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domingo, outubro 31, 2010

ALMOÇO DE DOMINGO









Na minha infância, ao domingo, os pratos de forno eram habituais. Entre eles o empadão. Lembrei-me de fazer para a família um empadão de frango. Acompanhei com uma salada muito simples de alface, com pepinos de conserva cortados muito pequenos e alcaparras. Para o molho, um pouco da água avinagrada da conserva, azeite e mostarda. Foi uma sugestão num dos programas da Nigella. É um pouco acre. As crianças só comeram a alface.
Para finalizar, fruta da época, do quintal da Z. Dióspiro com canela. Foi uma sugestão da C. e do M. Fiquei fã.

Para o empadão:
O QUE USEI:
carne de frango picada
1 cenoura grande picada
1 talo de alho francês picado
tomate
molho de tomate com pimentos e cebola (previamente feito e congelado)
cebola
azeite
batatas
coentros
oregãos secos
queijo mozarella ralado
hortelã picada

COMO PROCEDI:
Numa panela refoguei o azeite com a cebola e o alho até quebrar. Juntei a carne picada até ficar ligeiramente dourada. Depois acrescentei a cenoura picada e o alho francês bem picado. Mais tarde os tomates cortados e o molho de tomate. Deixei levantar fervura e depois baixei o lume e cozinhei por cerca de 20 minutos até engrossar.
(Fiz de véspera e guardei, depois de arrefecido no frigorífico. Fiz em quantidade suficiente para utilizar metade para uma lasanha de frango a fazer durante a semana).
Hoje de manhã cozi as batatas. Numa taça, juntei-as ao azeite, hortelã bem picada e ao queijo. Esmaguei tudo e temperei com flor de sal e pimenta.
Coloquei num prato de forno a mistura da carne e cobri com o puré. Levei ao forno bem quente (cerca de 220º) e deixei assar cerca de meia hora.
As variações de carne e peixe são imensas. Por isso, pode-se fazer este prato sem ser repetitiva.

Tentei ouvir um debate sobre presidenciais. Uma criatura defendia a opção Alegre porque "combateu o fascismo". Julgo que quando ainda se discute, em 2010, com argumentos de 1975, está tudo dito quanto ao mérito destes exercícios. Pessoalmente, não irei gastar tempo e mais de 30 euros (em gasóleo, portagens e outras despesas) para votar em qualquer um dos candidatos, até porque um já tem a vitória assegurada e os restantes seriam tão ou mais inconsequentes na sua (in)acção. A não ser que alguma das candidaturas me pagasse as despesas. Se assim fosse, até poderia votar no senhor da ami.* Quer dizer, nem por isso. Até porque nunca votaria mário soares e é mais ou menos a mesma coisa, segundo dizem. E, seja verdade ou não, o apoio está lá, coisa tenebrosa.

*Nobre candidatura, que nem dinheiro tem para pagar a renda...

The good old days

 

quinta-feira, outubro 28, 2010

RISOTTO DOCE





Jantei sozinha com a L. Enquanto o resto da família não chegava sugeri fazermos um arroz doce. Concordou imediatamente. Gosta da cozinha como eu.
Decidi fazer com arroz risotto, e em vez da habitual canela, usar baunilha, tal como Nigella sugere num dos seus livros. Conclui ela que dá apenas para uma pessoa. Pensei que era o exagero próprio da gulosa que ela demonstra ser. Mas na verdade, só deu para os 4 porque coloquei em chávenas de café. Todos pediram mais. Até a L. e isso é quase inédito. A repetir, muitas vezes!


O QUE USEI:
700 ml de leite meio gordo (na falta do gordo)
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de sopa rasas de açúcar
1/2 colher de chá de essência de baunilha
2/3 de uma chávena de arroz risotto
casca de limão (que ela não indica)

COMO FIZEMOS:
Aquecemos o leite com a casca de limão num tacho com rebordo para facilitar verter no tacho do arroz. Derretemos a manteiga com uma colher de açucar num tacho. Quando ficou cor de caramelo pálido adicionámos o arroz e mexemos. Aos poucos juntámos o leite, mexendo até o arroz o absorver bem. Demorou cerca de 20 minutos. Quando o arroz ficou grosso e húmido, retirámos do lume, juntámos o restante açúcar e a baunilha.
Acho que ainda vou para a cozinha...

