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domingo, agosto 12, 2007

Torga

As comemorações dos 100 anos do nascimento de Miguel Torga, que se realizaram em vários pontos do país, ficaram marcadas por um aspecto negativo, a ausência de elementos do governo, por muito insignificante que eles sejam. Na verdade, nem Torga nem Coimbra precisam dessas criaturas sem relevo nem valor, Valteres Lemos, Marias e demais elementos da matilha do pseudo-engenheiro. Ainda assim, deveriam estar, não pelo seu valor individual, mas pelo Estado que deveriam representar. Só entristece ver como, no PS, apenas António Arnaut pareceu publicamente incomodado com esta falta de respeito ou de conhecimento dos governantes.
De resto, o desprezo que o governo dá a Torga revela apenas a ignorância dos seus membros. Não o leram, duvido até que saibam citar uma só obra que ele tenha escrito. Pelo mesmo motivo, e seguindo essas criaturas a lógica que diz "só existe o que nós conhecemos", Torga foi há muito tempo apagado dos programas escolares. Agora, quando se estuda o conto, não são os Bichos (o pseudo-engenheiro terá pensado em ler esta obra um dia, mas desistiu quando percebeu que o título estava no masculino) nem os Contos da Montanha que se lêem, mas obras ocas como o Principezinho e outros rabiscos (ainda por cima de um escritor estrangeiro). A mesma lógica levou à perda de importância ou ao desaparecimento nos programas escolares de Garrett, Herculano, Aquilino, Cardoso Pires, Vergílio Ferreira, Júlio Dinis ou Ramalho, para ficar o camarada Saramago (que nenhum aluno do secundário lê e aprecia) e o obscuro Stau Monteiro. Quando quem faz a ementa é um burro, no restaurante só se serve palha.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ai rapaz, essa tendência de fazer referência a, neste caso, "obras" gay começa a ser preocupante! Sempre com comentários "de risco" em momentos menos próprios... Cuidadito! ;)