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domingo, fevereiro 17, 2008

Pogue Mahone and more


"Os Pistols, e o movimento primitivo do Punk, permitiram a MacGowan [então com 18 anos e que viria a ser vocalista dos Pogues] viver um ambiente no qual ele se sentia vivo e que lhe dava a sensação de familiaridade. (...) estava encantado com a oportunidade de se ligar a quem partilhava com ele um desprezo pela autoridade e pelo conformismo (...). A MacGowan agradavam o nihilismo e o hedonismo do Punk, na mesma medida que saboreava a sua contovérsia e perigo, mas, mais do que tudo, ele adorava a defesa que o movimento Punk fazia do individual. Não havia regras, condicionalismos, ou exclusões com base em género, religião, classe, cor, cultura, aspecto ou local de residência. Por cinco minutos, nessa altura, havia algo que se assemelhava a igualdade."

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Conta MacGowan:
"Creio que sempre me fizeram sentir como um miúdo impopular na escola e sempre tive dificuldade em engatar raparigas nas discotecas porque era muito feio. Aquela coisa do punk mudou a merda da minha vida. Não importava que eu fosse feio... Nada tinha importância. Era bom."
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Na mesma década, mas na Suécia, nascia uma das melhores bandas da História da música Pop, um quarteto composto por dois casais, Agnetha Fältskog e Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Anni-Frid Lyngstad. ABBA. Durante muito tempo, os ABBA foram ignorados, desde logo por terem começado com um êxito que venceu a Eurovisão (algo que imediatamente votava a maioria dos cantores ao ostracismo). E também por serem suecos, embora a receptividade inicial tenha começado fora da Suécia. Mas sobretudo porque, ao contrário do que se pensa hoje, os ABBA não seguiam as modas da época, nem no tipo de música (o punk estava a ganhar peso num período em que o rock n´roll ainda dominava), nem no espírito, já que o grupo se procurava afastar da canção politicamente comprometida que então se ouvia na Suécia. Por esse motivo, as rádios suecas não passavam ABBA (a esquerda não é dogmática só por cá).
Todos esses rótulos e o visual extravagante da banda tinha, desviaram durante muito tempo as atenções do público e da crítica para as músicas que a banda deixou. No entanto, hoje esse olhar tem vindo a mudar. As canções dos ABBA deram origem a um musical (Mamma Mia) e a importância da banda sueca para a história da música pop é inquestionável. Bono, por exemplo, considera-os uma das melhores bandas pop de sempre. E Madonna usou um sample de Gimme gimme gimme em Hung Up. Elogios que, vindos dos grandes nomes da pop da actualidade, dizem tudo.
A história dos ABBA, desde as origens à vida actual dos seus membros (entretanto divorciados e seguindo vidas distintas - as últimas músicas reflectem os processos emocionais das separações que os dois casais viviam na época: 1. 2.), com muita música, fatos extravagantes, depoimentos e análises históricas, sociais e musicais, tudo aqui.

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