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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Salteado de vegetais com bolinhos de salmão





Gosto muito de abóbora. Assada, frita, salteada, em puré. Em doces e salgados. Além de saborosa tem uma cor particularmente bonita que transforma um prato de comida numa explosão de cor. Tinha algumas fatias que a Z. me mandou. Resolvi fazer um salteado em azeite, acrescentando cenoura e curgete. Para aromatizar, um pouco de nóz moscada. Os vegetais ficaram caramelizados.
Para acompanhar, recorri ao congelador e assei bolinhos de salmão fumado que fizera e congelara para soluções de emergência. A receita é de alguma forma inspirada numa sugestão da Mafalda P.L.
Basta transformar batatas cozidas em puré e acrescentar o que se quiser. Neste caso juntei, ovos, curgete ralada, salmão fumado e endro que combina muito bem com este peixe. Temperei com sal e um pouco de pimenta. Fiz uns bolinhos, a que dei a forma de hamburger. Passei por pão ralado e assei num tabuleiro no forno pincelado com azeite.
Dá para congelar, bem acondicionados com película aderente e numa caixa, até 3 meses.

Até que enfim

Convenhamos que o oscar de melhor actriz para a Natalie Portman já vem com uns anos de atraso. Deveria ter sido entregue por este desempenho:


Ou por este:

domingo, fevereiro 27, 2011

Olhai os lírios que vieram do campo





Gosto de plantas e flores mas não sei cuidar delas. Não tenho esse dom, ou jeito, ou vocação... A única coisa que sobrevive cá em casa são cactos. Tudo o resto morre! Ou por falta de água, ou por excesso da mesma. Ou porque não converso com elas. Há quem diga que conversa com as plantas e que elas gostam. Nunca tentei, até porque seria um monólogo, e para monólogo já me basta o que tenho com algumas pessoas que me rodeiam ;)

Mas adoro flores e nas jarras lá se vão aguentando. Aprecio particularmente as flores campestres, como estas que vieram do jardim da Z. e que agora perfumam a minha cozinha para me despertar para a alquimia da culinária.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

À mesa com a mestre

Ontem à noite não cozinhei, cozinharam para mim. Mais um dos sempre interessantes Jantares com História no lugar de sempre, com a direcção gastronómica do chef Hélio Loureiro, e com o convidado de ontem a requerer uma ementa exótica. Gonçalo Cadilhe foi apresentar a sua Peregrinação, e como tal a ementa foi ao encontro da temática.
Mas o melhor da noite para mim foi a feliz coincidência de partilhar a mesa com a Senhora Dona Filipa Vacondeus. Eu cresci a vê-la na televisão. Cresci com "imensa paprika". E portanto, ontem foi a concretização de um sonho de infância. Lá estáva a mestre, a falar de cozinha e de tantas outras coisas com um humor que desconhecia. Uma noite hilariante em que me esqueci um bocadinho que não era ela a convidada principal.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Línguado com alcaparras


A L. demora imenso tempo a jantar mas come um pouco de tudo, até alguns sabores mais difíceis ou exóticos. Foi o caso de ontem. A imaginação era pouca, por isso aos línguados que tinha para servir, lembrei-me de juntar a intensidade das alcaparras. Para acompanhar, ainda grelos do alentejo, cozidos em água com sal e depois salteados com azeite e um pouco de pimenta, para servir de cama ao peixe. Juntei umas batatas fritas em azeite que me trouxe à memória as que a minha avó fazia, ao lume em sertã de ferro. Nunca vou conseguir nada tão bom...

O QUE USEI:

línguados

alcaparras

azeite

pimenta

flor de sal

COMO FIZ:

Coloquei uma folha de alumínio num tabuleiro. Dispus o peixe com a pele para baixo, cobri com um pouco de azeite, sal, pimenta e alcaparras. Fechei bem e levei ao forno, cerca de 35 minutos. Servi com as batatas e os grelos.

As meninas comeram todas as alcaparras do prato, sem problemas, chegando a comentar a L. que lhe pareciam rebuçados! Dificilmente!

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

*
E quando os apelos forem (e já existem, por exemplo, na Grécia) de cidadãos europeus contra os digníssimos e incorruptos líderes da UE (que, recorde-se, têm tanta legitimidade democrática como os governos do Magreb) ou portugueses? Será que os manifestantes serão rotulados de "pacíficos" e os seus desejos "legítimos"? Ou "legítimo" passará a ser o rótulo a dar ao uso da força?

