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terça-feira, maio 31, 2011

Le café colonial







Mais uma refeição de Praga. Desta vez no Café Colonial. No Bairro Judeu, com uma decoração de acordo com o nome e uma ementa mais uma vez com uma mistura de comida checa e a fusão de comida italiana e também francesa.

A sopa era mais uma vez de alho. Um caldo, com pedaços de batata, bastante alho, oregãos secos e queijo ralado em grande quantidade.
O prato de peixe: pasta com salmão e espinafres, com creme de queijo.
O prato de carne: porco com molho de pimenta. Acompanhado com feijão verde. As batatas não são em puré, mas sim uma tendência muito comum: batata cozida esmagada. Com ausência de qualquer laticínio. A experimentar!

Queques de limão e sementes de papoila



Hoje o jantar não ia levar tempo nenhum na preparação. Por isso acedi ao pedido da L. e fizemos uma fornada de queques. Amanhã teremos de distribuir porque cá por casa os desejos rapidamente ficam saciados e os queques acabam rijos e fora de prazo.
Não me apetecia repetir nenhuma das receitas já feitas. Lembrei-me de espreitar a Leonor, mas como sempre, as receitas dela são muito elaboradas, de verdadeira profissional e eu não tenho paciência para doçaria.
Ainda assim, os muffins de limão e sementes de papoila dela despertaram-me a atenção. Peguei nesses dois ingredientes e contornei o resto. Nada de manteiga nem as quantidades de farinha e afins que ela indica. Inventei um pouco e ficaram como eu gosto: pouco doces. Não são de facto queques para gulosos!

O que usei:
1 chávena farinha integral
1 chávena farinha com fermento
1/2 chávena açúcar
3 ovos pequenos
1/3 chávena óleo vegetal
1 embalage m queijo fresco
raspa de 1 limão grande
sumo de meio limão grande
2 colheres de sobremesa de sementes de papoila

Como fiz:
Aqueci o forno a 180º. Forrei o tabuleiro com formas de papel.
Peneirei as farinhas. Juntei o açúcar. Envolvi os ingredientes líquidos. Juntei aos secos sem mexer muito. Usei a colher de gelado para distribuir pelas formas. Levei ao forno cerca de 25 minutos. Deixei arrefecer na grelha.

Fradinho acompanhado



O tempo está estranho. Uns dias quentes, outros de ameaça de dilúvio. Depois os abafados. Mas já me apetece começar com aqueles jantares de verão, com uma sopa leve e depois um prato frio. Foi o caso de hoje.

A minha amiga A. deu-me uma grande saca de feijão frade de cultura biológica. Veio de uma quintinha de Castelo Branco. Antes da viagem cozi uma grande quantidade e congelei em pequenas doses para ir usando em diferentes situações. Hoje ao almoço deixei um saco médio a descongelar e quando chegou a hora de preparar o jantar não levei mais que 10 minutos.

Juntei uns pedaços de abacaxi, tomate, azeitonas verdes descaroçadas e filetes de atum. Temperei com azeite, flor de sal, pimenta, gengibre ralado, sumo de limão e polvilhei com coentros do vaso da varanda. Os primeiros! É a primeira vez que como algo que cultivei. E soube-me realmente bem. E claro que são biológicos!

segunda-feira, maio 30, 2011

Creme de ervilhas e alho




Hoje tentei reproduzir uma das sopas de Praga. Precisamente a que referi no post anterior do do Fusion Bar. O creme de ervilhas e alho com queijo creme.
Fazer receitas baseadas apenas na memória do paladar é uma aventura, um risco, quase uma lotaria. Mas acho que fiquei muito perto do sabor que experimentámos. Só não ficou mais perto porque propositadamente diminui a quantidade de alho a pensar no paladar mais sensível das crianças.

Curiosamente elas adoraram a sopa e apreciaram os pedacinhos de queijo a boiar pelas taças.

