A China está com falta de mão-de-obra. Sim, não me enganei. Pelo menos é o que diz o New York Times. Consequências? Havendo menos trabalhadores, os salários vão aumentar e, com eles, o preço dos produtos chineses. O impacto desta alteração é tão grande que os industriais chineses estão a ponderar transferir as suas fábricas para países com mão-de-obra mais barata, como o Vietname. Outra consequência, provavelmente mais importante, será o crescimento de uma classe média chinesa, com mais poder de compra. Essa massa crescente, com mais dinheiro, irá consumir mais: automóveis, electrodomésticos, cultura e espectáculo. Compreende-se, por isso, as apostas dos clubes de futebol no mercado chinês. Porém, o aumento do consumo poderá trazer consequências negativas: aumento da poluição e dos preços de bens essenciais, como os produtos alimentares. O aumento do consumo de alimentos por parte da China levará, por exemplo, ao aumento dos preços e, consequentemente, à sua escassez em países ou populações mais empobrecidas, sobretudo em África. O que, por sua vez, fará aumentar a emigração para os países ocidentais.
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