Assado com pão alentejano





Parte do jantar de ontem resultou da generosidade de uma amiga. A V. foi ao seu alentejo no fim de semana e trouxe coisas maravilhosas, algumas que por cá não se encontram, tal como o pão alentejano. Generosamente deu-me uns sacos bem recheados, nos quais constavam uns grelos de couve bem fresquinhos.
Chego a casa e recordo-me de uma receita da Mafalda. Um assado de pão com espinafres e fiambre. Espinafres só tenho congelados, fiambre (quase) nunca consta no frigorífico. Mas vamos dar a volta. Tenhos os grelos a que posso dar uma fervura e cortar pequenino. Também ainda estão por lá duas linguíças. Troco o fiambre sem problemas.
Gostei muito do resultado, e foi o suficiente para completar a sopa do início.
O QUE USEI:
pão alentejano
2 tomates
grelos de couve fervidos
2 linguíças
5 ovos caseiros
1 chávena de leite
100 g de queijo feta
sal aromatizado da G.
pimenta
COMO FIZ:
Pré-aqueci o forno a 180º. Untei com azeite um prato de forno. Cortei o pão em fatias e coloquei no prato com a côdea virada para baixo. Nos intervalos dispus os grelos, o tomate cortado em fatias e a línguiça. Esfarelei o queijo feta por cima. Numa taça, bati os ovos com o leite e temperei com sal e pimenta. Cobri todo o prato e levei a assar cerca de meia hora.
A repetir!

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Pequenos almoços e uma reflexão

























Nenhuma refeição me sabe tão bem quanto o pequeno-almoço. Sobretudo nos últimos anos em que o partilho na cama com o G. Hoje, enquanto devorava um ovo semi-estrelado, dizia-me que se toda a humanidade tomasse o pequeno-almoço na cama não havia guerra no mundo. Bem sei que era uma metáfora, mas consigo compreender a ideia subjacente. De facto, se todos nós começassemos a manhã a comer bem, a partilhar esse tempo com alguém que amamos, enfrentaríamos o dia com mais alegria, sem vontade de alimentar os pequenos (e grandes) conflitos do quotidiano. Digo eu! Mas isto não passa de uma reflexão madrugadora de alguém que gosta de um pequeno-almoço substancial e tem a sorte de o partilhar no conforto do leito.




segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Beringela grelhada



Mais um sábado com programa nocturno. Desta vez um concerto da Kátia Guerreiro que carrega Viana no coração e nos deixou (a mim e à querida A.) serenamente comovidas. O primeiro fado, um poema de Pedro Homem de Melo valeu pela noite toda. Teria bastado aquela "Prece". Mas foi muito mais...
Com a expectativa do concerto, nem me lembrei dos tachos. Aproximou-se a hora de jantar e pensei em algo rápido e suficientemente nutritivo para completar o creme de agriões que sobrou do almoço. Preparei então umas postas de pescada chilena, estufadas com pimentos vermelhos e umas fatias de beringela grelhadas.
O QUE USEI:
pescada
cebola
pimento vermelho
alho
azeite
flor de sal
pimenta
COMO FIZ:
Estufei as postas de pescada sobre cebola, alho e pimento vermelho. Temperei com flor de sal e pimenta. Depois reduzi o molho. Entretanto tinha cortado fatias de beringela. Deixei sangrar com sal. Temperei depois com pimenta e levei à chapa a grelhar. É um óptimo acompanhamento e uma beringela por adulto não é um exagero ;)

domingo, fevereiro 20, 2011

Brompton Oratory


I look at the stone apostles
Think that it's alright for some

And I wish that I was made of stone
So that I would not have to see
A beauty impossible to define
A beauty impossible to believe

A beauty impossible to endure
The blood imparted in little sips
The smell of you still on my hands
As I bring the cup up to my lips

No God up in the sky
No devil beneath the sea
Could do the job that you did, baby
Of bringing me to my knees

Outside I sit on the stone steps
With nothing much to do
Forlorn and exhausted, baby
By the absence of you

sábado, fevereiro 19, 2011

(A place like no other)

"New York, concrete jungle where dreams are made of
There’s nothing you can’t do
Now you’re in New York
These streets will make you feel brand new
Big lights will inspire you
Hear it for New York, New York, New York"

Alma da Conceição

Flor Bela de Alma da Conceição, mais conhecida pelo nome de FLORBELA ESPANCA, nasceu em Vila Viçosa, no ano de 1894, e morreu em 1930, no dia do seu aniversário (8 de Dezembro). A sua vida foi curta, trágica. Sofreu vários abortos involuntários, que poderão ter contribuído para o fim dos dois primeiros casamentos que teve. Sofreu também a morte do irmão, de quem era muito próxima. Procurou conduzir (ou anular) o seu próprio destino. A terceira tentativa de pôr fim à vida foi fatal. Florbela morreu com 36 anos, em Matosinhos, onde vivia com o terceiro marido, vítima de uma sobredose de medicamentos. Deixou vários contos escritos, mas notabilizou-se pela poesia.


