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sexta-feira, fevereiro 27, 2009

PESADELO...

A esposa do Paulo Bento hoje de manhã, ao acordar o seu marido:- Paulo, Paulo, acorda, tens de ir pro treino..., já são 6!!!Paulo Bento esbaforido, a saltarem-lhe as pupilas das órbitas:- O QUÊ..., O QUÊ..., esses cabrões desses alemães já marcaram outro???

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Rendição incondicional da crítica espanhola: HULK: Fenómeno 2

"Rompeu o Atlético as vezes que quis, arrasando, impondo a potência que lhe dá um físico descomunal, ao que une um pé esquerdo que sabe o que é uma bola", escreveu, rendido, o normalmente contido El País. Nos desportivos, as mesmas exclamações. "Hulk, que quando arranca tem coisas do imparável Ronaldo dos tempos do Barcelona, mas em canhoto", dedicou-lhe o AS que também o escolheu como figura principal do FC Porto no jogo de ontem, descrevendo-o como "um pesadelo para a defesa colchonera" onde "espalhou o caos". Na Marca, destacaram "as três oportunidades que Hulk organizou nos primeiros dez minutos" e no El Mundo Deportivo acrescentaram "espectacular" aos adjectivos, lamentando que "o dianteiro do FC Porto não tenha conseguido o prémio do golo", mas sublinhando que se "tornou num verdadeiro pesadelo para os defesas" do Atlético de Madrid.
Aliás, ainda antes de conquistar a veneração dos jornalistas, Hulk conquistou o respeito dos adeptos "colchoneros". Durante o jogo no Vicente Calderón, a partir do meio da primeira parte, fazia-se silêncio sempre que o avançado brasileiro pegava na bola, como se as bancadas suspendessem a respiração à espera do que pudesse sair dali, respirando sonoramente de alívio no fim, incrédulos.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Bem feito

Presumo que nem assim o palhaço do paulo bento se dê conta que o Stoikovic era o melhor guarda-redes que tinha no plantel. Aliás, o melhor e o único... É muito bem feito!
Alguém, por favor, avisa o J. Ramos que guti nunca foi um jogador de futebol? Jogar contra o liverpool com 1 jogador a menos tinha que dar nisto. guti entrou e o Real perdeu o controlo do jogo.

Do clube ou da cidade?

"Elisa Ferreira é do Porto até à medula e sei do que estou a falar."
(josé sócrates - e vá lá que sabe de alguma coisa, já que de governação, honestidade, educação, engenharia ou das decisões suspeitas da caixa geral de depósitos pouco demonstra saber)
*
Se elisa ferreira é da cidade até à medula, presumo que sócrates não conheça a medula de Rui Rio a fundo para afirmar dele o contrário. Se elisa ferreira é do clube até à medula, então mais um bom motivo para votar Rui Rio. Eu, se vivesse e votasse por lá, saberia muito bem em quem não votar (para mais com um apoiante destes).

Is Dorothy back?

Já sabem


Um exemplo das "forças ocultas"

Medina Carreira sobre o magalhães (que "felizmente eles vão estragar depressa") e o país

Pena não terem um guarda-redes de jeito

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Banho de bola no Calderon


Grande jogo do FCP ... para quem ainda tem dúvidas de que somos os melhores!!!!!!

