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domingo, abril 30, 2006

Era uma vez...

Obrigado, obrigado!!! Temos é de comemorar isto assim que surgir a ocasião!
Epa, pensei que o Raúl dissesse tudo... Foi assim que me senti quando saí de lá. Mas eu conto a história, pelo menos os pormenores que consigo recordar. Creio que deixei passar metade do que acontecia...
Tudo começou há três anos atrás... Bem, para dizer a verdade, há seis anos atrás... Mas vocês não querem que eu recue tanto. Recuemos só umas semanas, então. Um telefonema do orientador anunciou-me a data da defesa. E despertou uma angústia que me inundou o pensamento e o próprio corpo. Mais cansado, mais nervoso. A respiração perturbada, o coração a querer sair. Algum tempo depois, chegou a carta da universidade a anunciar a data. Vá lá, desta vez chegou antes do dia marcado. Os primeiros tempos foram de pânico, sem saber bem o que fazer. Envio um email ao meu orientador. Ao contrário do que é habitual, a resposta demorou mais do que um dia, o que me deixou preocupado. Mas eis que chega o email, com preciosas instruções. Saber justificar as escolhas e as ideias defendidas, ter em atenção possíveis pontos polémicos. E a parte divertida, falar alto e com convicção. Isto é como ser treinador do Pauleta e dizer-lhe remata na direcção da baliza e marca golo. Ou um editor a pedir ao Saramago, vá lá, desta vez usa pontuação e escreve uma história de interesse que tenhas sido realmente tu a imaginar. Eu? Mas como? Se até as crianças se queixam porque falo baixo (aproveito para dizer lhes que se não me ouvem é porque estão a fazer muito barulho, é claro)! Com estas instruções começo verdadeiramente a preparar-me. Leituras e releituras. Mas de novo o pânico. Nessa altura o meu sonho era ser o Sherlock Holmes, devem lembrar-se. Só não me virei para o ópio ou para o cachimbo porque não calhou. Valeu o telefonema do Gabriel (obrigado!!!) para me colocar de novo no caminho correcto. Treinei discursos sempre que podia. Resumi os resumos, sublinhei, reescrevi. Falei com o orientador. Tudo ok. O pânico desapareceu. Para regressar na antevéspera. Um jogo de futebol deixou-me suficientemente cansado para conseguir adormecer, mas nessa noite sonhei com a defesa. O arguente, no entanto, era uma senhora (discípulos de Freud, façam as vossas leituras). E a coisa não corria muito bem (do pouco que me lembro, sei que se repetiu pelo menos duas vezes, o que não é bom). Para piorar, um dia antes o meu pai tinha sido internado para exames (tudo ok, felizmente - saiu poucas horas antes da defesa, bom sinal, bom sinal).
Vésperas.
Na véspera, as palavras que mais vezes ouvi nesse dia foi "boa sorte" "vai com calma" "vai correr bem" e "quem te mandou meter nisto". Um último telefonema de alguém que também passou pelo tormento. Apesar disso, durmo mal. Tento reler alguma coisa, mas nem me consigo concentrar. Desisto e tento esquecer um pouco, vendo o Gene Kelly a dançar com a Cyd Charisse no Brigadoon. O filme fala de uma aldeia mágica na Escócia para onde um homem foge da agitação da sua vida para encontrar o amor da sua vida. Hum, tentador.
O dia.
Chego à FLUC às 12h. Tinha combinado às 13h para almoçar com o João. Sento-me, de mp3 a abafar o mundo, com as folhas à frente. Nem reparo no que está escrito. O tempo está a passar depressa. Olho para o relógio, 14h. Volto a olhar, 14h15. Depois 14h35. 14h40. 14h50. Entramos na Gama Barros, a sala onde tive todas as aulas do mestrado. Uma das paredes tem grandes janelas, as restantes estão cobertas de livros do chão ao tecto. No centro está a grande mesa rectangular, de madeira castanha, escura e pesada. Na cabeceira estão três cadeiras e em cada uma um elemento do juri. À esquerda o meu orientador, no centro a directora do mestrado e à direita o arguente. Eu sento-me de costas para a porta, com as janelas à minha frente e o juri à minha esquerda. No fundo da sala, para lá do fim da mesa, está o público sentado em cadeiras desconfortáveis. Rodo um pouco a cadeira na direcção do juri e o público rapidamente desaparece. Estão lá colegas do mestrado, amigos e um ex-aluno, agora aluno do curso de História (quero acreditar que a culpa não é minha). Às 3h começa. Feitas as apresentações, o arguente começa a falar. As primeiras palavras são simpáticas e dão confiança. Gostou do trabalho. Só fiquei momentaneamente preocupado porque parecia que tinha gostado sobretudo do apêndice documental. Mas compreendi o ponto de vista. Depois as críticas. Muitas perguntas. Porquê esta afirmação na página x? E esta na página y? E porquê esta estrutura na página z? E porque não a edição f da crónica h em vez da edição j? Preencho duas folhas com as perguntas. Olho para o relógio e a meia hora passou. Acalmei, mas quando me dão a palavra tropeço nas sílabas. Esperava gaguejar 50 vezes em cada frase. Nada mau, só devo ter gaguejado 40. No final, o João disse que falei muito bem, nem parecia eu. Confesso que me preocupei com este comentário - caramba, devo soar mesmo muito mal no dia-a-dia, a ser assim nem me deixariam dar entrevistas no flash interview da sporttv... Algumas das perguntas foram muito ao lado do que eu tinha previsto. Consegui tratar decentemente uma ou duas, as outras chutei para canto. Ou procurei outros temas, a ver se o tempo entrava nos descontos. Não é jogar para o empate, mas jogar para o empata. Deu certo, confesso... Afinal, se calhar até me safava no flash interview. A meia hora dissolve-se sem eu dar por isso. Todos me diziam que era assim e eu, ingénuo, nunca acreditei.
Terminada a minha meia hora, e depois de uma importante intervenção do meu orientador, que me defendeu melhor do que eu, somos convidados a sair da sala e a esperar o resultado. Estava feito. Disseram-me que o pior momento seria o da espera pela nota. Não acreditei. E comigo não foi verdade. Estava terminado, que importava a nota? Para dizer a verdade, eu nem percebo muito bem se a nota é boa ou média ou mínima. Deveriam numerar estas coisas, porque designações qualitativas são subjectivas... A porta abre-se, sou chamado. a directora do mestrado dá-me os parabéns e anuncia a nota. Agradeço. Nunca sei o que se deve dizer nestas ocasiões. Qual é o comentário adequado? Deveria ter consultado a Paula Bobone, deve haver um capítulo sobre o tema. Pelo menos um parágrafo, não?
Depois foi a descompressão. Sentia-me leve e alegre, como se passeasse por Dublin. O céu voltou a ser azul, os campos verdes e o sol brilhava novamente. Senti-me um recluso de longa duração regressado ao mundo. Ainda perguntei quem era o primeiro-ministro, mas não me disseram. Certamente para não me estragar o momento. A claque de apoio dá-me os parabéns, o meu ex-aluno dá-me quatro abraços (um por cada elemento da família) e vamos à comemoração. Como esta gente é muito recatada e não bebe, optamos pela Coca-cola. É a loucura. Depois é o regresso a casa, acompanhado por uma dor de cabeça que já me tinham avisado que iria aparecer.
E agora? Bem, agora estou livre, livre, livre. Posso ir ao cinema, ler o que me apetece. E posso escrever posts longos como este que está a terminar agora.