Aniversário














Ontem foi o aniversário do meu pai. Tinha pensado preparar o jantar desse dia. No início da semana comecei a pesquisar uma ementa de comida tradicional timorense, uma vez que o meu pai esteve nesse pedaço do mundo e de lá guardou as melhores recordações. Mas a meio da semana avisou-me que por razões de trabalho não ia ser possível vir até cá a casa para o tal jantar. Mas ontem, depois de almoço tudo mudou. Afinal era possível o jantar. Só não era possível concretizar a ementa de comida timorense. Ainda assim, usei três ingredientes muito utilizados naquela cozinha: porco, camarão e coco. Passei rapidamente no talho no regresso a casa, para comprar lombo de porco. Pedi para cortar em duas partes no sentido longitudinal.
Tinha visto em tempos uma receita da Mafalda Pinto Leite em que o porco era envolto em compota de laranja e pão ralado. Tentei algo semelhante. Eis o que fiz:

ENTRADA (uma sugestão que vi num livro de petiscos de Jennifer Joyce)
Gambas panadas em coco ralado com salada de rúcula, pêra e nozes com vinagrete de mirtilos

COMO FIZ:
Temperei as gambas com flor de sal e pimenta. Passei por farinha de milho, depois por clara de ovo e finalemente por coco ralado. Levei a fritar em óleo vegetal e reservei no forno aquecido. Servi com um molho de maionese e mostarda e com uma salada de rúcula selvagem a que juntei pêras cortadas no ralador para obter fatias bem finas, com nozes e um vinagrete de azeite, sal e vinagre de mirtilos.

PRATO PRINCIPAL
Lombo de porco com crosta de laranja e batatas com gengibre

COMO FIZ:
Temperei o porco com sumo de laranja, pimenta e flor de sal. Selei a carne na frigideira e depois cobri com compota de laranja e finalmente envolvi com uma mistura de pão ralado e casca de laranja ralada. Levei ao forno a 180º cerca de meia hora. Para acompanhar, assei batatas e cenouras em azeite com sal, tomilho e gengibre em pó. Servi com um molho de azeite, sumo e compota de laranja, sal e pimenta.

BOLO DE LIMÃO E COCO
Fui buscar a receita aqui, porque acho que tudo o que ela faz é maravilhoso. Só optei por uma cobertura diferente, porque me agrada muito o contraste das natas com o coco. Assim, bati uma embalagem de natas com duas colheres de açúcar. Cobri o bolo com as natas, polvilhei com o coco e a L. deu o toque final com as bolinhas coloridas. Dão um aspecto divertido, mas são agressivas para os dentes.
Toda a refeição foi acompanhada por um tinto Carm reserva 2008 que me enche as medidas.
Para decorar a mesa, um pano feito em Timor.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Bolachas de laranja e baunilha




Metemos mãos à massa. As três. Sim, porque a F. também já gosta de participar nestas (des)venturas. Depois da primeira fornada, a L. teve uma ideia «mãe, podiamos usar bolinhas para fazer os olhos dos animais» Grande ideia. Vamos a isso.
A minha versão das bolachas leva pouco açúcar. Sugiro que use cerca de 20g a mais para ficarem ao vosso gosto. E brinquem com as formas e os miúdos.
O QUE USEI:
250 g farinha s/ fermento
100 g açúcar
70g manteiga
raspa de 1 laranja
1 colher de essência de baunilha
COMO FIZEMOS:
Juntei o açúcar com a manteiga. Adicionei a farinha, a baunilha e laranja. Amassei bem até formar uma bola. Deixei repousar no frigorífico envolta em película aderente 30 minutos. Depois é só estender a massa com o rolo e ir cortando ao sabor da vontade das pequenas.



Nenhuma novidade!

"Barcelona é a melhor equipa dos últimos dez anos. FC Porto lidera portugueses."