O que usei:
2 chávenas de ervilhas
1 cabeça de alho
1 batata
2 cebolas
azeite
sal
queijo creme

Como procedi:
Numa panela salteei o alho e a cebola no azeite. Depois coloquei as ervilhas e a batata. Acrescentei água e deixei cozer. Temperei com sal. Passei a varinha até obter um creme aveludado. Servi com queijo creme.

domingo, maio 29, 2011

De regresso







De regresso de Praga ainda sem grandes estadias pela minha cozinha.
Lembrei-me de fazer um pequeno "diário" das refeições por aquelas paragens.
As viagens são também descobertas gastronómicas para nós. Procuramos conhecer os produtos locais e os hábitos alimentares e por vezes as surpresas acontecem.
Em Praga a surpresa foi mais com a bebida: a cerveja. Eu que não sou grande apreciadora, gostei imenso da deles. Não é nada semelhante à nossa. Muita mais suave e com um aroma muito menos intenso. O copo, a mesa e as mãos não ficam com aquele cheiro característico e até um pouco repugnante. Clara ou escura, tirada à pressão, independente das diversas marcas, é sempre boa. E se for bebida dentro das cervejarias típicas, centenárias, melhor ainda. Mas isso fica para outro dia.
Hoje fica esta refeição no Fusio Bar. Um misto de comida checa com italiana. Algo muito comum por lá.
O início da refeição, uma sopa de alho com ervilhas. Pareceu-me que as sopas mais comuns são mesmo a de alho e a de cebola. Quase sempre com natas ou queijo.

Depois uma lasanha de frango. Absolutamente deliciosa. Já fui a restaurantes ditos italianos em que a lasanha não se comparava em qualidade a esta. Era acompanhada com uma salada de tomate cereja e rúcula temperada com pimenta que a tornava diferente.
Para terminar uma das sobremesas mais comuns. A strudel de maçã, servida morna com um creme de leite.
A incluir no roteiro com **** e sem ser obsceno na hora de pagar.

quinta-feira, maio 19, 2011

Campeões da Liga Europa

Mais uma época de sonho!!!!



"...Com a conquista da segunda Taça UEFA da sua história, o FC Porto soma 22 títulos no século XXI, uma marca única em toda a Europa. Com sete campeonatos nacionais, cinco Taças de Portugal, seis Supertaças, uma UEFA Champions League, duas Taças UEFA/Europa League e uma Taça Intercontinental, o FC Porto é o clube europeu com mais títulos no século XXI"...

Um pausa




Uma pausa. Uns dias. Para ir até ali!
Até já!

terça-feira, maio 17, 2011

sem comentários

Louçã e sócrates defendem as novas oportunidades. Defender o indefensável. Ou sao ignorantes ou mal intencionados e julgam que os outros sao ignorantes. Aliás, defender as n.o. é querer um país ainda mais ignorante, que vote nos seus partidos.

Galos, Galinhas e um Frango





A L. teve uma amiga para jantar. Queriam uma mesa bonita, com velas e flores. Assim de improviso, lembrei-me de seguir o tema do jantar. Um frango no forno, acompanhado de arroz de feijão preto e couve-flor gratinada.
Então galinhas na mesa, velas a cheirar muito bem a baunilha e rosinhas brancas numa chávena almoçadeira com galos.
Já está! Tão fácil deixar as pequenas felizes com uma mesa só para elas.

Frango com lentilhas



Parece-me que nós portugueses não somos grande consumidores de lentilhas. Mas cá por casa é uma leguminosa apreciada. Acho-as saborosas e versáteis.

Nesta receita serviu de acompanhamento a coxas de frango que grelhei no forno, temperadas unicamente com sal, azeite e com ervas aromáticas que coloquei entre a carne e a pele do frango.

Para o estufado das leguminosas, comecei por as levar ao micro-ondas num recipiente com água 10 minutos enquanto fui preparando os restantes vegetais. Suei alho, cebola e aipo num tacho com um fio de azeite, depois acrescentei curgete e cenoura cortadas em pedaços pequenos. Finalmente acrescentei as lentilhas escorridas. Temperei com sal e cominhos.

A próxima vez que as cozinhar quero experimentar com uma base de molho de tomate que vi na Contessa e que me pareceu ainda mais interessante.

Querem ver que vou ter coentros?!