sábado, abril 29, 2006

UFA!!!

Boa. Parabéns
o Raúl está muito guapo na foto, mas não chega pois a malta quer saber como correu. todos os pormenores são importantes. se contares tudo, tim, tim por tim, vais sentir-te melhor...e nós também pois alimentarás a nossa curiosidade.
beijo
sandra e joão

Está feitoooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, abril 24, 2006

Garfield



O Garfield está quase nos 30 anos. Nasceu em 1978 e foi baptizado com um dos nomes do avô de Jim Davis, James A. Garfield Davis. Na sua primeira aparição em cartoon, que pode ser vista aqui, não tinha ainda o aspecto que tem hoje. Parece que o passar dos anos e a lasanha lhe fizeram muito bem...

sábado, abril 22, 2006

Porto campeão 2005-2006


Parabéns ao campeão nacional, que conquistou hoje a 21ª liga da sua história. Bons festejos para os adeptos.

sexta-feira, abril 21, 2006

Boas vindas

Olá Sandra! Muito bem vinda sejas ao nosso espaço de conversas! Não te recebi a tempo e horas porque o choque tecnológico ainda não encontrou a saída da complicada mente do gladiador que nos governa para o mundo real (se houver é um caminho só de saída, porque parece que pouco lá tem entrado). Bem, mas nada de politiquices num momento tão solene. Ainda bem que estás já a contribuir com os teus comentários, opiniões e aventuras (um conselho, guarda os corações de chocolate para comer fora da cama, ou para dias com menos sono... para esses momentos será preferível um pacotinho de m&ms, dizem que não derretem)!
*
E agora, um pouco de feed-back:
Não aconselho uma ida à casa de Salazar como medida anti-stressante. A todo o momento estava com receio de levar uma bengalada de algum velhote menos saudosista. Nem sei se não estivemos à beira de um fim violento quando, por engano, perguntámos a um coveiro de Santa Comba onde era a campa do presidente do conselho. Foi com alegria que o homem disse: "não está aqui, está no Vimieiro. Está logo à entrada, ele e a família toda." O riso que se seguiu é que me deixou apreensivo. Quanto à casinha, justificava-se um investimento para recuperar e transformar em museu A.O.Salazar. Trata-se, afinal, do mais importante e influente político português do século XX (segundo uma sondagem feita no jardim à beira-mar plantado feita no final do referido século).
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A propósito de coveiros, parece que apesar do Co Adriaanse o FCP já é campeão. Em terra de cegos quem tem um olho é rei. Ontem as reportagens já davam o Co como grande treinador, o bla bla bla do costume. Não sei se os portistas estarão de acordo (aqueles com quem tenho falado não estão). Eu também não acho que seja. Caramba, ele perdeu dois jogos com o Koeman e no ano passado foi eliminado pelo Peseiro na taça uefa. Para não falar do último lugar num grupo constituído por Inter, Glasgow Rangers e Artmedia!! Acho que só ganhou o campeonato porque tem melhores jogadores e tem outros totós como competidores directos.
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Na minha opinião, o barcelona não é a melhor equipa do mundo. Talvez tenha sido quando teve o dream team, mas creio que nem esse, porque na altura havia o Milan de Capello. Mesmo que ganhe a liga dos campeões. Quando muito, podem dizer que é a melhor equipa do ano. Se bem que o Liverpool ganhou a champions no ano passado e o Porto há dois anos e ninguém se lembrou de dizer que eram as melhores equipas do mundo. Muito menos se pode dizer do barcelona, que tem pior historial que estes dois clubes (e que o Benfica, e que a Juventus, e que O AC Milan, e que o Manchester, e que o - sim, esse mesmo- Real Madrid).
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Ainda a propósito de futebol (ou não). O treinador da AAC (outro coveiro) queixou-se de ser prejudicado (presumo que intencionalmente) pela arbitragem. O boavista, sempre que perde, queixa-se do mesmo. O treinador do Guimarães diz que a liga é uma mentira e que não há verdade desportiva. O Paços marcou um golo nunca visto. O Belenenses diz que não se queixa mas que já foi prejudicado (!) e que vai estar atento. O Braga idem. O Gil Vicente idem. O Benfica idem. O Sporting pergunta por que motivo o fiscal de linha que favoreceu o Sporting contra o Leiria (não assinalando um golo que tinha entrado) é o único árbitro até hoje suspenso por ter errado e os que erram a favor de outras equipas têm nota máxima dos observadores. M. Sousa Tavares, na Bola, diz que o Porto é a única equipa que se pode gabar de não ter um único ponto conquistado com ajuda arbitral (deve ter estado vários jogos a caçar perdizes), sinal de que há, na sua opinião, várias que são favorecidas. Diz ainda que a Liga é dominada pelo Major e pelo Presidente do SLB (muito mau domínio, já que nem Boavista nem Benfica são campeões este ano). Com toda esta confusão, ainda há quem se admire por não termos árbitros no mundial e por termos um campeonato cada vez pior...
*
Como medida anti-stressante, aconselho isto:

Por uma guerra inteligente contra os preços das empresas petrolíferas

Está previsto que o preço da gasolina irá ultrapassar brevemente os 1,40 Euros/litro e do gasóleo os 1,20 Euros/litro!