De volta ao cuscuz



Ao final do dia, quando desliguei o computador e enumerei mentalmente tudo o que tinha de fazer até à hora de sair de casa para assistir a uma tertúlia, calculei que tinha de ser prática e encontrar uma solução mega express para o jantar. Estáva em causa não falhar a promessa que tinha feito à L. na véspera. Faríamos bolachinhas. Mas antes disso, ainda tinha de passar na loja para comprar um presente de aniversário, ir buscá-la à escola, tratar de banhos, fazer sopa e o restante jantar e preparar a massa para as ditas bolachas.
Sou apreciadora de cuscuz. Pelo sabor e também pelo modo simples de preparar. Tinha inclusive feito o maior dos elogios a este acompanhamento à minha amiga S. que estava curiosa para experimentar.
Seja cuscuz. Vejo os legumes na gaveta do frigorífico e aproveito os bifes de frango que tinha comprado na véspera e que já não vou congelar. O resultado foi este: Frango e legumes temperados com limão e vinagre balsâmico, acompanhados de cuscuz com sementes e frutos hidratado com laranja.
O QUE USEI:
bifes de frango
curgetes
cenouras
cogumelos
pimentos vermelhos
cuscuz
passas de uva
amêndoas laminadas
sementes de papoila
sumo e raspa de limão
vinagre balsâmico
tomilho
flor de sal
azeite
COMO PROCEDI:
Cortei os bifinhos em cerca de 3 pedaços cada. Deixei a marinar em sumo e raspa de limão, tomilho, vinagre e sal. Cortei os legumes no ralador e temperei com sal e vinagre. Entretanto, numa frigideira anti-aderente, salteei o frango em azeite. Reservei numa taça tapada para não perder calor. Usei a mesma frigideira para os legumes. Aqueci água para hidratar o cuscuz. Acrescentei sumo de uma laranja na hora de servir, juntamente com as amêndoas, passas de uva hidratadas em água quente e sementes de papoila.
Os citrinos dão um aroma inconfundível, sobretudo se forem caseiros como estes.
Missão cumprida!
Olho para o relógio. Ainda dá tempo de fazer as bolachas!

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Raúl superó a Müller como máximo goleador en competiciones europeas (70 frente a 69)

Com muita vitamina c

Nos dias em que a L. tem ballet sai mais tarde e fica difícil fazer qualquer coisa na cozinha que exija tempo. E ela queria muito fazer bolachas. Com moldes. Não pode ser. É preciso juntar os ingredientes e deixar a massa pelo menos uma hora no frigorífico. Não. Tem de ser algo mais rápido. «Queques mãe? Podem ser queques? Quantos ovos posso partir?» Ups! Só um! Vamos então aos queques.
Gosto sempre das sugestões de queques da Nigella. Vamos tentar uns que nunca tenhamos feito. Temos laranjas do quintal da avó N. Por isso, queques de laranja, aproveitando a desculpa da vitamina C. São pouco doces, o que é agradável ao pequeno almoço. Estamos decididas, avancemos.
O QUE USEI:
250 farinha com fermento
75 g manteiga sem sal
70 g açúcar branco
75 g amêndoa laminada
1 ovo
100 ml leite
150 ml sumo de laranja
raspa de 1 laranja
1/2 colher chá bicabornato de sódio
1 colher chá fermento
COMO FIZ:
Pré-aqueci o forno a 200º. Derreti a manteiga e deixei arrefecer. Numa taça grande juntei a farinha, o açúcar, a amêndoa, a raspa da laranja, o bicabornato e o fermento. Envolvi bem. Noutra taça, juntei o leite, o sumo, o ovo e a manteiga já arrefecida. Bati e depois fui adicionando a taça com os ingredientes secos, mexendo com um garfo, apenas para envolver. Segundo a Nigella, os queques querem-se pouco batidos. Estes ficam ligeiramente grumosos. Utilizei a bendita colher de gelado para colocar a massa no tabuleiro já com formas de papel e deixei a assar cerca de 20 minutos. Retirei e coloquei na grelha para arrefecer. Segundo a autora, não devem arrefecer muito, porque a seguir é para devorar. Eu sou mais contida! Comi um e outro no pequeno almoço de hoje. São muito perfumados, graças à laranja.
Bem sei que hoje não vou ter desculpa para não fazermos bolachas!

