"Sócrates é um exemplo do estilo de debate parlamentar que se tornou dominante nos últimos anos. Nesse estilo de debate é bom, faz bem a parada e a resposta, é ágil, agressivo no incidental, não tem pejo nenhum em usar expressões como "somos os primeiros na Europa a..." (...). No seu conjunto, não tem grande vocabulário nem referências fora da política mais imediata, é eficaz para uma televisão complacente, (...) é muito próximo do estilo jornalístico de tratar as questões, não tem dúvidas, nem hesitações. É monocórdico, proclama muito e ouve pouco. Tem umas noções de marketing e de comunicação, (...) [discursando com]pequenas palavras denunciadoras de um estilo de leitura de relatórios e de apresentações de PowerPoint. É um estilo de intervenção parlamentar que ele partilha com a sua geração de políticos(...). Vivendo num meio em que quase só se fala de política, só se lêem jornais, só se vê noticiários (...) Este é o cânone actual do “politiquês” parlamentar." J.P. Pereira, no Abrupto. Faz-me lembrar uma frase de do Pulido sobre o primeiro-ministro Sócrates: "obviamente, nunca leu um livro."
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