Alguém sugeriu uma ideia genial, muito mais sensata que aquela em que nos pedem para não comprar gasolina no dia tal e no dia tal. As empresas petrolíferas rir-se-iam desta campanha porque sabiam que nós não poderíamos ser continuamente prejudicados recusando sistematicamente comprar gasóleo e gasolina: seria muito mais uma estupidez da nossa parte do que um problema para elas (empresas).

Mas a proposta seguinte poderá ter resultados bastante eficazes, se para tal for levada a rigor. Os mercados internacionais aumentam constantemente os preços através de medidas especulativas como relatórios pessimistas, por exemplo, em relação à possível eleição dos ultra-conservadores no Irão no final do ano. Ridículo.

As empresas petrolíferas e a OPEP querem fazer-nos crer que o preço que elas nos impõem é um bom negócio para ambas as partes. Mas, muito provavelmente, os 0,60 Euros/litro para o gasóleo e os 0,80 Euros/litro para a gasolina já seriam preços mais do que justos.

Parece existir uma cartelização no sector dos combustíveis. No entanto, o facto de ser um sector oligopolístico, e em que há paralelismo na fixação de preços, não significa, só por si, que há um cartel. Estamos perante um produto homogéneo em que o grande peso no preço final é o preço internacional do petróleo, o que implica um paralelismo na evolução dos preços. De facto, a Galp tem o monopólio da refinação e existe pouca importação directa pelas outras petrolíferas. Além disso, a Galp controla, também, uma série de infra-estruturas de armazenagem. Assim, a falta de concorrência estrutural no mercado português é um factor importante.

Temos de actuar decididamente para lhes mostrar que, num mercado livre e concorrencial, são ambos os compradores e os vendedores que controlam os preços de mercado e não apenas um deles. Face aos aumentos, por vezes até mais do que uma vez por semana, do preço dos combustíveis, devemos reagir como consumidores que somos. A única forma de se verificar a queda do preço terá de passar por uma vontade firme em não comprarmos gasolina ou gasóleo a essas empresas petrolíferas, mas sem que sejamos nós os prejudicados. Como necessitamos das nossas viaturas não podemos prescindir dos combustíveis, mas, poderemos actuar de forma a ter um impacte real no mercado dos combustíveis se agirmos todos juntos contra estes preços.

EIS A PROPOSTA: NÃO COMPRAR UMA GOTA DE COMBUSTÍVEL ÀS TRÊS MAIORES EMPRESAS DE COMBUSTÍVEIS NO PAÍS: GALP, BP e REPSOL. EXISTEM OUTRAS EMPRESAS COMO A CEPSA, ELF, ESSO, etc…
Se aquelas empresas virem as suas vendas de combustíveis reduzirem, serão obrigadas a baixar os seus preços. Se uma delas baixar os seus preços, as outras empresas terão também de os baixar. Mas para criar o tal impacte, temos de conseguir a compreensão e acolaboração de milhões de clientes da Galp, BP e Repsol .

E é tudo!

Se agirmos conjuntamente vamos conseguir a diferença! NÃO SE PERDE NADA EM TENTAR.

P.S. Aproveito para informar que na ESSO de Póvoa Sta. Iria já é mais barata cerca de 2 cêntimos e no CARREFOUR do Montijo cerca de 8 Cêntimos mais barata.

quinta-feira, abril 20, 2006

onde está o feed-back?

Andei meses ansiosamente à espera de colocar posts neste magnífico blog... finalmente o meu anseio foi concretizado e não acontece nada!! Ninguém se manifesta. Nem uma simples palavra de incentivo. Será porque não coloco posts, ditos eruditos, acerca de acontecimentos relevantes que por aí acontecem, nomedamente os jogos de futebol entre o Barça e outros clubezecos de 3.ª categoria, dado que consideram este o melhor clube do Mundo; não vou visitar a casa do amigo salazar e a sua morada eterna, mas caramba digam alguma coisa. Olá é suficiente pois a malta tem teses para defender, doutoramentos para preparar, bebés para esperar e devidos enxovais para organizar, mas não me façam sentir ninguém pois lá se vai o meu ego para as profundezas e depois necessito de grandes marteladas na cabeça para me recompor e só com um retiro é que isso alcança.
Pronto, agora que já fiz todas as queixinhas, vou voltar ao trabalho, os QAI's esperam por mim.
Como sou boazinha e amiguinha, ainda vos conto o meu último episódio excitante, preparem-se!!
Sentem-se preparados? Cá vai. Esta noite pensei ler antes de adormecer (utopia, claro) e comer o último bombom que o meu príncipe me deu (em forma de coração, como mandam as regras), mas como tem sido constante ultimamente "desmaiei" e hoje pela manhã reparei que para além do livro estar "esparramado" no chão, toda a minha almofada, pijama e afins eram chocolate. Como não existiam vestígios na cara devo ter desligado o botão mesmo antes de o colocar na boca. Mas a estória tem um final feliz, pelo menos para mim, não sufoquei...
Para a próxima prometo colocar uma fotografia da Angelina que o Paulo ainda não tenha visto, tarefa ingrata. Eu sei :)
Não tem nada a ver com nada, mas envio muitos beijinhos nas bochechas maravilhosas da Carolina. Para os respectivos papás vai um grande sorriso.
Sandra
P.S. Espero não ter escrito nenhum erro ortográfico, à semelhança do que aconteceu ontem. Fica a correcção, não é Feed-bak, mas Feed-back. OK?!

quarta-feira, abril 19, 2006

Cheguei... ufa!!!

Meus queridos niveladores

depois de muitas tentativas (falhadas, claro) o meu príncipe fez-me uma chek list das etapas a seguir para poder também comunicar com vossas excelências.
sinto-me feliz... também, depois de um dia como este não é difícil.
o meu primeiro post é para dizer olá, adeus até amanhã (camaradas) :)
vou para casa tentar ler mais do que cinco páginas seguidas antes de adormecer, ou desmaiar, ainda não sei bem o que me anda a acontecer. deve ser trabalho em excesso dado que não faço mais nada ou quase nada. estou a ser ingrata com o Paulo mas se ele quiser eu vou lá defender a coisa...
tenho que ir mais vezes ao Dragom para aliviar o stress, ou então ir ver a casinha do amigo salazar.
beijinhos

Concordo plenamente

Laporta, eufórico trás ganar al Milan: “Somos el mejor equipo de Europa”.

