Dizem alguns meios de comunicação social que o governo "recuou", porque a "avaliação" só vai contar daqui a 4 anos. Quem ouve este facto e desconhece a realidade fica a crer que assim é. No entanto, assim não é.
Em primeiro lugar, olhemos para a questão do recuo. Não houve qualquer "recuo" ou "cedência" ou o que lhe queiram chamar. Os concursos para o próximo ano lectivo são feitos durante o presente ano, numa altura em que a "avaliação" ainda não está concluída. É, por esse motivo, óbvio que não poderia contar o resultado de um processo que não estava terminado. O ministério sempre procedeu desta forma (o tempo de serviço era critério maior nos concursos até à data, e só contava até ao ano anterior ao do concurso, porque o tempo referente ao ano em vigor poderia sofrer alterações).
Em segundo lugar, há que olhar para a questão dos 4 anos. Este prazo só se aplica aos professores do quadro (de escola ou de zona), pois os concursos que se vão realizar este ano irão colocar esses professores numa escola durante os próximos 4 anos (em princípio). Logo, para este concurso, como foi dito atrás, o resultado da avaliação não pode ser utilizado, só podendo ser utilizado no concurso seguinte, daqui a 4 anos. Para os professores contratados a situação é distinta, pois para estes milhares haverá concursos anuais, embora haja a possibilidade de serem recontratados até um período máximo de 4 anos, mas tal recontratação fica dependente da vontade da escola e dos resultados da avaliação (o que vai dar praticamente ao mesmo). Assim, para milhares de professores, a "avaliação" não irá contar daqui a 4 anos, mas no próximo concurso, a realizar no próximo ano.
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