Eu tenho o dom de matar tudo o que seja plantinha. Na minha varanda sobrevivem dois cactos. Desisti de tudo o resto. Até há pouco tempo! De repente as coisas começaram a inverter-se. Na Feira Medieval comprei sementes de coentros e por sugestão da minha mãe coloquei algumas num vaso.
Tenho por lá uns vasos que vão ficando de tentativas de plantas, que comprei ou que ofereceram. Com terra tão seca que parece pó. Lá coloquei as sementitas, reguei com água. Pouco crédula. Que isto de fé na jardinagem é pouca. Então não é que poucos dias depois começo a ver um verde a romper aquela terra?! Não queria acreditar. A grande vitória vai ser não as matar com água ou com falta dela. Ando ali todos os dias a mimar, à volta do vaso, a tentar perceber qual o passo seguinte.

Também trouxe um vaso de hortelã do jardim da minha mãe na lei. E lá está, também viçoso. Não sei por quanto tempo.
Tem dando para as sangrias. Tem de se aguentar, porque sangria é a bebida oficial de verão lá em casa!

segunda-feira, maio 16, 2011

Jantar para uma rainha... e o seu rei


















A pequena L. andava há imenso tempo a pedir para a L. ir jantar lá a casa. Além de passar o dia com ela na escolinha, pontualmente também é a babysitter. Merecia sem dúvida, mas nunca se tinha proporcionado. Foi ontem!

Quando a L. chegou disse que a mesa parecia preparada para receber os reis. Exagero claro! Mas para mim ela é mais importante que a rainha de um qualquer reino, ela cuida diariamente da minha princesa, merece uma mesa condigna. Por isso, para ela e o seu "rei", um jantar um bocadinho especial, sem talheres de prata mas com alegria e dedicação.

Para início, uma entrada ao jeito italiano, com pão de alho e uma salada de queijo mozarella de bufala e tomate, temperada com oregãos e azeite.
Depois, pimentos recheados com cuscuz e salteado de bacon, cogumelos e aipo, com queijo mozarella gratinado.
Prato principal com duas opções: vitela ou peru. Rolos de carne no forno, o meu melhor amigo para estas ocasiões. Na versão de vitela, recheei com salsicha fresca picante, azeitonas e ameixas, para ter um recheio picante, ácido e doce. Esteve no forno cerca de duas horas, regado com azeite e vinho do porto a cerca de 175º. O peru foi recheado com damasco e ameixas. O mesmo tempo, à mesma temperatura.
Acompanhei batatas novas assadas com azeite, sal e tomilho.
A sobremesa foi feita pela L. Uma explosão doce de natas e caramelo com pinhões. Houvesse espaço...
Acompanhámos a refeição com um espumante rosé da Quinta dos Cozinheiros. Também o usei para a sangria de frutos vermelhos.

A noite correu rápido e foi muito divertida. A L. pequena já pergunta quando regressa a L. grande. Um dia destes. E quem sabe, da próxima com a R. para ser uma noite só de rainhas!

sábado, maio 14, 2011

Comida conforto





A Nigella chama-lhe assim: comida conforto! Comida que não dá trabalho e nos enche o corpo e a alma.
Para o jantar de hoje foi a opção. Para complementar o creme de courgete, este macarrão com queijo no forno. É semelhante ao da Nigella no procedimento, ainda que tenha alterado um pouco os ingredientes. Ela usa leite evaporado, eu usei normal. Também não utilizei as duas variedades de queijos, mas simplesmente mozarella, porque eu e o queijo temos uma relação difícil (infelizmente) e não pode ser nada muito intenso.

Servi com a salada mais básica que se pode imaginar, mas que por aqui tem sempre sucesso: espinafre baby, agrião, tomate e pepino, com vinagrete simples de azeite, vinagre de sidra e flor de sal.

O que usei:
macarrão
2 ovos
200 g mozarella ralado
150 ml leite
noz moscada
pimenta
sal

Como fiz:
Liguei o forno a 220º. Enquanto cozi o macarrão, misturei os restantes ingredientes. Depois da pasta cozida e escorrida, envolvi no preparado e levei ao forno cerca de 15 minutos até ficar dourado. Deixei arrefecer um pouco e servi com a salada.

sexta-feira, maio 13, 2011

Os despojos da noite



Ontem não foi dia de cozinhar.
Foi mais uma noite encantadora numa casa muito especial para nós.

Ainda no seguimento das comemorações da República, um congresso e um jantar de gala, com uma oração de sapiência pelo magnífico e douto Barata Moura e um remate simultaneamente solene e emotivo com música.

