dos alunos esteve a viatura oficial do município de Fafe.Após este incidente chegaram ao local mais reforços da GNR que controlaram a situação. No entanto, há a registar a identificação de alguns alunos e a apreensão de algumas caixas de ovos.A cerimónia de entrega de diplomas decorreu sem a presença da Ministra."

segunda-feira, novembro 10, 2008

Furacão HULK


Q. Why is Barack Obama so thin and scrawny?
A. If he were any heavier he wouldn't be able to walk on water.
*
Q. Why will Jimmy Carter vote for Barack Obama?
A. Because Jimmy doesn't want to be the worst President in history
*
Q. Why will Jay Leno vote for Barack Obama?
A. Because he's running out of George Bush jokes.
*

Potencial problems with Obama as president


A escola de Baião tem uma nova unidade de autismo. A ministra da educação está desde já convidada a inscrever-se para se iniciar o seu tratamento.

simplex

Ao longo de uma semana de tentativas de encomendar um pc do e-escolas, é esta a mensagem que sempre aparece: "ocorreu um erro." É este o simplex socrático no seu melhor.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Jesualdo Ferreira: «Vitória do querer e da classe»


Mais uma vez demonstramos porque somos os melhores....melhor plantel, melhores jogadores, melhor treinador, melhor equipa técnica, melhor organização, melhor administração, melhor clube e claro, o melhor PRESIDENTE do Mundo.
Já agora aproveito este post para reafirmar o que disse. A vitória sobre o Sporting em Alvalade para a Taça de Portugal. Jogo bem disputado (onde a raça dos dragões e a mística mais uma vez estiveram presentes mesmo nos momentos mais difíceis) mas com um árbitro incompetente. A falta do Rui Patrício sobre o Hulk na grande área e que seria grande penalidade claríssima é um bom exemplo. E depois vem o Paulo Bento queixar-se da arbitragem...ridículo. Para não falar da agressão do Rochembak...

O Fantasma de Madrid...

Heinze: "Estamos en una racha de mierda"

...a falta que o PEPE faz :)

domingo, novembro 02, 2008

"Eu sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou."
(josé sócrates, falando ao DN, do elevadíssimo promontório da sua ignorância)
*
josé sócrates nasceu a 6 de setembro de 1957. Kennedy nasceu a 29 de Maio de 1917 (40 anos antes). Kennedy foi eleito Presidente dos EUA em 1961. sócrates, com três anos de idade, terá acompanhado o debate moderado, na altura, pelo tinky winky. sócrates é, "digamos assim", um génio.

Os acessores de sócrates

Imagem do conselho de ministros de hoje.

Que palhaço

http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20081031150251&z=1
"O Conselho Nacional da Educação vem propor que acabem os chumbos até ao 9.º ano – é uma medida e tanto, que o Sr. Secretário de Estado Valter Lemos festeja com as mãos ambas, uma vez que parece ser ele o encarregado de velar pelas estatísticas. Acho que o Sr. Secretário Lemos está a ser modesto em matéria de “mecanismos de alternativa a chumbos”. Defendo que, na hora do baptismo, perdão, no registo civil, seja atribuído logo o 9.º ano a cada pequeno cidadão. Assim, evitam-se logo os chumbos. Parece, além do mais, que o chumbo é visto como uma tentativa de responsabilizar os alunos e os pais, o que – no entender do Sr. Secretário Lemos e do sempre espantoso Albino Almeida, da confederação dos paizinhos – não pode acontecer. Sim, de facto, onde é que isto se viu? Na Finlândia?"

sábado, novembro 01, 2008

É já tempo de embalar a trouxa e zarpar

O FPC é que joga!!! Mas segundo Jesualdo, o golo foi "estranho" e o adversário esteve a "perder tempo", coisa que nenhuma equipa faz quando precisa. E o FCP nunca ganhou com golos estranhos e até pede aos árbitros para os anular.
*


Uma recomendação a Jesualdo, P. Bento e C. Queirós:


