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terça-feira, janeiro 01, 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

Olhar pra onde, esperar quem se a vida muitas vezes mais não é do que uma estação onde os comboios teimam em partir sem esperar os passageiros rumo a uma felicidade fictícia?

Paulo Agostinho disse...

Lembrando as palavras do Sérgio,

"como à espera do comboio na paragem do autocarro."

Ou são os comboios que partem mais cedo, ou os passageiros que não sabem o destino que desejam. E há ainda os que ficam, olhando em volta, indecisos sobre que comboio embarcar, porque querem todos os destinos, várias vidas numa só, a praia, o campo, o amor, a guerra, o sucesso, a paz, a multidão e a solidão.
E por fim há os que não querem embarcar. Para eles os comboios (como a vida) são brinquedos e ilusões. Que entrem os outros, que sintam eles os estremecimentos das carruagens zonzas sobre carris um número acima daqueles pés metálicos. Eles preferem ficar na paragem, fumando um cigarro ou olhando o céu à procura do fumo que os comboios (para eles) ainda deitam.

(para não falar nos que viajam presos ao comboio, obrigados a trabalhar nessa eterna viagem)