Laporta se muestra optimista cara al futuro del Barcelona en la Champions, y mandó un recado al Real Madrid: “somos humanos, no galáticos”.

Eu diria mais: "São a melhor equipa do Mundo".

terça-feira, abril 18, 2006

No Vimieiro, à procura da casa


Bom dia, minha senhora.
Bom dia!, responde a senhora da sua janela.
Podia dizer-nos onde está a casa de Salazar, por favor?
Olhe, é essa aí, até tem uma placa - e apontou para uma linha de casas baixas que esperam a queda final apoiadas em frágeis bengalas amarelas, colocadas sob a pesada viga de madeira.
Esta aqui? Ah, sim, já estamos a ver a placa.
Esse mesmo. Isso era tudo dele, até lá acima. Quer dizer, dele não, dos pais, porque ele, coitadinho, não tinha nada.
(obrigado, boa tarde e fim de conversa)

Nem mais...

"Os números do défice previsto para este ano, de 6%, são o primeiro sinal muito sério que não só se está na epiderme, como ainda se está a engrossar a epiderme. De novo o princípio da raposeta, a “treta”, foi posto a funcionar para o governo se vangloriar daquilo que é um sinal muito preocupante do falhanço da sua política. Isto porque o número de 6%, superior aliás ao défice previsto do governo Lopes sem receitas extraordinárias, só parece razoável comparado com o exercício a que se prestou o Banco de Portugal, ao calcular um défice final fictício para o orçamento anterior. A falta de prudência do Banco de Portugal fornecendo um número tendencial à propaganda governamental, partindo do principio que Bagão Felix nada faria para controlar as contas públicas caso derrapassem dessa forma flagrante, serviu às mil maravilhas para que 6% parecesse um bom resultado num ano em que houve receitas fiscais consideráveis, e um aumento dos impostos excepcional. Mas não é, é péssimo. A raposeta continua no seu jogging, deslumbrado pela governação por actos e sessões de relações públicas, mas o reino animal é demasiado complicado para a “treta” esconder certas garras, e certos dentes."
J. Pacheco Pereira, www.abrupto.blogspot.com

No cemitério do Vimieiro



"O Homem mais poderoso de Portugal
Do século XX, e modesto sem igual.
Nasceu humilde e humilde cresceu
Viveu humilde e humilde morreu
***
Mediocre é o povo que com ele nada aprendeu"
"Havemos de chorar os mortos, se os vivos o não merecerem"
Dr. Oliveira Salazar
"O Errar é próprio dos homens, mas
até à data foi o melhor estadista
e o mais honesto dos governantes
de Portugal"
(O texto, naturalmente, não está assinado)

O palco dos sonhos concretizados

domingo, abril 16, 2006

I know my love

(Irish trad.)

I know my love by his way of walking
And I know my love by his way of talking
And I know my love dressed in a suit of blue
And if my love leaves me what will I do...

And still she cried, "I love him the best
And a troubled mind sure can know no rest"
And still she cried, "Bonny boys are few
And if my love leaves me what will I do"

There is a dance house in Maradyke
And there my true love goes every night
He takes a strange girl upon his knee
Well now don't you think that that vexes me?
And still she cried, "I love him the best
And a troubled mind sure can know no rest"
And still she cried, "Bonny boys are few
And if my love leaves me what will I do"

If my love knew I can wash and wring
If my love knew I can sew and spinI
'd make a coat of the finest kind
But the want of money sure leaves me behind
And still she cried, "I love him the best
And a troubled mind sure can know no rest"
And still she cried, "Bonny boys are few
And if my love leaves me what will I do"

I know my love is an arrant rover
I know he'll wander the wild world over
In dear old Ireland he'll no longer tarry
An American girl he's sure to marry

And still she cried, "I love him the best
And a troubled mind sure can know no rest"
And still she cried, "Bonny boys are few
And if my love leaves me what will I do"
And still she cried, "I love him the best
And a troubled mind sure can know no rest"
And still she cried, "Bonny boys are few
And if my love leaves me what will I do"
What will I do...

Elementar, meu caro Watson



À medida que se aproxima o dia da defesa, a minha angústia aumenta. O estômago arde, recusa comida. O sono demora a chegar. Deito-me às 6h da manhã, espero o tempo que for preciso para que o sono me impeça de pensar no que aí vem. As mãos tremem e no desespero pergunto que vias tenho para me livrar da tormenta. Ou penitencio-me perguntando por que motivo me meti nisto.

Sempre admirei o Sherlock Holmes. Ao contrário dos outros ídolos, ser como ele sempre me pareceu mais fácil. Os outros (Raúl, sobretudo) admirei porque eram capazes de fazer o que eu nunca conseguiria. Raúl calou o Camp Nou, que o recebeu com a educação habitual, com chuva de assobios e insultos. Calou-os marcando um golo e correndo ao longo das bancadas com o dedo nos lábios, como que dizendo "shhhh... respeito é muito bonito!" Eu não só não marcaria o golo, como não faria o que ele fez.

Não estou, naturalmente, a dizer que iria combater o mundo do crime ou viver em permanente risco de vida como o Sherlock. O que admiro no detective é a possibilidade de fazer o que gostava (o estudo do crime) e, no momento de apresentar os culpados, chamar o Inspector Lestrade e deixá-lo ficar com os louros e com a parte desagradável de exposição pública. Quem me dera, agora, ter um Lestrade a quem pudesse entregar tudo. Que fosse ele passar o tormento da defesa por mim. Eu ficaria no meu confortável anonimato a saborear o cachimbo, à espera de mais um "crime" para investigar. O meu Conan Doyle, é triste dizê-lo, não tem um décimo da mestria do escritor inglês.

quinta-feira, abril 13, 2006

se um anjo amar uma criatura de barro irá perder as asas na alvorada do novo dia

Patrick Kavanagh (ver aqui e aqui)
Raglan Road

On Raglan Road on an autumn day
I met her first and knew
That her dark hair would weave a snare
that I might one day rue;
I saw the danger, yet I walked
along the enchanted way,
And I said, let grief be a fallen leaf
at the dawning of the day.
On Grafton Street in November
we tripped lightly along the ledge
Of the deep ravine where can be seen
the worth of passion's pledge,
The Queen of Hearts still making tarts
and I not making hay
- O I loved too much and by such and such
is happiness thrown away.
I gave her gifts of the mind
I gave her the secret sign that's known
To the artists who have known
the true gods of sound and stone
And word and tint. I did not stint
for I gave her poems to say.
With her own name there and her own dark hair
like clouds over fields of May
On a quiet street where old ghosts meet
I see her walking now
Away from me so hurriedly
my reason must allow
That I had wooed not as I should
a creature made of clay
- When the angel woos the clay
he'd lose his wings at the dawn of day.