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

antologia da estupidez made in ministério da educação 1

No ano em que se comemora o centenário de Darwin, seria bom que alguém investigasse a existência (ainda não demonstrada) de inteligência no ministério da educação. Eis algumas pérolas a merecerem figurar numa futura antologia da estupidez em Portugal:
1. jorge pedreira
Resumo: só os tribunais decidem o que é legal ou ilegal (dah); recorrer aos tribunais é irresponsável (what?); haverá vida inteligente naquela cabeça?
*
2. margarida moreira, directora da dren (esse microclima que tem escapado ao processo civilizacional):
"Embora os computadores [os ditos magalhães] entregues não correspondam à totalidade da encomenda, tal só significa que haverá novas distribuições"
(é lindo; linnnnn.do! E isto pertence a um documento oficial, note-se)
*
3. margarida moreira
"Os computadores recebidos devem ser enviados pela escola para casa, no próprio dia de entrega, sem mais qualquer delonga"
Repararam no detalhe do "sem mais qualquer?", uma expressão que colocaria Eça na enfermaria e cegaria Camões em definitivo? (do mesmo documento oficial, ele próprio uma antologia da estupidez que continuaremos a citar)
*
4. margarida moreira (sim, há mais)
"O pagamento dos Magalhães, nos casos em que a isso os pais sejam obrigados, estão a receber informação por sms devendo, em todas, constar a entidade 11023"
(esta pérola já se tornou um clássico)
*
5. margarida moreira
"Caso o número de computadores de entrega, não corresponda com o número presente na guia de remessa, deve o facto ser mencionado directamente nesta, referindo o número total recebido. Tal facto não impede que, de imediato, se recebam os computadores apresentados;"
Adorei a vírgula que separa o sujeito do verbo; esta senhora deve ter andado na mesma escola que o seu amigo "engenheiro"; se bem entendi esta passagem (e não garanto ter entendido), mesmo que o número de computadores recebidos seja diferente do previsto, "tal não impede que ... se recebam os computadores" que tinham sido já recebidos (caso contrário, como se chegaria à conclusão inicial do erro no número de unidades?)
*
6. margarida moreira
"O Ministério da Educação tem perfeita consciência das dificuldades que este tipo de acção de massas acarreta às escolas e, embora esta situação lhe escape entende que o mais importante é a recepção dos Magalhães, como mais valia almejada pelos nossos alunos, e por isso agradece toda a colaboração e compreensão dos orgãos de gestão, dos professores e dos serviços administrativos e auxiliares."
Esta passagem é, toda ela, o espelho do pensamento (suponhamos que se trata de um pensamento) do ministério ps sobre o ensino e a realidade. Aprecio, desde logo, a veneração conferida ao computador, evidente no uso da maiúscula (uma dignidade que "escolas", "alunos" "professores" e "serviços administrativos e auxiliares" não mereceram) e na caracterização do referido utensílio como uma "mais valia almejada pelos nossos alunos." Os "nossos alunos", que esta senhora não conhece, não "almejam" computadores medíocres. Esses alunos que valorizam a Escola "almejam" bibliotecas decentes, salas decentes, órgãos de gestão competentes, programas não totalmente idiotas, exigência e qualidade do ensino. "Almejam" sair dos 12 anos de escolaridade não com um diploma de treta (como ocorre nas novas oportunidades), mas com uma formação que lhes permita seguir um percurso académico ou profissional ao nível das suas capacidades. Mas estes são os Alunos dos Professores, os "alunos" da dona margarida são precisamente os outros. Ou pelo menos assim ela julga, já que não os conhece.
*
7. margarida moreira
"Quando um encarregado de educação [de novo a minúscula] recebe sms e é do escalão A [o sms ou o "encarregado de educação"?], deve ser reportado [quem? o sms ou o "encarregado de educação?"] e naturalmente o computador entregue ao aluno;"
Naturalmente.
*
"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos, e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado"
Um conselho: se quer realmente fazer a defesa do "bom nome da escola", seja de Paredes de Coura, seja de qualquer outra terra, ceda o seu posto a alguém que saiba escrever ou ler. Porque ou não sabe escrever e produziu esta treta, ou pediu a alguém para escrever por si e não leu antes de assinar, o que também não me parece algo digno de quem está num cargo de chefia. Bom, eu sei, eu sei, o seu chefe chama-se josé sócrates...
*
(continua)

and my personal oscar goes to

and the oscar for best picture goes to


and the (politically correct) oscar goes to Sean Penn

(e sócrates com a lágrima no canto do olho, a pensar, "olha o filme que eu sugeri")

Best Actress - Kate Winslet


Best Supporting Role


Heath Ledger (4 de Abril 1979 - 22 de Janeiro 2008)

Guarda-Roupa




and the oscar goes to Penelope Cruz


Em Vicky Christina Barcelona.

