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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

"Há cenas de sexo à porta da Associação Académica Coimbra"


"Depois das duas da manhã, isto é um filme com bolinha vermelha". A afirmação é de Vitália Ferreira, 69 anos, que mora há mais de 40 anos em frente à Associação Académica de Coimbra (AAC) e há ano e meio não tem "qualidade de vida". Além do ruído, há os insultos, os vómitos à porta, o bater nas janelas. Até já assistiu a cenas de sexo "em pleno passeio".


Os vizinhos admitem viver no mesmo "inferno", mas é Vitália Ferreira quem mais luta por uma solução. Anteontem, denunciou o problema na reunião da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). O presidente, Carlos Encarnação, assegurou que o horário de funcionamento do bar da AAC vai ser reduzido para as 2 horas. Uma medida que a moradora aceita, mas da qual discorda. "Estar aberto até à meia-noite é o suficiente. Se tiver licença até às duas da manhã, 'arrasta-se' até às quatro. Porque, depois de os estudantes já estarem bêbedos, ficam na rua", defende Vitália.


O "fim do mundo" à noite"


Quando vim para aqui viver, a AAC era uma papelaria. Agora é uma pouca vergonha! O barulho começa às 22 horas e dura até às seis - ninguém dorme", reforça outra moradora, que não quer ser identificada, por receio de represálias. Queixa-se, ainda, do estado em que os estudantes deixam as suas escadas "Vêm para aqui todos bêbedos e depois é só garrafas e copos". "Isto é o fim do mundo!", resume.Vitália Ferreira está "triste" com a situação, pois "não tem nada contra a AAC". Mas vai exigir, junto da CMC, que haja um polícia na zona, a partir das 2 horas. Porque vive num "susto".Victor Baptista, vereador da CMC, considera a decisão de restringir o horário de funcionamento da AAC "um passo positivo". Porém, se o problema não for resolvido, o socialista defende a redução para a meia-noite e, em última instância, o encerramento. "Para se ter casas comerciais abertas à noite não se pode impedir as outras pessoas de dormir. A AAC merece todo o nosso respeito, mas não pode ter um tratamento de favor, relativamente a outros bares", sustenta Victor Baptista.O JN tentou contactar o vice-presidente da CMC e responsável por esta questão, João Rebelo, sem êxito, até ao fecho da edição.

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