Cores do Olhar


Dizem que os olhos são o espelho da alma

O SOFRIMENTO

Estamos na semana da Paixão, em que os cristãos celebram os sofrimentos e morte de Cristo, que precederam a ressurreição, como vitória definitiva de Jesus Cristo, e nele de todo o homem, sobre a morte.
O sofrimento é algo que está permanentemente presente na história da humanidade, de tal forma que constitui um escândalo para muitos que não compreendem como pode ser permitido por um Deus bom a sua existência.
Todos nós já sentimos o sofrimento de perto, sob as suas mais variadas formas: doenças, fome, desastres naturais ou provocados pelo homem, maldade humana, fadiga do trabalho, sentimento de dor pela morte de familiares e amigos, quando o nosso clube de coração perde…

Amanhã, por exemplo, vou ao estádio do Dragão com a minha Princesa ver o jogo. O estádio vai estar cheio e sinceramente esperamos não sofrer muito com o desenrolar da partida. Assim, o que vos quero transmitir é que há casos em que é impossível não sofrer sendo este absolutamente normal podendo mesmo ser saudável.

De qualquer forma devemos sempre encarar o sofrimento com o mais profundo respeito para com todos os que sofrem e nunca tratar levianamente o problema mais angustiante na vida do homem.

BOA PÀSCOA PARA TODOS!

boas vindas, música (e falta de poder de síntese... entusiasmei-me, que querem?)

Quero, desde já, dar as boas vindas ao João e agradecer o primeiro (de muitos, esperemos) contributo para esta nossa longa conversa tecida de vários temas. Espero que em breve outras vozes se façam ouvir.
.
Sem dúvida que a música é uma parte essencial da nossa vida, felizmente temos a sorte de a poder ouvir (como será que a música chega aos que não conseguem ouvir?). E a sua importância foi reconhecida há muitos séculos. Em Atenas e Roma, aprender música era considerado uma necessidade para se obter a correcta educação do cidadão. A Igreja também se socorreu da música para cativar os fiéis (primeiro com S. Gregório, mais tarde com a música barroca). A música barroca, aliás, foi um instrumento de propaganda do catolicismo para enfrentar o avanço 'protestante' e das monarquias absolutistas (as peças compostas para serem tocadas e ouvidas em Versalhes são disso exemplo). Os nazis usaram a música para fortalecer a sua propaganda e fizeram propaganda para provar o "germanismo" ou "nacionalismo"de vários compositores (Carl Orff, Wagner, Beethoven, até Handel...). E hoje, não há campanha política, mesmo por cá, que não tenha música como pano de fundo (Vangelis com Guterres, Hans Zimmer com o engenheiro gladiador). O PC, por exemplo, mantém-se como partido à parte, com identidade própria, socorrendo-se de música facilmente associada ao partido, quer pelos temas 'revolucionários' ou com 'consciência social e trabalhadora', quer por ser cantada por pessoas publicamente conotadas com a ideologia comunista (escuso-me a citar nomes). Depois, temos música na publicidade, na televisão, no cinema. De acordo com os especialistas, temos música na literatura, sobretudo na poesia mas também na prosa (o Lobo Antunes faz várias referências a esta ligação).
E todos nós temos a nossa banda sonora. Não sei se acontece o mesmo convosco, mas eu tenho músicas que me trazem de volta certos momentos, anos, pessoas. Peter Murphy recorda-me uma menina de olhos verdes, um ou dois cds lembram-me Montalegre, Damien Rice, Katie Melua e os Pogues levam-me de volta a Dublin, os Chieftains a Loriga, a 5ª sinfonia, o Brothers in arms, o Thriller e o The Wall devolvem-me a adolescência, o Quebra Nozes de Tchaikovsky coloca-me na remota infância, algures em África, sentado com a minha mãe em frente a um gira-discos, o Maria dos Xutos faz-me voltar ao 8º ano e a uma certa Maria que era a paixão desse ano, Carla Bruni coloca-me em Famalicão, numa quinta com 4 cães e dias chuvosos... etc etc...
.
O post do João levanta questões muito interessantes... Em primeiro lugar, neste pós-modernismo em que vivemos e que relativiza tudo, torna-se difícil jogar com conceitos de boa música e de música daninha (com os quais concordo) sem sermos olhados como snobs ou arrogantes. E, de facto, é complicado definir uma e outra, ou traçar fronteiras. Sabemos o que está no limite de cada uma: Mozart é boa música, os D'Zert é música (?) daninha. Mas nem sempre se torna fácil separar as águas. Separamos por estilos? Não será demasiado generalizador? Nem tudo o que é barroco ou romântico ou blues é bom, nem tudo o que é rock, r&b ou soul é mau. Por cantor/músico/banda? Mas a obra completa de um compositor/intérprete pode incluir boa e má música (por exemplo, Stevie Wonder é um nome fundamental da música negra ligada à motown, mas também fez aquele irritante I just called to say I love you que ficou no top mais de um ano para nosso tormento). Avançamos composição a composição, tornando a tarefa de separação infinita? Já agora, que critérios se estabelecem para a divisão? A originalidade? A qualidade ou complexidade da composição? A performance do intérprete (que fazer com os grandes cantores que 'não sabem' cantar, Bob Dylan à cabeça)? O impacto que teve na época? O impacto que teve nas gerações futuras? O apreço do público (Deus nos livre)? O apreço da crítica (pior ainda)?
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Hoje, infelizmente, não há educação musical nas escolas. Aliás, há séculos que não há. Nem solfejo se aprende. Duas ou três crianças lá aprendem a soprar numa flauta, único instrumento que muitas escolas podem ensinar por ser barato e fácil de transportar. Uma educação musical a sério deveria começar no primeiro ciclo, provavelmente até antes disso. Mas isso implicaria investimentos que este governo (ou qualquer outro) não estaria disposto a fazer. Eu não aprendi música. Nem história da música. Não sei demonstrar a uma turma porque é que Bach é melhor do que o Enrique Iglesias ou a Shakira. O máximo que posso fazer é dar-lhes a conhecer o que eles nunca ouviram e, com isso, tentar abrir os ouvidos dos mais sensíveis a novos mundos sonoros. Por isso gosto de passar música nas aulas (desde que a turma o permita). De vez em quando resulta, quando no final, muito timidamente, um ou dois miudos me pedem os cds para ouvir em casa. No ano passado, foi a Diana Krall, este ano o John Lee Hooker.
.