domingo, fevereiro 22, 2009

De La Pena 2 - Guardiola 1



7=1


Ser considerado o "melhor do mundo [para a Fifa]" não acontece a muitos. Mas não passa disso, uma consideração, ou seja, uma opinião subjectiva, muitas vezes mais influenciada pelo marketing (que o digam os Ronaldos), às vezes pelo talento (que o digam Zidane e Kaká). Mas ser o melhor marcador da história do Real Madrid não é uma questão de opinião. É um facto. Um feito que poucos conseguiram, desde logo porque jogar pelo Real Madrid, o melhor clube da história do futebol, não o faz quem quer, mas quem pode e quem para isso revela valor, talento, honra e dedicação. E também porque, para além de terem de possuir todos esses atributos, que pensávamos reservados aos heróis épicos da literatura, era preciso superar Alfredo Di Stefano, um trabalho que o próprio Hércules encararia com temor. Don Di Stefano alcançara em 1964 216 golos na Liga pelo Real Madrid. Esse valor só agora foi superado, por Raúl González Blanco. Blanco de nome e honra, Raúl tem hoje 218 golos na Liga (311 em todas as competições; melhor marcador de sempre das competições da UEFA com 66 golos, 64 dos quais marcados na Champions, o que o torna no melhor marcador de sempre da mais importante competição de futebol profissional; melhor marcador da história da selecção espanhola, com 44 golos). Não é só a natureza que está escrita em linguagem matemática, no futebol os números costumam ser soberanos, sobretudo quando são golos, o único meio para atingir objectivo último do jogo - a vitória.
Enquanto os supostos "melhores do mundo" são aplaudidos pelos jornalistas e pelos volúveis mortais, a Raúl aplaudem Nike, da sua bancada do Olimpo, Wotan, do gelo escandinavo, Andraste, Brigantia e Mithras, das verdes terras dos Celtas, e também Clio, a musa da História. E todos nós, jogo a jogo, esperando mais um golo. E mais um. E mais um.

sábado, fevereiro 21, 2009

O ps é um partido curioso. Diz a lenda que foi um defensor da "democracia", mas mostra a sua prática (desde a sua criação até aos nossos dias, bem pior nos nossos dias, note-se) que nada tem de democrático. Desde logo, como bom partido de esquerda, só admite a sua opinião e a sua visão do mundo e dos factos. E quando os factos não se adequam às suas teorias, altera-os, omite-os, falsifica-os. A ligação do primeiro-ministro a uma (entre outras) graves situações de ilegalidades, desde a assinaturas e declarações erradas no caso da suposta licenciatura, os projectos manhosos de Guarda, os relatórios falsos da ocde, os magalhães entregues e retirados, os paineis solares a baico custo que afinal não o são, o freeport e tudo o que o rodeia, as ligações a Felgueiras, tantas vezes aludidas, mas nunca explicadas, tudo isso é negado pelo partido e pelos seus elementos, preocupados em manter as suas posições. Se a lei investiga, é porque está a ser manipulada, é porque há maquinações estranhas. Se há quem critique a visão iluminada das criaturas, é porque são derrotistas e incapazes de ver a luz.
Em relação ao clima anti-democrático existente em Portugal, e que este governo fomenta através de uma política de terror e ameaça, dois exemplos: a vergonhosa tentativa de censura a um acto carnavalesco, só porque o que era "criticado" era o magalhães, esse célebre pc português de treta; e a atitude da fascista margarida moreira, da dren, no caso de Paredes de Coura. Afinal, as escolas são autónomas quando interessa à senhora, mas já não o são quando não lhe interessa. Curiosamente, esta instituição tão zelosa das regras não tem quaisquer problemas em pedir (não deixando rasto de documentação escrita para evitar problemas) que uma escola falsifique declarações, produzindo papéis fictícios "para constar".

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Os dois procuradores adjuntos do ministério da república são elementos ligados ao PS. A senhora fez parte da comissão de honra (!) de mário soares, o que só por si é esclarecedor. O senhor é suspeito de ter dado o alerta à dona Felgueiras para a sua fuga paradisíaca no Brasil. E são estes senhores que investigam as corrupções do governo?