quinta-feira, outubro 30, 2008

Hoje

Hoje, Valter Lemos vem a Baião inaugurar uma escola primária que foi construída ao lado de uma secundária para a qual não houve tempo ou dinheiro ou vontade de construir rampas para alunos com deficiência motora. Há pouco tempo, o pavilhão de Ed. Física da escola foi demolido para que se construa um novo. O problema é que foi demolido no início do ano lectivo, deixando os alunos sem um espaço digno para as aulas. A Câmara Municipal emprestou o seu pavilhão municipal, mas como precisa desse espaço para outros eventos, muitos são os dias sem que os alunos da escola possam ter aulas. E é preciso lembrar que as notas de Ed. Física contam para a média final dos alunos do ensino secundário. Dizem (as más línguas, certamente, porque este ministério será desse calibre, ou será??) que o pavilhão foi demolido porque a sua simples presença, em mau estado, seria inestético para o dia da inauguração da nova escola primária. Ficaria, digamos assim, mal na fotografia e estragaria a propaganda do sr. secretário. Dizem também as mesmas más línguas (gente caluniosa e mal-intencionada, seguramente a mando de professores manifestantes) que ainda se pensou em mandar pintar o pavilhão propositadamente para o dia da inauguração (e demoli-lo em seguida, afastadas as câmaras e os olhares). Tal ideia, absurda, naturalmente não foi posta em prática.
Entretanto, hoje os alunos de Educação Física ficam novamente sem aulas durante meio dia porque os autocarros que os levam da escola para o pavilhão municipal estão reservados para a vinda das crianças das escolas primárias e respectivos encarregados de educação que vêm adornar o cenário da propaganda do sr Lemos.
Na mesma escola secundária, há uma turma CEF (sim, um daqueles cursos que a sra ministra tanto adora e que, segundo ela, são um passo decisivo para a formação dos jovens e sua futura integração no mundo do trabalho - na construção civil espanhola, bem visto) que está desde o início do ano lectivo à espera de professor da sua área de formação (electricidade). Em vez de inaugurações, o sr ministro faria bem em trabalhar para resolver este problema. Só que estas situações vergonhosas não dão votos e não permitem aparecer nas televisões em discursos e actos de corta-fitas.
É dia de festa em Baião. Dia das bruxas, mas parece mais de carnaval. E lá aparecerá o sr Lemos na RTP a inaugurar mais uma escola, sem que a verdade da encenação ridícula que se vai viver neste dia apareça nas televisões.

Dia 31 de Outubro

Afinal a bruxa não vem, mas vai mandar um dos seus espantalhos.

terça-feira, outubro 28, 2008

Portugal não é um país a sério

Ainda antes da inauguração oficial, Fundação Francis Obikwelu tem primeiro acto solidário
A Fundação Francis Obikwelu, que só deverá ser oficialmente inaugurada no início de Dezembro, já iniciou a sua actividade de beneficência, com a oferta de uma cadeira de rodas, a uma jovem de 13 anos do Porto. A fundação, instituída pelo atleta que este ano se retirou da alta competição, anunciou ter ido ao encontro de um apelo da unidade de pediatria do Hospital Pedro Hispano, que pedia uma cadeira de rodas de acordo com a estatura física de uma jovem sem mobilidade nos membros inferiores, e que, por problemas financeiros, há mais de seis anos, não tinha uma cadeira de rodas. Além das acções no plano da solidariedade social, a Fundação Francis Obikwelu terá ainda disponível uma "Bolsa de Talentos", para clubes, associações, escolas equipas, atletas ou artísticas que precisem de patrocínios ou apoios para representarem Portugal ao mais alto nível.
(rtp)
*

recebido por mail




domingo, outubro 26, 2008

Se estou a interpretar bem

Paulo Bento criticou Vukcevic, dizendo que o jogador se esforça pouco e, por esse motivo, não é convocado. Devemos pois concluir que aqueles que P. Bento convoca se esforçam. A ser assim, temos também que concluir que os jogadores convocados são extremamente fracos. Se dão o seu máximo e o seu máximo é o que têm demonstrado, que jogue o Vuk. Mesmo sem correr muito, vale mais do que romagnolis, moutinhos, pereirinhas e derleis. Juntos.
*
P. Bento disse também que o pobre do Vuk não quer ficar no Sporting. Também por isso não joga. Hum, então e o "grande" capitão moutinho? E o miguel veloso? Aquela história de quererem sair foi uma invenção dos jornais ou uma alucinação colectiva?

quarta-feira, outubro 22, 2008

É preciso ter lata...

O ministro da economia já confessou que o governo afinal não vai criar os 150 mil postos de trabalho prometidos (oh surpresa das surpresas!). E a culpa não é da incompetência de um primeiro-ministro demagogo, nem de um governo sem qualquer ideia ou capacidade que dura há três anos. Para o dito ministro, a culpa é da crise mundial, que tem três meses. Bem aventurados os pobres de espírito...