A ementa surpreendeu, desde logo com a sopa que reproduzia a bandeira nacional. A cobertura de pão ázimo no peixe para mim inédito e o final de gelado de menta com bolo de chocolate não podia ser melhor.

Gosto muito de cozinhar, mas por vezes é bom ser (bem) servida! E ter boa companhia à mesa, claro! Foi o que aconteceu ontem. São estes os despojos da noite!

quinta-feira, maio 12, 2011

Queques de maçã e noz





Continuo a explorar o último livro da Nigella.
Ela é aficionada de queques e eu também. Não tanto de os comer mas muito de os preparar. Porque o processo é sempre simples e rápido.
Desta vez inspirei-me na receita que ela apresenta de Queques de Maçã e Amêndoa. Sendo que troquei as últimas por nozes por ter bastantes na despensa. No original usa açúcar amarelo, de que gosto tanto, mas com a conversa com o G. durante a execução distrai-me e agarrei o branco. Contudo, apesar destas trocas, considero que das várias receitas de queques e muffins que já experimentei, e já foram muitas, estes estão seguramente no top 3!

O que usei:
250g farinha sem fermento
2 colheres chá fermento
2 colheres chá canela em pó
3 ovos (2 no original)
100 g açúcar (125g no original)
125 ml óleo vegetal
125ml mel
60 ml iogurte natural
2 maçãs cortadas em pedaços pequenos
125 g nozes partidas grosseiramente (amêndoa no original)

Como procedi:
Liguei o forno a 200º. Forrei o tabuleiro com formas de papel.
Numa taça envolvi os ingredientes secos, reservando metade das nozes, da canela e uma colher de açúcar amarelo para a cobertura. Noutra taça envolvi os ingredientes líquidos sem bater muito. Depois juntei tudo. O segredo, segundo a Nigella, para um queque macio é não bater demasiado a massa.
Depois, com o colher de gelado, distribui pelas formas e polvilhei com a mistura das nozes com canela e açúcar. Levei ao forno cerca de 20 minutos. Deixei arrefecer na grade 5 minutos e depois atacar ainda mornos!

quarta-feira, maio 11, 2011

Os espinafres do Popeye



Sempre que se comem espinafres lá em casa, vamos buscar ao passado as histórias do Popeye Marinheiro e dos seus fantásticos músculos. As meninas ficam entusiasmadas e começam a simular poses de alterofilismo. Sendo que a L. fica mais próxima da Olivia Palito...

Ontem como foi dia de piscina era necessário repor as energias. Dose dupla de espinafres. Depois de um creme deste, seguiu-se uma pasta do mesmo, com camarão e maçã assada.

O que usei:
tagliatelle de espinafre fresca daqui
miolo de camarão
2 maçãs fatiadas
2 dentes de alho
tomilho
azeite
sal
açafrão

Como fiz:
Cozi a massa 4 minutos. Escorri e reservei.
Num tabuleiro coloquei todos os ingredientes e levei ao forno em grelha alta cerca de 15 minutos no forno a 200º. Envolvi na massa e servi.

As flores que vieram do campo



Quando a Z. me disse que já tinha cravetas no jardim pedi que me mandasse um molho delas. São as flores que mais me lembram a infância. Não há aroma que me recorde com tanta intensidade esses dias doces e longos como as cravetas do Vale Escuro, o pomar dos meus avós. Um lugar um bocadinhos místico onde morava um cágado, num poço, no meio do laranjal. Eu era minúscula, e ia aquele vale, sombrio, de vegetação densa e ficava entre o espanto e o medo, com os sons do que me parecia quase uma selva. E os cheiros eram realmente intensos. Muito rosmaninho e eucalipto, com a proximidade dos pinhais. E a minha avó a subir à laranjeiras. E eu a ficar outra vez cheia de medo. Porque ela ia cair. Só podia! Aquela mulher, pequenina, dobrada, a trepar aquelas árvores. E o cheiro das cravetas a ficar colado na minha pele e a minha voz a fazer eco no poço, quando eu desafiava o meu medo...

Isto tudo por causa das flores que vieram do jardim da minha mãe!

segunda-feira, maio 09, 2011



Ovil - "de ovelha"

Heranças e enxovais



Tive a sorte de ter uma mãe com o bom senso de não me fazer enxoval.