Gaia - o exemplo para o país

http://www.jornalaudiencia.net/aud2008/politica/exclusivo-luis-filipe-menezes-confiante-num-2009-em-grande.html

come on, come out


















?

Batem à porta. Distraído, rodo a maçaneta e, em primeiro plano, surge a sua figura frágil, presença única no corredor.
Ela sorri e pergunta:
- Podemos entrar?
Sem me dar tempo de estranhar o plural, acrescenta:
- É que somos dois.
Fala com naturalidade, enquanto passa por mim. Na verdade já o esperava. As conversas que tivemos na semana anterior deixaram poucas dúvidas. Confirmavam-se as suspeitas da mãe (que me falara do caso centrando as suas preocupações no que poderiam vir a ser os seus problemas pessoais), confirmaram-se as minhas suspeitas e as do Dr D. Ambos desconfiámos da ansiedade revelada no seu comportamento recente.
Da última vez que falara com a rapariga, antes da manhã da confirmação, evitei rodeios, mas ela preferiu contornar a conversa com negações e trémulas justificações.
- Tudo está bem, um atraso acontece de vez em quando, e têm acontecido vários ultimamente. Com a minha irmã passou-se o mesmo.
- Tens a certeza? Não adianta adiares o que em breve se saberá.
- Sim, tenho a certeza. É só um atraso. Nada mais. Tive sempre todas as precauções.
- Todas?
- Sim. A médica até me trocou a pílula, porque a que eu começara a tomar era demasiado fraca.
Mas não era um atraso. A ida ao médico, no dia após esta última conversa, confirmou a gravidez. A ansiedade dela parece ter-se dissipado com a confirmação. Entrou na sala sorridente, com uma leveza e uma alegria que eu não esperava e que a muitos tem espantado. Quando a notícia se começou a espalhar, todos se mostraram inicialmente incrédulos, fundando a incredulidade nessa incompreensível alegria. Agora eu é que estava a adiar a conversa. Tinha de pensar no que lhe iria dizer. Ou melhor, tinha de escolher cuidadosamente as palavras que fossem fiéis ao que queria dizer. Para isso precisava de tempo. E a aula que ia começar deu-me esse tempo. Não queria falar, pelo menos por agora, em frente aos alunos. Temia a reacção deles. Não é um grupo que inspire confiança nestas questões. Há ali línguas que são chicotes a julgar os outros.
No final da aula, falámos.
- A tua mãe já sabe?
- Já.
- E como é que reagiu?
- Não muito bem. A sorte é que a minha irmã me ajudou.
- E tu, como te sentes?
Encolhe os ombros.
- Normal. Bem.
- Falaste com a doutora?
(A doutora é quem a acompanha na protecção de menores)
- Sim, ela já sabe.
- E o pai?
- Também.
- Reagiu bem?
- Sim, disse que assumia.
- Está cá? Estuda?
- Não. Trabalha em Espanha.
- E quando vem?
- Daqui a quinze dias.
- E a mãe dele já sabe?
- Ainda não. (pausa) Ele diz que não tem coragem para lhe dizer. Vou eu falar com ela.
- Quando?
- Não sei. Talvez quando ele vier.
- E que pensam fazer?
- Ter a criança. Eu queria juntar-me, mas ele diz que ainda está confuso. Assume o filho, mas quanto a juntar-se, diz que ainda é cedo, que está muito confuso.