quarta-feira, abril 12, 2006

O meu coração


As afirmações mais poéticas muitas vezes surgem de onde menos se espera. O programa da 2 Por Outro Lado nem sempre consegue mostrar esse outro lado dos entrevistados, mas de vez em quando há supresas. Para mim, ontem, foi um desse casos. Ana Sousa Dias conversou com Maria Rueff. Para o público habituado a ver a "palhaça de serviço" foi agradável ouvir uma mulher "encontrada", sensata mas emotiva. Foi dela que ouvi a frase mais bonita, mais poética e verdadeira quando se referiu à filha: «a minha filha é o meu coração fora de mim». Ainda tenho o meu coração dentro de mim, mas acho que é este o sentimento que se tem quando os pedaços de vida ficam foram do nosso ventre.

terça-feira, abril 11, 2006

Para a Carolina

Em Janeiro de 2002, pelo meu aniversário, a Cris e o Paulo ofereceram-me o cd Canções de Embalar. Ignorávamos nessa altura que 2006 seria um ano em que essas músicas iriam fazer todo o sentido. Tanto para mim, como para a Cris. A Carolina já nasceu e encheu os pais e os amigos de alegria. Esta música é para ela:

Tu és o meu bébé

Se tu fosses um peixinho
Não te tirava do mar
Nada, nada, nada...
Nada, nada, nada...

Se tu fosses um passarinho
Tirava-te da gaiola,
Voa, voa, voa...
Voa, voa, voa...

Se tu fosses uma estrela
Ia ter contigo ao céu
Brilha, brilha, brilha...
Brilha, brilha, brilha...

Mas tu és eu e eu sou tu
E vamos fazer ó-ó
Dorme, dorme, dorme...
Dorme, dorme, dorme...

E agora somos um só
E vamos fazer ó-ó
Dorme, dorme, dorme...
Dorme, dorme, dorme...


(letra e música Nuno Rodrigues)

antes do jogo

No dia do Sporting Porto, ouvir os directos das rádios antes do jogo era motivo de riso geral. O pobre repórter que tentava dar conta do resultado do jogo que então decorria foi interrompido por duas vezes no espaço de 5 minutos. Primeiro, por um outro repórter presumivelmente em êxtase místico, anunciando em alta voz "o autocarro do fcp está neste momento a passar em frente à churrasqueira do Campo Grande". Regresso ao jogo que decorria, mas por pouco tempo. Outro repórter (ou o mesmo?) volta a interromper, dizendo "o autocarro do fcp acaba de estacionar... E os batedores tiram os capacetes." Regresso ao jogo, que estava a terminar. Ouve-se o resultado final. Preparam-se rápidos comentários, mas nova interrupção. E, desta vez, a frase do dia, brilhante, maquiavélica, cruel. Afinal, se a frase foi dita com intenção, há esperança para o jornalismo português. Estando de plantão à entrada dos camarotes vip de Alvalade, diz o repórter (provavelmente familiarizado com os discursos do ex-presidente da república):
"o dr. Jorge Sampaio acaba de entrar e, amavelmente, não quis prestar declarações."
A frase tocou-me. O silêncio auto-imposto de Jorge Sampaio é, de facto, uma amabilidade.
.
ps: a derrota do SCP faz-me desejar que o Benfica nos ultrapasse e acabe em segundo. Prefiro que seja o Benfica a representar-nos novamente na Liga dos Campeões. Não quero passar pela vergonha de ver a triste figura que o Paulo Bento lá iria fazer. Se ele é incapaz de ganhar ao Adriaanse (a quem até o Peseiro ganhou), que podemos esperar se apanharmos pela frente equipas de maior valia, como o Artmedia e o Rangers?

Olhar sobre a música

Não querendo pôr em causa o liberalismo que em grande parte considera tudo pelo lado positivo e que, por isso, julga que nada deve ser proibido há que atentar, cada vez mais, para os efeitos que a música exerce sobre nós.
A música é criadora de estados de alma e exerce um poder tal que muita das vezes nos passa despercebida nomeadamente a boa música. Como sabemos é mais fácil destruir do que construir daí que os efeitos da música daninha são mais rápidos e eficazes que os da boa música. Já Platão insistia no poder insinuante da música de agir sem ser percebida, a ponto de conseguir destruir ou revolucionar uma sociedade: “a educação musical é a mais poderosa, porque permite introduzir na alma da criança, desde a mais tenra infância, o amor à beleza e à virtude. A pessoa bem educada musicalmente mais facilmente perceberia a beleza e a harmonia. E como não há amor sem ódio, ela também odiaria o feio e o mal.




segunda-feira, abril 10, 2006

"sumo na vida é o que eu te desejo"

Bem vinda ao mundo, Carolina
(parabéns, Cris e Horácio)

"Todos vieram ver a menina
ao primeiro gomo de tangerina
menina atenta
não experimenta
sem primeiro saber do cheiro
o sabor dos lábios
gestos sábios
Fruta esquisita
menina aflita
ao primeiro gomo de tangerina
amarga e doce
como se fosse essa hora
em que chora
e depois dobra o riso
e assim faz seu juízo
Sumo na vida
é o que eu te desejo
um beijo um beijo
Ah, que se lembre
sempre a menina
do primeiro gomo de tangerina
p´la vida dentro
é esse o centro
da parcela da vitamina
que a faz crescer
sempre menina
A terra é grande
é pequenina
do tamanho apenas da tangerina
quem mata e morra
nunca percorre os caminhos
do que há de melhor nesse sumo
a vida, gomo a gomo
Sumo na vida
é o que eu te desejo
rumo na vida
um beijo um beijo"
.
(Sérgio Godinho, O primeiro gomo da tangerina)

macacos me mordam

"El incidente racista con Samuel Eto'o no pasó a mayores. Tras marcar el gol del empate, fue abucheado por una parte del público. El camerunés le dio una patada al banderín de córner, rabioso. Unos segundos después decía que se marchaba, pero no insistió mucho. Aceptó continuar tras hablar amistosamente con jugadores del Racing."

