Depois de terminar o livro do Miguel Real, peguei no último da Inês Pedrosa, que se encontrava na pilha de livros a ler brevemente. Já o tinha há algum tempo, foi presente de Natal da S., comprado com muita antecedência. Abri a 1ª página e fiquei surpresa. Por momentos tinha esquecido que tinha um autógrafo da autora. Foi numa apresentação que ela veio fazer ao casino da Figueira, em que mostrou o seu lado generoso e afectuoso. Gostei de reler aquelas palavras, que me pareceram mesmo dirigidas a mim e lembrei o pequeno diálogo tivemos naquela tarde chuvosa no início de Dezembro.
Depois comecei a leitura do texto. Sempre com o mesmo sentimento que tenho quando leio um livro da Inês. Com vontade de o "poupar", de tudo sublinhar, por achar tudo tão perfeito, com muita poesia.
Disse ela na apresentação, que agora tinha começado a escrever poesia. Achei tão lógico, visto ela já escrever uma prosa tão poética.
A eternidade e o desejo é um romance do outro lado do atlântico e que nos faz entrar nos textos maravilhosos do Padre António Vieira. De facto, tudo o que escreveu está repleto de sabedoria, lucidez e actualidade, e custa a acreditar que são do longíquo século XVII.
Terminei o livro com essa angústia que tantas vezes me agarra, a de ter a certeza que não terei tempo para ler um décimo dos livros que gostaria. A vontade agora era pegar nos Sermões de Vieira, mas na pilha está o Pirandello...
Sem comentários:
Enviar um comentário