Quem vai tendo conhecimento do caso vai procurando explicações para tão improvável serenidade e alegria. A primeira hipótese assenta na imaturidade e na ingenuidade de quem não sabe a mudança que o seu mundo vai sofrer. A segunda hipótese olha para a gravidez como um pretexto para deixar uma casa onde a felicidade é a mais improvável das sensações. A irmã escapou da mesma forma e a fortuna com que o destino a bafejou, dando-lhe um companheiro com uma família acolhedora e compreensiva, poderá ter criado na rapariga a ilusão de sorte idêntica. Há ainda quem considere que a alegria é (pelo menos em parte) fruto das atenções que ela está a ter. Todos falam com ela com palavras de algodão, as anteriores críticas e condenações deram lugar a conselhos, os olás distraídos foram trocados por perguntas que denotam preocupação com o seu bem-estar, a escola que parecia apenas preocupada (assim pensaria ela) em impor-lhe regras e limites, agora "impõe-lhe" refeições regulares. Mesmo os colegas, que não tinham problemas em a criticar directamente, roçando a ofensa em várias situações, agora evitam fazê-lo e, pelo menos na aparência, tratam-na com carinho. Já discutem entre si possíveis nomes para a futura criança, já se chegam a ela encostando a orelha à barriga procurando ouvir o coração que já bate:
- Parece uma gota de água a cair, disse uma das colegas.
A mãe, quando a gravidez estava por confirmar, falara em expulsá-la de casa. O dr. D. lembrou-a que, se não expulsara a filha mais velha, não deveria expulsar a mais nova. Tudo parece estar mais pacífico desde então, mas a senhora é instável, e não se sabe quanto tempo durará esta acalmia. A tempestade poderá ter várias origens: a rapariga vai ganhar consciência da realidade e a forma como conseguir lidar com as mudanças será decisiva. Conseguirá ela cumprir regras quando nunca foi capaz de o fazer antes? Conseguirá resistir à tentação de sair de desaparecer de casa durante um ou dois dias em busca de diversão? Um bebé não tranca as portas nem prega as janelas, e sabe Deus que nem isso a prendeu antes. Conseguirá a mãe manter o frágil equilíbrio que por agora vai demonstrando? Como será a reacção do futuro pai e da sua família? Encontrará a rapariga a saída que parece desejar? Irão viver juntos, como acontece muitas vezes por aqui, para se separarem depois de algum tempo de discussões, ofensas e traições, como também acontece muitas vezes por aqui? Irão viver juntos e ser felizes (na medida em que ser feliz é possível, qualquer que seja a situação)? Irão viver separados, mas apoiando-se mutuamente? Irá ela criar a criança sozinha, como fazem muitas mulheres por aqui, mesmo as que são casadas?
Incógnitas como estas e outras mais multiplicam-se em redor de uma menina de 17 anos. Cada menina grávida contém em si inúmeras questões novas. Agora, para além desta rapariga, pensem em mais uma. E em mais uma. E (já se começa a falar) ainda em mais uma...