Ainda há paciência para os amuos e a falsa capa de vítima que veste Etoo sempre que é assobiado? Desde quando é que assobiar um jogador negro é racismo? Racismo é, como fazem os fanáticos da L~´azio, assobiar todos os jogadores negros, não um em particular. Etoo é assobiado porque é uma criatura desprezível, um pedante que cospe nos adversários, que não respeita as equipas que o formaram e o civilizaram, perdão, tentaram civilizar. Se este é um dos símbolos do barcelona, diz muito do clube que o alberga e o defende. Pena é que o politicamente correcto da federação e da uefa o defenda também, quando não o puniu quando ele agiu mal. Como disse Clemente acerca dele (das poucas afirmações sábias que teve), "os que cospem são os que descem das árvores." Concordo.

domingo, abril 09, 2006

Etiqueta em 1964

"Um fumador não deve:
Acender um cigarro numa sala de espera sem perguntar se o fumo incomoda alguém.
Falar com o cigarro na boca.
Tirar um cigarro do bolso sem estender o maço, oferecendo-o aos presentes.
...
Acender o seu cigarro antes dos cigarros dos outros..."

Visitas
"O que se pode oferecer [a quem nos visita]
A todo o momento, cigarros, bombons.
Quando os seus amigos se anunciam ao começo da tarde, convide-os a tomarem café e licores.
No decorrer da tarde: chá, sumos de fruta, sanduíches, bolos secos.
A partir das 18 horas, oferecerá uma bebida antes do jantar: uísque, aperitivo, Porto."
(Saber Viver, Bertrand, 1964)
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Que dirão hoje os ditadores da saúde perante estas regras de educação? Devem sentir certamente arrepios. Doces? Bebidas? Tabaco? Todos na lista negra. Qualquer dia, até o café e o chá e (porque não?) a coca-cola estarão no index.
Embora não fume, acho absurdo ver as proibições que os governos andam a impor. Eu, pessoalmente, não gosto de bares sem a atmosfera de fumo.

lendo num domingo chuvoso como o de hoje

notícias yahoo

A China tem uma base de dados sobre 96% da sua população. Os fins, infelizmente, não deverão ser os melhores. Só para controlo o que os seus súbditos, perdão cidadãos, fazem na net existem 30 mil polícias. Mas não deixa de ser admirável. Quantos são eles? A Katie Melua diz, com a sua voz suave como uma carícia, que há nove milhões de bicicletas em Pequim. Os nossos funcionários públicos estão muito abaixo desse número e o Estado não sabe quantos são, nem o que fazem, nem o que recebem, nem etc... etc.. etc...
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Saiu a primeira edição da Playboy indonésia. Parece que as fotos das senhoras revelam menos pele do que as da playboy dos anos 50. Ainda assim, os grupos islâmicos estão (obviamente) contra. E os grupos de mulheres islâmicas também, o que também não espanta.
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Já todos devem ter reparado nas publicidades com o Pierce Brosnan a segurar um copo de sagre boémia, directamente vinda da Idade Média (ou essa é a abadia?). Não sabia que a Central de Cervejas pertencia a uma empresa inglesa, mas esse novo dado ajudou a perceber o envolvimento do ex-bond. Caso contrário, lá teríamos o Vitor Espadinha (fez de James Bond no casino do Estoril, se bem me lembro) ou um dos cromos dos morangos com açúcar. Antes o irlandês.

quinta-feira, abril 06, 2006

ALA


A entrevista da Ana Sousa Dias ao Lobo Antunes esta semana foi fascinante. O embaraço da entrevistadora não afectou o resultado final. ALA cada vez mais surreal e único.

quarta-feira, abril 05, 2006

O encontro de Relvas com a Figueira


Carlos Relvas (pai de José Relvas) é uma referência incontornável na História da Fotografia em Portugal. Viveu no século em que esta arte nasceu, numa época em que os códigos de valores eram outros. Foi amigo da Figueira. Aqui veio a banhos, exibiu-se no Coliseu Figueirense, privou com os ilustres da terra e captou, nos seus famosos clichés, a beleza de outros tempos. Hoje vou falar dele e do seu encontro com a Figueira da Foz para uma plateia muito especial: a Universidade Senior.

terça-feira, abril 04, 2006

O Beijo


Gostava de ver in loco o Beijo do Klimt. Particularmente hoje...

às claras

Para não pensarem que é só o meu madridismo a falar... Lembram-se do árbitro Medina Cantalejo, que foi premiado com a ida ao mundial da Alemanha apesar (ou por causa) de ter errado claramente contra o Real Madrid e a favor do Barcelona no último clássico? Pois bem, acabei de ler que foi precisamente este árbitro o escolhido pela federação (de Villar, eleito com apoio do Barcelona) para arbitrar a final da taça do rei. Um prémio merecido, depois de um trabalho bem feito:
"La Federación clarifica el debate y designa a Medina Cantalejo para arbitrar la final de Copa, honor debido a quien facilitó el partido al Barça ante el Madrid. [...] Estos no se cortan. No les importa que se les note. Es más: quieren que se les note. Me dirán que Medina es buen árbitro, aunque no es el mejor día para defender eso. Yo diría [...] que sabe cómo equivocarse. De momento, es casero, que eso quita líos. Y después, si algo no está claro, pues lo que más convenga al jefe. Pero echa borrones como todos, y alguno de muy grueso calibre: en un Liverpool-Graz AK de la Copa de la UEFA de hace un par de años mostró dos amarillas al austriaco Aufhauser, sin expulsarle. La UEFA envió la correspondiente amonestación, que incluía suspensión por un mes para partidos internacionales. Y suerte que el equipo perjudicado, el Liverpool, fue el que pasó la eliminatoria.Pero es lo mismo. Es de confianza del sistema, y en el Camp Nou se ha visto dos veces. Pastoreó ejemplarmente la noche del cochinillo, con salida del campo para que se calmaran los ánimos y regreso para que no hubiera suspensión. Y el sábado, ya lo vieron. Al Mundial va de suplente, pero es que el titular, Mejuto, hizo más: en la Liga pasada pitó un penalti contra el Atlético por falta de Perea a Etoo fuera del área. Por cierto, que Tristante Oliva, el del ushiro nage de Marchena a Raúl (que sí fue penalti, pero...) fue borrado del mapa. Acabada esa Liga, le limpiaron. Hoy es delegado del Murcia. Así es la cosa y más vale que os andéis con ojito."