Aquelas tralhas pirosas que as minhas amigas acumularam ao longo da inigualável década de 80 não entraram nas minhas heranças. Nem tive uma daquelas medonhas arcas em que todas elas encerravam as preciosidades recebidas em aniversários, Páscoas, Natais e afins.


Não, a minha rica mãe não teve esse acesso de precaução prematura pelo futuro da vida doméstica da prole. Pelo contrário, teve um rasgado e muito moderno sentido de maternidade esclarecida e muitas vezes lhe fui ouvindo (quando pedia esclarecimentos sobre o facto das minhas amiguinhas acumularem sacas de pão bordadas com espigas e bolsas para guardanapos) que o melhor era um dia - se esse dia chegasse - o do casamento - comprar tudo novinho, tudo moderno, tudo como eu gostasse. Ai como te agradeço essa visão sensata Maria!


Graças a isso não tenho que me limpar de manhã aos turcos decorados com rosinhas de cetim, ou dormir em camas de lençóis multicolores, ou desesperar-me com as toalhas com galos de barcelos que vou vendo em algumas mesas por aí. Ao invés disso, escolhi as louças clean, os turcos brancos, os lençóis alvos com bordado inglês, as toalhas variadas mas sem estampados de que só apetece fugir.


Claro que há sempre uma peça ou outra que apetece trazer como herança. Há linhos e porcelanas que nunca passam de moda. Cristais e vidros que já guardavam licores nos louceiros das avós. Talheres de prata desde o dia do baptizado. Rendas que já ninguém sabe fazer. Mas isso é outra história. São os objectos com estórias, com a história da família, da nossa, das que herdámos, e que vamos passar às nossas filhas. E desejamos que elas as estimem e que também um dia as passem aos filhos que possam vir a ter.

domingo, maio 08, 2011

A moral e as Caravelas

Num tempo em que encontramos a moral nacional em baixo, faz ainda mais sentido aprender/relembrar/ver isto, não pelo bairrismo em si, mas para percebermos que quando há estratégia, somos de facto bons.

sábado, maio 07, 2011

As flores desta semana




Work in progress III







Há já algum tempo que não faço pão. Não me tem apetecido. Até já me tinha esquecido como pode ser relaxante amassa-lo. Deixar a massa repousar e voltar a ela. Descobri-la a crescer, para se transformar num dos alimentos mais básicos de sempre, mas ainda assim incontornáveis, pelo menos cá em casa.

Como ontem tinha começado a sangria de frutos vermelhos, lembrei-me de uma embalagem de farinha para pão com mirtilos que tinha comprado naquela loja sueca.
Comecei por misturar a farinha com o fermento e juntar a água quente. Mas acho que nesta fase comprometi todo o processo. A água estava demasiado quente.
Depois trabalhei a massa 10 minutos, segundo indicações da embalagem. Ficou a levedar meia hora, sob um pano. Depois amassei e moldei dois pães. Coloquei no tabuleiro mais meia hora sob o pano. Passado esse tempo, pincelei com água e passei com uma faca afiada, imprimindo golpes diagonais. Foi ao forno na prateleira baixa do forno, a 200º, cerca de 35 minutos. Têm bom aspecto, mas não sei se terão boa consistência.
Logo se verá!

Artigo do Wall Street Journal

Sobre os "maiores queixinhas do mundo."
Para quem preferir, há uma versão em castelhano. Parece-me que não se publicou em catalão. Nem em francês.

sexta-feira, maio 06, 2011

Work in progress II



Preparei também a sobremesa para amanhã que já está no congelador. Esta é sempre uma solução prática. Sobretudo para mim que tenho sempre nas sobremesas o meu calcanhar de Aquiles. Recorro muitas vezes a esta sugestão da Leonor de Sousa Bastos porque poder preparar antecipadamente e congelar é uma opção simpática. E além do mais é chocolate. Quem não se rende ao chocolate?

Work in progress



Amanhã temos um jantar em casa de amigos.
Lembrei-me de levar uma sangria de frutos vermelhos e vinho frisante rosé.
Acabei de colocar a fruta a macerar para ficar mais intenso. Usei frutos vermelhos, açúcar amarelo, paus de canela, estrelas de anis, limas e ramos de hortelã. Está no frigorífico. Os líquidos juntam-se na hora do jantar.