Que loucura!!!!

domingo, outubro 19, 2008

Teste

Para saber quem o ama de verdade, faça o seguinte teste:

1 - Tranque o seu cão e o seu cônjuge na mala do carro.
2 - Aguarde exactamente uma hora.
3 - Abra a mala do carro.
4 - Veja quem fica feliz em vê-lo novamente.

quinta-feira, outubro 16, 2008

filhos da mãe

dos espanhóis, que não podem ver nada, têm logo que imitar:

o magalhães

Para quem ainda não viu, fica aqui o vídeo propaganda do magalhães:


Observando bem as imagens e as mensagens transmitidas, encontramos por trás o preconceito de que o ensino tem de ser divertido, tem de ser uma descoberta, com risos, com quatro e cinco alunos a acotovelar-se para olhar para o monitor, com o professor a apontar para alguma coisa na imagem. Quem pensa que assim se pode ensinar alunos (seja no 1º ciclo, onde as consequências serão criminosas, seja em qualquer outro nível de ensino básico e secundário) não percebe nada de ensino. Podem ter teses sobre o assunto, mas nunca trabalharam com uma turma, nunca viveram o contexto de uma sala de aula, com os seus conflitos, com o jogo de poder entre alunos e professor (inevitável), ou seja, entre a desordem e a disciplina. Quem concebeu este vídeo não sabe que aprender é por vezes (muitas vezes) aborrecido, desagradável, cansativo. E que essa aprendizagem tem de ser feita em papel, em folhas, livros e cadernos, contra a vontade dos alunos, que sem dúvida prefeririam brincar, conversar, correr, saltar, queimar as energias com que nasceram. E também não sabe que essas aprendizagens são feitas em salas desconfortáveis, frias, sem espaço nas carteiras para cadernos, livros, estojos e computadores e sem tomadas para todos os magalhães que existem por sala (e cuja bateria não dura um dia inteiro).
*
Se o lema "um aluno, um pc" fosse substituído por "uma sala de aula, um pc", os resultados práticos seriam muito melhores (para além de ser muito mais barato). O problema é que não dava votos. E não ficava bem na televisão. Mas dava, na mesma, para fazer contratos suspeitos com empresas manhosas... Ou seja, nem tudo seria mau para o primeiro-analfabeto sócrates.

Os meus alunos arranjam desculpas melhor elaboradas

"(...) Gilberto Madaíl abandonou a Tribuna Presidencial aos 84 minutos do jogo, não regressando mais à bancada. A explicação, no final da partida, foi que o presidente da Federação teve que ir à casa de banho e acabou por ficar a ver os minutos finais no interior do estádio, através de um ecrã gigante.
Já em relação à ausência de Queiroz do flash-interview da TVI, foi explicado que o treinador quer sempre no final dos jogos falar primeiro com os jogadores, o que disse aos responsáveis do canal e acabou por fazer no balneário. Depois, e devido ao aperto de horários, acabou por não regressar ao relvado, tendo de subir escadas e atrasar-se ainda mais."

Muito me tenho divertido eu

... a ver os jogos da selecção do "grande" queirós.
*
Já agora, aconselhava os senhores da Bola, que andam a fazer uma campanha para a eleição de Cristiano Ronaldo como o "melhor do mundo" a fazerem um abaixo-assinado a exigir que o jogador não seja convocado para a selecção. É que quanto mais joga, menos hipóteses parece ter para obter a distinção (que deveria ser para Casillas, Campeão de Espanha e Campeão Europeu).

segunda-feira, outubro 13, 2008

A complexidade do Magalhães

-Tou??? Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui, porque o meu curso de informática foi tirado na Independente e o professor faltava muito. Estou a experimentar um destes novos computadores dos putos, o Magalhães, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
- Desculpa?....
- Aquilo fecha a que horas?
- Zé, meteste a Password?
- Sim! Quer dizer, copiei a da Maria de Lurdes.
- E não entra?
- Não, pá!
- Hmmm....deixa-me ver... qual é a Password dela?
- Cinco estrelinhas...
- Oh, Zé!....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?
- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: 'Cannot findprinter'! Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo emfrente ao Monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!
- Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão. Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.
- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?
- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?
- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
- Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
- Oh, Zé... Foooooodasss... Eh, pá! esquece.... Vamos fazer assim: clica no 'Start' e depois...
- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...
- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí... Olha lá, e já tentaste enviar um mail?
- Eu bem queria, pá! Mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do 'a'.
- O circulozinho...pois.... Bom... vamos voltar a tentar aquilo da impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas, Ok?
- Espera aí...- Zé?...estás aí?
- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
- Fooodasss Zé.... Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?
- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...
- óóóóóóóóóóóóólha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte debaixo do écran?
- Samsung.
- Eh, pá! Vai pró....ca- Mariano?... Mariano?... 'Tá lá?... poooorrrrraaaa o que é que lhe deu?... Desligou....