Em noites assim, temos a convicção de que vale a pena estar vivo. Nem que seja para saborear a amargura da existência, que este senhor transmite com a singular sensibilidade da sua voz.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Agora não são 2 mas 3: Messi, Cristiano Ronaldo e Hulk



Além do incrível HulK & Companhia (Falcão, Varela, Moutinho, etc), temos um FCP com o melhor arranque dos últimos 25 anos. Dá gosto ver este FCP a jogar (ganha, dá festival e tem os melhores jogadores da actualidade do futebol nacional e internacional). Os "Bin Laden" devem andar com uma azia...

Filme: "Social Network"



P.S.A música deste video é das Scala & Kolacny Brothers - Creep (Radiohead cover), um côro de raparigas belgas, com direcção de Stijn Kolacny e acompanhamento ao piano de Steven Kolacny.

segunda-feira, outubro 25, 2010

BIFE DE NOVILHO COM RUM



Quem me conhece sabe que não como carnes vermelhas. Mas eu não cozinho só para mim, portanto vou fazendo o que é necessário nesta matéria. Assim surgiram os bifes de novilho para a restante família. Utilizei rum na sua preparação. Não é problema com as crianças porque o álcool quando cozinhado a altas temperaturas evapora.

O QUE USEI:
- bifes de novilho
- 1 colher de sopa de rum branco
- flor de sal
- uma pitada de pimenta preta
- 2 folhas de louro seco e partido
- 2 dentes de alho esmagado

COMO PREPAREI:
Deixei a carne a marinar com todos os temperos e o rum cerca de 30 minutos. Depois cozinhei a carne numa frigideira anti-aderente com um fio de azeite, apenas 2 minutos de cada lado para se manter tenra e rosada. Servi quente com puré. Não acompanhei com salada nem legumes cozidos, pois a sopa já era muito rica em verdes.

domingo, outubro 24, 2010

HAMBÚRGUERES DE ATUM



Um jantar de domingo repentino. Nada no frigorífico que apeteça. Congelador com poucas opções. Despensa: latas de atum e um saco de flocos de batata a perder a validade. Vamos fritar que uma vez por festa não é crime. Hambúrgueres de atum. Vamos a isso.

O QUE UTILIZEI:
- 1 cebola picada
- flocos de batata
- 2 latas de atum em azeite
- pão ralado
- 1 ovo
- sal
- pimenta

COMO PREPAREI:
Numa frigideira coloquei o azeite e a cebola até ficar mole. Numa taça juntei todos os ingredientes e envolvi bem até ficar com uma massa uniforme. Formei bolas e depois espalmei. Passei pelo pão ralado. Fritei em azeite bem quente e sequei em papel absorvente. Servi com arroz branco e uma salada de tomate com beterraba e milho.

E por fim, os nomes das crianças

Mais uma crónica de Alberto Gonçalves, na Sábado online.

Finalmente legendado e comentado


Alberto Gonçalves fez o favor de comentar o famoso vídeo em que isabel alçada aparenta sofrer de uma forma rara de dislexia e que levou muitos portugueses a pensar que, se calhar, a senhora se encostou à Ana Maria Magalhães no que toca à produção 'literária'. As más-línguas sugerem até que o papel da actual ministra socrática terá sido o de andar com uma 4L a transportar os livros das aventuras para as livrarias lisboetas, a ver se alguém pegava naquilo. Quem defende tal teoria não leu os livros em causa. Quem viu o vídeo e leu os livros (ou passou por eles os olhos), acredita mais na teoria contrária: a que defende ter sido isabel alçada a verdadeira criadora intelectual das obras, de uma riqueza só comparável à da poesia de Manuel Alegre e à da gestão pública de josé sócrates.
Por milagre, porém, alguém pegou nos livros das aventuras, e até os comprou (confesso ter contribuído para tal acto, já ofereci um ou dois - espero que a Joaninha me perdoe quando crescer). E não sejamos mal intencionados. O êxito editorial das aventuras não tem qualquer relação com o facto de vários desses livrinhos estarem na lista das obras 'aconselhadas' pelo plano nacional de leitura que, curiosamente, era tutelado pela autora e actual ministra.