Work in progress...

quinta-feira, maio 05, 2011

Assar vegetais



Cada vez recorro mais aos assados. Mesmo nestes dias em que já não me apetece comida muito quente. Mas assar legumes torna-os tão saborosos e doces, o que me parece sempre uma excelente alternativa. As batatas ficam macias; o alho-francês com uma textura inteiramente inesperada; as cenouras são sempre doces, mas assadas sobressaem.
E depois a facilidade do procedimento: lavar bem e descascar. Colocar num tabuleiro raso. Envolver em azeite. Temperar com sal e muitos raminhos de tomilho.

Aproveitei o forno quente, e noutro tabuleiro coloquei tranches de pescada, cobertas por um fio de azeite, coentros e pimentos vermelhos picados, noz-moscada ralada e sal. Tapei com folha de alumínio e levei a assar com o vapor.

A L. vinha com imenso apetite depois da piscina. Comeu tudo. A F. queria mais batatas. O G. encantado com os vegetais. Eu teria comido o dobro. Contive-me!

quarta-feira, maio 04, 2011

Fritata





Hoje rendi-me ao cansaço. Levantei-me mais cedo que o habitual. Fui à capital em trabalho e no regresso tive ainda muitas tarefas domésticas a tratar, por isso o tempo dedicado ao jantar foi mínimo. Preparei um creme de aipo e curgete e depois uma fritata que não dá trabalho e é reconfortante. Acabei com os agriões e juntei cogumelos e aipo. A base da fritata é semelhante à da Mafalda, ainda que eu não use natas. Acho que o leite subsituti bem evitando a gordura.

O que usei:
6 ovos
1 chávena de leite
1/2 mozarella ralado
pimenta
sal
salsa picada
cogumelos fatiados
1 talo de aipo cortado
folhas de agriões
azeite

Como procedi:
Numa frigideira que pode ir ao forno salteei os cogumelos e o aipo. Numa taça envolvi os restantes ingredientes e juntei à frigideira. Deixei cozinhar cerca de 7 minutos. Depois levei ao forno quente, na grelha alta, cerca de 10 minutos até ficar firme.

terça-feira, maio 03, 2011

Com o descaramento habitual, os corruptos estao na final. Uma anedota que toda a gente viu (embora haja quem faça de conta que é tudo normal). Se gostam de ganhar assim tudo bem, mas não chamem desporto à máfia.

Os queques da Nigella



Não resisto a um livro da Nigella. Gosto da maneira despreocupada e despretensiosa com que ela encara a cozinha. A cozinheira que ela é fascina-me. A cozinheira propositadamente e não a chef. É sobretudo essa comida comum que ela prepara, do quotidiano, que me interessa. Porque mesmo sendo a de todos os dias, não tem de ser desinteressante ou pouco sofisticada. Mas não é preciso um dicionário para descobrir o que se está a comer.
Com isso não quero dizer que não me interessam descobertas gastronómicas e gourmet, nada disso. Acho óptimo treinar o palato, descobrir texturas, aromas, produtos diferentes. Não tem é que ser sempre assim, ou ser tão exótico que seja uma confusão.
Less is more!

Depois deste extenso preâmbulo, fica a receita de queques de banana e chocolate do último livro da Nigella nas nossas livrarias. Aproveitei os pontos acumulados, mais uma promoção daquelas que apanhamos sem contar e saiu-me por menos de metade do preço. Duplamente feliz com a aquisição!


O que usei:
3 bananas (que tinha congeladas)
125 ml de óleo vegetal
2 ovos biológicos
100 g de açúcar amarelo
225 g farinha sem fermento (usei integral)
3 colheres de sopa de cacau em pó peneirado
1 colher de chá de bicabornato de sódio

Como procedi:
Pré-aqueci o forno a 200º e forrei o tabuleiro com as formas de papel que estão a acabar cá por casa. Esmaguei as bananas, juntei o óleo, seguido dos ovos e do açúcar. Noutra taça misturei a farinha, o cacau, o bicabornato e juntei esta massa batendo levemente na mistura da banana. Com a colher de gelado enchi o tabuleiro. Levei ao forno cerca de 20 minutos. Deixei 5 minutos a arrefecer antes das meninas deixarem o chão da cozinha com padrão dálmata.

