Nas duas últimas semanas já visitei a feira do livro meia dúzia de vezes. Sempre pronta a resistir, mas nunca conseguindo.
Na primeira visita, que foi de trabalho, vim carregada. Para além da Expiação ( meu preferido do McEwan) para oferecer ao G, entre outras obras, arrastei comigo Dias Exemplares do Michael Cunningham. Já há algum tempo que pensara comprar mas a leitura da badana não me suscitou muito interesse. Desta vez não ofereci mais resistência, sobretudo porque todos os outros romances que li deste autor foram incrivelmente bons. As Horas ( o mais conhecido) tem a prosa mais poética e comovente que já encontrei. De um fôlego lê-se Uma Casa no Fim do Mundo. Sangue do Meu Sangue foi lido numa versão de bolso em castelhano que comprei em Buenos Aires. Adoro estes livros ao preço do pão e que sabem a caviar ;)
Juntamente com o atrás referido Ian e o Roth, Cunningham é dos autores contemporâneos estrangeiros que mais me agrada.
O livro está dividido em três partes. Cada uma delas com as mesmas personagens: um homem, uma mulher e uma criança. O romance é também atravessado pela a poesia de Walt Whitman. Durante toda a primeira parte, pareceu-me estar a ler um grandioso romance russo do século XIX. E não consigo encontrar uma explicação para essa sensação. Vou na segunda parte e está a angustiar-me... é portanto bom ;)
Quando terminar dou notícias, mas entretanto não posso deixar de sugerir toda a obra deste escritor.
Sem comentários:
Enviar um comentário