O triunfo dos porcos

sábado, outubro 23, 2010

66 days to form a habit

http://projects.rsablogs.org.uk/2010/10/takes-66-days-form-habit/
Estas palavras de Guardiola deveriam ser dirigidas a quem lidera o clube onde o treinador trabalha. Porém, sempre que estes passam a vida a afirmar que são "catalães" e não espanhóis (como se Catalunha não fosse Espanha), Guardiola nada diz. Mas quando o chamam de "quase estrangeiro" (uma afirmação que, na verdade, condiz com quem declara ser catalão e não espanhol) já o treinador se sente ofendido. Não entendo. Eles podem considerar-se estrangeiros, mas não admitem que os "outros" os considerem como tal? Ou são catalães quando convém e espanhóis quando dá jeito? Parece-me que é assim.


sexta-feira, outubro 22, 2010

CARIL DE CAMARÃO



Só não faço caril mais vezes porque o G. não é muito adepto de leite de coco. E um caril sem esse ingrediente para mim não resulta. Contudo, não sei que toque lhe dei desta vez que toda a gente adorou. Nada de sobras para o meu almoço do dia seguinte.

O QUE USEI:
- azeite
- 1 cebola picada
- 2 dentes de alho
- raspa de 1 lima
- meia malagueta vermelha sem sementes e picada (do quintal da Z.)
- 2 colheres de chá de caril
- 1/2 de colher de chá de açafrão das índias
- 1 colher de sopa de mostarda de Dijon
- 1 pacote de leite de coco
- 1 chávena de caldo de marisco
- camarões descascados
- arroz vaporizado para acompanhar

COMO PROCEDI:
Aqueci o azeite num tacho largo. Juntei a cebola, o alho, a raspa de lima e a malagueta. Deixei cozinhar até a cebola ficar mole, mexendo regularmente. Adicionei as especiarias e cerca de um minuto depois juntei o leite de coco, fervendo durante cerca de 5 minutos. Depois juntei o caldo de marisco e envolvi até aquecer. Coloquei o camarão e deixei em lume brando até ficar pronto. Servi logo de seguida com o arroz cozido apenas em água temperada de sal.
Nham nham!!!

terça-feira, outubro 19, 2010

quinta-feira, outubro 14, 2010

Para quem não conhece a INDRA...

A Indra é a empresa onde actualmente trabalho. Este video fala um pouco sobre a sua realidade actual principalmente no contexto nacional.

As imagens são dos nossos escritórios do Porto. Eu não apareço, por acaso, neste vídeo. O verdadeiro consultor não está no escritório mas sim nos Clientes :)


http://www.pt.cision.com/O4KPTWebNewLayout/ClientUser/GetClippingDetails.aspx?id=e734ecf2-7c8e-4cdd-a0ee-63f82488e6e1&userId=55a52bb6-e43d-4720-ab85-2a643cec4165

quinta-feira, outubro 07, 2010

quarta-feira, outubro 06, 2010

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domingo, outubro 03, 2010

"[a crise económica e financeira que afecta o país foi] importada, veio de fora para dentro, não se criou em Portugal, nem foi culpa dos dirigentes portugueses” (mário soares)

"o povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre" (almeida santos)
 
Eis umas frases bem representativas do pensamento de duas das quatro personalidades mais inqualificáveis da vida política portuguesa dos últimos anos (sócrates e sampaio completam  o ramalhete). E há quem lhes dê valor.
Já agora, vejam quem são alguns dos mecenas desta fundação sem fins lucrativos. E que tal começar a poupar dinheiro aqui?

sábado, outubro 02, 2010

Boas perguntas

"...em 2010, a questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam “carbonários”, vigilantes de vário género e pêlo e a “formiga branca” do jacobinismo? Como é possível pedir a uma cultura política assente nos “direitos do homem e do cidadão” que preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos uma vasta e indeterminada multidão de “suspeitos” (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do “outro” mostrar agora o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação do catolicismo? E, principalmente, como é possível ignorar que a Monarquia, apesar da sua decadência e da sua inoperância, fora um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês, que o “5 de Outubro” trouxe a Portugal?"
(Vasco Pulido Valente, Público de 2 de Outubro de 2010)

Também José Mattoso, na Ler, mostrou grandes reservas em relação às comemorações (que disse não acompanhar de perto) e à bondade da I República. Infelizmente, estas questões são praticamente impossíveis de discutir nas escolas, a não ser em contexto de sala de aula. Fora das salas, os corredores apresentam a versão oficial, endeusada e mitificada de uma I República tão boa e pura que parece uma criação da Disney. Tudo institucionalizado, esterilizado. Para não confundir os alunos (não fiquem eles a pensar que a versão oficial é uma bela peta e que a nossa Historiografia tem muito de ideológico). E eu, infelizmente, tive que colaborar com o circo. Pelo menos fora da sala. Lá dentro a conversa será outra.