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Servir amizade à mesa







Um jantar a meio da semana com amigos é um verdadeiro balão de oxigénio. As crianças deitam-se um pouco mais tarde, a máquina da louça faz dois programas, as costas estão ligeiramente doridas porque se esteve um pouco mais tempo de pé na cozinha, mas no final de tudo, há um sorriso que teima em permanecer. Tudo porque se serviu à mesa, doses generosas de amizade, cada um a seu modo.
Chamei a este jantar de ontem "Jantar Posterior a S. Valentim", mais a título de brincadeira com as comemorações da véspera, mas podia muito bem ser "Jantar Gosto de Estar com Vocês Porque me Inspiram". Porque de facto este amigos contribuem diariamente para eu dar importância ao que realmente merece.
Para ir petiscando tinha umas azeitonas caseiras da feira do Louriçal, muito amargas, segundo as crianças, mas para mim aquilo é que são azeitonas. Preparei uma pasta de atúm e uma manteiga de ervas.
Aproveitei a grande panela de sopa da véspera e servi-a. Porque não há lugar a desperdícios e porque não tive tempo de preparar outra. Mas para a próximo faço um creme de couve flor com amêndoas torradas porque o H. é grande apreciador.
Para entrada, segui uma sugestão da Mafalda Pinto Leite. Um camambert embrulhado com frutos silvestres. Ela faz com amoras. E uma salsa tropical, que também não segui exactamente como ela. Apesar de gostar mais de limas, do que limões, usei estes, mas acho que também resulta muito bem. O contraste do doce do folhado com a frescura da salsa é maravilhoso.
Para prato principal, um empadão de frango, para não defraudar ninguém, com a receita do costume, a que acrescentei cogumelos. Acompanhei com uma salada de rúcula e agriões, com maçã assada envolta em presunto e um vinagrete de mel, também inspirada na Mafalda.
Tal como aparece na ementa, a convidada trouxe uma surpresa doce. E que surpresa! No seguimento da entrada, terminámos a refeição com os mesmo protagonistas: frutos silvestres. Um trifle fantástico que nos deixou a todos com a sensação de que temos de repetir ;)

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Jantar sem corações ou ursos de peluche




O jantar do dia de S. Valentim lá em casa não incluiu troca de presentes, nem coraçõezinhos ou ursos de peluche amorosos made in China. Contudo, a ementa poderia ser de comemoração, porque a comida, na minha opinião, era bonita. Mas o meu lema é procurar fazer que cada refeição seja uma celebração, mesmo que a data não tenha nada de comemorativo. Conseguir reunir a família à mesa, com alegria e amor é só por si um acto solene. Por isso, este jantar poderia ser em qualquer dia da semana.
Para começar, tinha um creme de chuchu e grelos de nabo, muito perfumado com salsa. Depois aproveitei os últimos espargos que estavam no frigorífico e umas limas há muito a chamar por mim. O resultado foi este. Um bocadinho minimalista é certo, o que muito se adequou à hora tardia a que foi servido.
O QUE USEI (espargos):
espargos
fatias finíssimas de presunto
COMO EXECUTEI:
Cozi em água com sal os espargos cerca de 7 minutos. Envolvi-os nas fatias de presunto e levei à chapa até tostar ligeiramente.
O QUE USEI (peixe):
tranches de pescada
1 lima
1 banana
azeite
flor de sal
geleia de piri-piri
pimenta
tomilho
COMO FIZ:
Num prato de forno coloquei papel vegetal com tamanho suficiente para fechar o prato. No interior dispus as tranches acentes em rodelas muito finas de lima. temperei com pimenta, flor de sal e geleia de piri-piri. Reguei com um fio de azeite e coloquei sobre cada pedaço de peixe, uma fatia de banana com folhas de tomilho. Tapei com o papel vegetal e levei ao forno a 200º, cerca de 20 minutos.
Servi com os espargos, tudo regado com sumo de lima.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Tarte de cebola, espargos e linguiça





O programa Ingrediente Secreto do chef Henrique Sá Pessoa é muito inspirador. Apetece fazer todas aquelas sugestões, com ou sem alterações. Parecem-me sempre cozinhados possíveis de executar, mesmo para quem não tem muita experiência na cozinha.
A tarte que se segue vem no seguimento de uma que ele fez com cebola e chouriço. Optei na minha versão por acrescentar espargos verdes e trocar o chouriço por linguíça. Tal como ele, não uso natas nestas tartes, mas sim leite. Torna-se menos enjoativo e calórico.
Acompanhei com uma salada de rúcula, tomate e beterraba.
O QUE USEI:
1 base de massa quebrada
4 cebolas médias
2 dentes de alho
1 linguíça
5 espargos verdes
4 ovos caseiros
200 ml de leite
sal
pimenta
nóz moscada
azeite
COMO FIZ:
Numa frigideira coloquei a cebola cortada em meias luas finas e os alhos raspados a quebrar no azeite. Depois acrescentei a linguíça e os espargos cortados em pedaço pequenos. Deixei cozinhar cerca de 7 minutos. À parte bati os ovos com o leite e as especiarias. Antes de juntar ao preparado da cebola, deitei uma colher de sopa rasa de farinha envolvendo a cebola e os restantes ingredientes. Finalmente juntei os ovos e leite e deitei na forma com a base de massa quebrada. O forno já estáva quente, a cerca de 180º. Deixei cozinhar cerca de 25 minutos.