Assim está Portugal. Dias Loureiro envolvido em escândalos. Homem da confiança do Presidente da República. Se for culpado (não direi condenado, porque já imaginamos que não será, como ninguém com peso e influência é, em Portugal), devemos questionar: o que sabia e sabe o Presidente da República? Será que nunca ninguém lhe entrou no gabinete a dizer: "olhe, ouvi falar nisto..." Não acredito que, ocupando os cargos que ocupou e ocupa, se tivesse limitado a dizer "se tem provas, faça queixa à polícia." Não, não é de crer que assim pudesse ter sido. E, no entanto, se há culpa e havia conhecimento de actos ilícitos, como pode o Presidente da República sentir-se impotente para agir? Para denunciar?
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Jorge Coelho. O currículo diz tudo. Tem mesmo ar de quem foi escolhido para a Mota Engil pela sua competência na área da construção civil (queda da ponte à parte...).
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Sócrates: um analfabeto funcional, com uma "licenciatura" manhosa, obtida de forma suspeita e que não foi questionada até ao fim; um distribuidor de pcs de gama baixa em países de terceiro mundo, um distribuidor de pcs para televisão ver (depois retirados a quem os recebeu); um demagogo que não hesita em mentir, em contornar a verdade incómoda, em culpar a crise internacional por uma crise interna que é anterior à sua hipotética causa; um governante incapaz de aceitar uma crítica;
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Deputados: o último espectáculo degradante revela o que é a maioria, um bando de chulos da República; valem pouco, são incompetentes, votam no que lhes mandam votar, sem fazerem valer as suas ideias próprias (se as têm); há excepções, mas cada vez menos
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Governo: vale o que vale o seu líder; tem grande parte da comunicação social domesticada, tem membros ou ex-membros que disseram e fizeram coisas que ultrapassaram todos os limites da incompetência, mas que não são criticados como outros no passado foram;
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Justiça: não é cega, só pune os que não têm quem os proteja, os que não têm interesses e poder; é assim no futebol, nas finanças, na política; não há crime de colarinho branco, não há culpados nas derrapagens de obras públicas (veja-se a casa da música, aquela horrível construção que estragou mais uma área do Porto, sem fosso de orquestra, sem programação de valor);
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Revolução "democrática" do 25 de Abril? Não me parece... O triunfo dos porcos, isso sim.
"Portugal, hoje és nevoeiro" (F.P.)
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