domingo, fevereiro 08, 2009

proença 1 - benfica 1

Pedro Proença, já aqui homenageado no passado, voltou a mostrar que é o homem certo para ajudar o fcp quando está em dificuldades. Sim, houve o célebre atraso que só ele viu, do Polga para o Stoiko, que deu o único golo da vitória do fcp sobre o scp. E hoje, conseguiu a proeza de ver, a dois metros do lance, sem nevoeiro nem obstáculos no seu caminho, um penalti que é como um unicórnio: não existe, nem aqui, nem na China. Só no dragão, na área certa. Isto é incompetência. É muito mais que incompetência. É mais grave.
E, claro, hoje jesualdo não vai falar de arbitragem. Why am I not surprised?
E não, não foi um erro. Porque já em relação ao "atraso" (mais um ser da família do unicórnio), pedro proença foi incapaz de admitir esse erro, preferindo declarar a sua total ignorância em relação às leis de jogo. Um homem que age assim sabe o que está a fazer. Ele mesmo o disse.
O filme corrupção passou hoje em directo na sporttv.

Livros

Na exposição, após os pequenos documentários, fortes e esclarecedores, havia um breve espaço para apresentar livros. E, ao contrário do que se pensa, adolescentes, de quem se diz "nunca lêem", ouviam interessados, folheavam, comentavam e pediam para levar.
"Está à venda?"
"Não, mas emprestam-se a quem quiser."
"Posso levar este?", Primo Levi, Se isto é um homem.
"Claro."
"Quando quer que o devolva?"
"Quando acabares de o ler."
*
Algum tempo antes, noutra sala bem próxima desta, duas ou três alunas liam, à espera da aula.
"Que estás a ler?"
E uma delas levanta a capa. E diz:
"Faz parte do nosso contrato de leitura. Mas não temos encontrado nada na biblioteca."
"E na papelaria há pouca coisa", diz outra.
"Há uma lista?", perguntei.
"Não. Podemos escolher o que quisermos."
Pois, mas estranha escolha a que se permite fazer a partir do nada, ou do quase nada.
"Na próxima semana trago-vos alguns para escolherem."
E assim foi. Na semana seguinte, levei a medo um monte (literal) de livros, não esperando grande adesão. Em poucos minutos, aquelas mãos demoliram o monte, escolhendo um, ou dois, até três livros. E já renovei a oferta, com sucesso.
E penso: se, em vez de magalhães, os nossos governantes ignorantes investissem em livros para as bibliotecas das escolas, o resultado seria certamente outro. Ah, claro, mas o ensino não pode ser "livresco" nem "tradicional" e tem de "preparar para a vida activa". Antes, chocava-me quando lia estes disparates na prosa ministerial (e dos doutos cientistas da educação). Hoje não me surpreendo. Os cientistas da educação e os nossos governantes venceram na vida sem lerem um único livro. Valter Lemos, por exemplo, deve ter lido a sua própria tese e as de outros "cientistas da educação", que cita e bajula. Estes, por sua vez, citam e bajulam a tese, criando um curioso círculo vicioso de auto e hetero promoção. Seria hilariante, se as consequências não fossem as que sabemos. Quanto a sócrates, a sua licenciatura diz tudo quanto a níveis de literacia.

Ora, nem mais...

"... o pluralismo não entra na cabeça de uma esquerda moralista e intolerante. Foi precisamente esta arrogância moral da esquerda, a que se junta uma óbvia falta de sentido de humor, que fizeram de mim uma pessoa à direita. "
(J. Pereira Coutinho, Expresso)

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

domingo, fevereiro 01, 2009

Há uns anos atrás, ainda a tua mãe era uma adolescente (pouco mais velha seria), recebeu uma prenda de dois amigos. Eu era um deles. Nessa prenda, um cd de canções para tu ouvires (se bem que o teu pai - e eu concordo com ele - prefira que ouças Pink Floyd e Dire Straits, mas para isso terás tempo e bons conselheiros), escrevemos dedicatórias. A minha já não a recordo palavra a palavra, mas não fugiria certamente ao que escrevo a seguir

"Canções para cantares e embalares as tuas meninas"

Coincidências? Na verdade, não creio que se tenha tratado de um acaso ou de estranha e mágica arte divinatória. Quando não sabemos explicar uma coisa, dizemos que foi o destino. Pois que assim seja. O destino trouxe-nos a tua irmã há uns anos atrás (poucos, mas que passaram tão depressa), e agora trouxe-te também para junto de nós. Falo em "nós" porque não vieste apenas para junto dos teus pais. No primeiro dia que te vi, estavas a dormir na casa dos teus avós. E, a rodear-te, estavam o teu pai e a tua mãe, os teus avós maternos e paternos, a tua irmã, os teus tios (os de sangue e coração e os de coração), a tua bisavó... Até o Farol, o gatinho ronronante, lá estava. Eu ia ficando como espectador, como quem admira a cena feliz de um quadro, até que, a dado momento, te colocaram no meu colo. Pensei que pressentisses a minha falta de jeito e começasses a chorar. Creio que ainda reclamaste um pouco, mas os meus braços ondularam e tu regressaste ao teu sono. Olhei em volta e realmente só poderias estar serena. Naquela sala, estavam aqueles que desejaram com toda a força que viesses ter connosco. O que escrevi na dedicatória, há muitos anos, não foi acaso nem adivinhação. Foi um desejo. E os desejos, com tantos corações a querê-los com tanta força, só podem concretizar-se. Foi um desejo, mas se quiseres que lhe continue a chamar destino, que assim seja.

Good Lord...


*
Bom, se o rapaz nem português fala (o próprio diz falar "brazilian", o que não deixa de ser esclarecedor)