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domingo, dezembro 14, 2008

senilidade em acção II

As faltas dos deputados são uma trivialidade, segundo mário soares. Presume-se que as dos restantes portugueses não o sejam. A afirmação não deixa de ter um fundo de verdade. É que, tendo em conta a sua (in)utilidade, pouco importa se os deputados estão ou não a cumprir o seu horário de trabalho. A grande maioria deles poderia, sem grande prejuízo (e, creio, até com alguns benefícios) ser substituída por macacos amestrados, que se levantariam para a votação a um sinal do tratador e guinchariam em jeito de protesto a outro sinal do tratador. Poupava-se nos salários e nas ajudas de custo e a população não ia perder representatividade. Podíamos, até, em nome da tradição, adestrar uns quantos símios para assinarem de cruz o livro de presenças e saírem para a sua outra ocupação: consultor de uma empresa de construção civil ou de um banco, redactor da readers digest, membro de claque, laureado com nobel da literatura, secretário de estado da educação, samuel etoo ou, com fato adequado e diploma domingueiro, primeiro-ministro de Portugal (espera, esse galho já está ocupado...).
O que não deixa de ser curioso nas palavras de soares é o facto de o velho dinossauro defender a necessidade de uma pedagogia que explique aos Portugueses a importância do parlamento. Creio que isso diz tudo.

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