segunda-feira, maio 02, 2011

Um jantar quase light



Dei finalmente uso aos agriões que comprei no sábado no mercado municipal.
Para além de um creme que já serviu para o jantar de ontem, hoje preparei uma salada com mais alguns. Acrescentei salsa inteira, nozes e peras e fiz um vinagrete básico com azeite, vinagre de arroz e flor de sal. Serviu para acompanhar o resto do lombo de peru do almoço de ontem que me soube muito bem frio.
Ainda fiz arroz de cogumelos e cenoura, a que pensei resistir. Depois do registo fotográfico, a segundo dose foi menos light :(

De pequenina...



Enquanto preparava uma salada para completar o jantar de hoje, a L. pediu-me para ir pondo a mesa. Claro! De pequenino é que se criam bons hábitos. Deixei-a livremente sem supervisão e espantei-me com o resultado final. Apesar da falta do guardanapo, tudo se encontrava colocado de forma muito correcta, ao ponto da lâmina da faca estar virada para o interior. Confesso-me orgulhosa!

Será funcho?



Hoje quando fui buscar a L. à escola pediu-me para irmos à serra ver o farol. Já não era muito cedo, porque foi dia de ballet, mas atendendo a que tinha o jantar praticamente feito, acedi. Lá fomos as duas espreitar se as cortinas estavam abertas. Não tivemos sorte. mas pelo caminho fomos vendo muitas flores que nos chamaram a atenção. Ela queria uma para cada uma das amiguinhas da escola e para as professoras. As preferidas eram as roxas. Mas essas tinham muitos picos (cardos). Não dava. Mas havia mais alternativas. Trouxemos destas, com um roxo mais suave.
No descampado em frente à nossa casa também há muita vegetação E isto que me parece funcho que completou o arranjo. Será? A confirmação terei se retirar a raiz da terra. Um destes dias não controlo a curiosidade.

domingo, maio 01, 2011

Dia da Mãe














Hoje comemora-se o Dia da Mãe. Não consegui ter a minha cá em casa para partilhar o almoço, mas tive a minha "mãe na lei" à qual dediquei a refeição de hoje, apesar de não ser a única mãe à mesa.
Para completar a ideia deste dia, no centro da mesa alva e despojada, coloquei uma imagem da minha devoção, a Senhora do Ó. Figura da iconografia religiosa que acho mais bela e que faz todo o sentido hoje e sempre.

Para ir petiscando, umas mini salsichas de cocktail que assei no forno com molho de soja e mel, das quais não há registo fotográfico. Já nem devia referir o pão de alho. Mas lá estava ele, com o sucesso do costume.

Depois, a minha sopa do mar que também já é obrigatória e da qual não consigo fugir.

Seguiu-se um tártaro de salmão com pepino, inspirado na receita da Mafalda. Com alterações significativas, sobretudo no aproveitamento que fiz do pepino, a que juntei tâmaras picadas e fiz um segundo pote. Na ausência de limas, usei limão, da mesma forma que não tendo cebola vermelha, usei cebola vulgar, preferi iogurte grego ao queijo que ela sugere. Não sei se alterou muito a receita inicial, mas agradou-nos o resultado final e isso é o que interessa. O importante é ter um ponto de partida inspirador. O princípio do tártaro é sempre o mesmo, portanto...

Seguiu-se lombo de peru recheado com tâmaras frescas e alcaparras, muito semelhante ao que fiz aqui. Acompanhei com batatinhas novas, cozidas no vapor e depois salteadas numa redução de azeite com tomate seco e tomilho. Confesso que tinha comprado agriões no mercado para uma salada, mas tive preguiça de última hora e já não a preparei.

Para concluir, uma sobremesa da convidada principal. Uma espécie de triffle, muito fresco e saboroso.

Também sou mãe e recebi das minhas filhas presentes gourmet. Da L. uma caixa com bolachinhas feitas na escola com a palavra mãe. Especiais! Da F (via pai) uma caixa A Vida é Bela com uma experiência gourmet que ainda vou seleccionar. Estou entusiasmada com as hipóteses.