mudanças na China e no mundo

A China está com falta de mão-de-obra. Sim, não me enganei. Pelo menos é o que diz o New York Times. Consequências? Havendo menos trabalhadores, os salários vão aumentar e, com eles, o preço dos produtos chineses. O impacto desta alteração é tão grande que os industriais chineses estão a ponderar transferir as suas fábricas para países com mão-de-obra mais barata, como o Vietname. Outra consequência, provavelmente mais importante, será o crescimento de uma classe média chinesa, com mais poder de compra. Essa massa crescente, com mais dinheiro, irá consumir mais: automóveis, electrodomésticos, cultura e espectáculo. Compreende-se, por isso, as apostas dos clubes de futebol no mercado chinês. Porém, o aumento do consumo poderá trazer consequências negativas: aumento da poluição e dos preços de bens essenciais, como os produtos alimentares. O aumento do consumo de alimentos por parte da China levará, por exemplo, ao aumento dos preços e, consequentemente, à sua escassez em países ou populações mais empobrecidas, sobretudo em África. O que, por sua vez, fará aumentar a emigração para os países ocidentais.

domingo, abril 02, 2006

o mundo é dos daltónicos

Pelo menos o mundo do pronto-a-vestir.
De dez em dez anos, mais ou menos, uma certa conjugação de alinhamento astral com a altitude das marés e os enigmáticos voos das aves leva-me a tomar a decisão de comprar roupa nova. O guarda-fatos já o exigia há algum tempo. Restava esperar pelo momento certo, em que o meu estado de espírito sobrevissesse ao martírio. Pensei que esse dia era hoje. Enganei-me. Comecei por ir a uma loja onde já tinha conseguido comprar roupa, para tentar uma aposta segura. Roupa decente, dentro do meu limitadíssimo padrão cromático: azul, cinzento, preto. Infelizmente, foi um erro. Entrei noutra loja. Nada. Noutra. Nada. O mundo do pronto-a-vestir é dos daltónicos. Amarelo, laranja, azul celeste. Por vezes rosa. Muitas vezes, estas cores apareciam juntas, espantosamente colocadas lado a lado no mesmo tecido. Por momentos pensei estar na secção feminina, mas não estava. Onde está o cinzento, o preto, o azul? Onde está, pelo menos, o verde? Se ao menos o mundo fosse a preto e branco. Desisti, obviamente.

rosa

operação apito blaugrana (sempre o mesmo)

Os dois árbitros que a Espanha vai mandar ao Mundial (um sonho para todos os senhores do apito) são Mejuto Gonzalez e Medina Cantalejo. O primeiro assinalou um penalti a favor do barcelona contra o atlético de Madrid por falta fora da área. O segundo marcou ontem penalti contra o Real, expulsou Roberto Carlos por palavras que só ele conseguiu ouvir (diz Ronaldo que o árbitro tem que ser um fenómeno para ouvir um insulto quando cem mil pessoas gritam à sua volta) e transformou um penalti contra o barcelona num cartão amarelo a Ronaldo. E o grande barcelona lá conseguiu empatar. Qual a relação entre a nomeação dos árbitros para o Mundial e os "erros" a favor do barcelona? Fácil. O presidente da federação espanhola, Villar, é sócio do barcelona e foi eleito com o apoio de Laporta, presidente desse clube. E Villar é também um nome influente na Uefa, como demonstrou a arbitragem do jogo Benfica barcelona da última quarta-feira.
Felizmente, a história do futebol tem demonstrado que esta equipas fabricadas pelo apito e pelos jornais acabam por morrer sem títulos significativos (ligas de Espanha também o Corunha ganhou). Veja-se a Coreia no último mundial. Ou a célebre manipulação da comissão olímpica, que alterou a meio da competição as regras para ter uma final Brasil Argentina (de acordo com as regras iniciais, as duas equipas iriam encontrar-se nas meias-finais). resultado? A Alemanha eliminou a Coreia. E nos jogos olímpicos, a Nigéria venceu o Brasil nas meias-finais e a Argentina na final. Deus gosta de futebol.

sábado, abril 01, 2006

A Gata e a Fábula

Era uma vez duas famílias do Minho, no tempo em que as mansões, as quintas e os caseiros começaram lentamente a morrer. No tempo dos casamentos convenientes. Era uma vez uma rapariga de cabelos escuros, lábios grossos e "olhos negros que pareciam transportar mensagens do Diabo". Era uma vez um rapaz para quem "o amor é a forma mais legítima de destruição".
"não posso destruir-te. Morreria sem fé."
"Sou ainda moça, mas envelheci de pasmo e de espera."
Fernanda Botelho, A Gata e a Fábula. A ler.

chefias intermédias

Como ouvi hoje na Antena 1, "a função pública foi construída às camadas". Como um bolo. O problema é que o bolo, com tanta cam(b)ada intermédia, ficou intragável. E tendo em conta o célebre princípio do Dilbert ("os idiotas são automaticamente colocados em posições de chefia para não perturbarem o sistema produtivo"), percebemos que a retirada de algumas dessas camadas pouco trará de mau em termos de perda de produtividade. Bem pelo contrário, são menos capelas da via sacra (imagem pascal obrigatória dada a época do ano) que as decisões têm que visitar antes da aprovação e aplicação.
ps: Já agora, não seria benéfico considerar o actual ministro Freitas como uma dessas camadas e retirá-lo de vez? Então o homem foi ao Canadá perguntar porque é que o governo canadiano aplica a lei?