Adoro estes processos de racionalização

De quem, na verdade, não conseguiu foi arranjar um bilhete para o concerto. Ou não quis pagar o preço que a lei da oferta e da procura ditou no mercado negro. Lembra a velha fábula da raposa e das uvas.
*
O argumento é sempre o mesmo, ainda que dito por palavras diferentes: acusar os U2 de terem americanizado o processo de produção é o mesmo que dizer "tornaram-se comerciais", acusação atirada aos James por um ex-fã desgostoso por ver a sua (o possessivo aqui é a palavra-chave) banda a ter um crescente sucesso e a ser também a banda de muitos outros. Não importa que as músicas continuem boas, que o som seja idêntico ao dos albuns iniciais (toda a gente distingue, logo aos primeiros acordes, qualquer música dos U2, incluíndo as da fase mais negra do Zooropa e do Pop). Também já li que o verdadeiro Springsteen é o dos primeiros albuns, antes de se tornar no Boss mundialmente conhecido com Born in the USA. Ou que a melhor Tori Amos é a do Little Earthquakes. Ou que o melhor de Michael Jackson está na Motown. Ou que os Stones acabaram nos Anos 60. Ou que o verdadeiro Cave não é o "baladeiro" que criou o fabuloso The Boatman's Call.
A lógica de quem usa estes argumentos tem duas origens. Alguns confundem o seu gosto pessoal com um referencial de qualidade. Preferir a fase A à fase B do cantor X não implica necessariamente que a fase A seja melhor do que a B. Eu prefiro o Michael Jackson da Epic ao da Motown, mas não faço disso uma medida para avaliar o mérito de uma ou da outra fase.
A segunda origem é um (por vezes inconsciente) elitismo. "Como posso considerar bom este cantor", pensam, "se toda esta gente, com a sua típica e democrática falta de gosto, também o aprecia? Das duas, uma: ou eu tenho gostos populares [leia-se comerciais] e sou mais parecido com a multidão do que realmente imagino, ou o cantor vendeu-se." Como a primeira hipótese está fora de questão, resta a segunda.
Sim, resta uma terceira hipótese - o cantor ou a banda podem ter realmente perdido qualidade. Há vários exemplos. Mas a razão para tal ter ocorrido dever-se-à mais a uma perda de criatividade  do que a uma "americanização do processo de produção." Trabalhar com mais rigor e qualidade nunca prejudicou ninguém. E tentar ganhar mais dinheiro também não costuma ser prejudicial.

"que belo estranho dia, p'ra se ter alegria"




Não admira que os mortos saibam dançar


Deus toca rock alternativo.

O Eco-fascismo


Este ternurento vídeo promocional de um movimento ecologista tem sido bastante criticado em Inglaterra, com a acusação de eco-fascismo. E não é para menos. Afinal de contas, está ali bem evidente um pensamento totalitário típico desses movimentos. Muito do pensamento ecológico baseia-se numa filosofia e em questões de fé, já que a comunidade científica tem desmentido parte das suas alegações - basta lembrar a bela obra de propaganda, cheia de incorrecções, trazida ao mundo por Al Gore. Se não acreditas, diz este filme promocional, deves ser eliminado. Há 60 anos atrás havia gente a pensar o mesmo, em relação a outros "ideais" com base supostamente científica. Sim, se calhar o filme era para ter piada. Mas tem pouca.

Parabéns...


... e que o caminho continue pouco íngreme como estes degraus.

sexta-feira, outubro 01, 2010

o que já sabemos: não deixar as coisas para o último dia

Estava nos meus planos experimentar concorrer aos jovens talentos de fotografia da Fnac (é jovens de espírito que o concurso não tem limite de idade)! Vai daí fui pensando no assunto, mas trabalhei pouco para a causa, entretanto o tempo passou. Quando vi o anúncio era Julho e achei que tinha muuuito tempo! Mas de lá para cá tanta coisa aconteceu e ontem era o último dia, tinha uma ideia, tinha algumas fotos, mas faltavam ainda várias outras, e o portfolio, e gravar o CD, e escrever uma biografia... e não deu tempo. Ficará para uma outra ocasião, mas fiquei meia "aguada". Deixo-vos uma das fotos que tinha feito, que não sendo das que mais gosto tem uma frase do Pessoa de que gosto muito. Conhecem. Diz assim. O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.