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quarta-feira, janeiro 17, 2007

Grandes Portugueses III

Boa... Nem tenho desculpa. Não é distracção, é mesmo mais grave do que isso. Então não é que comentei a lista dos 10 mais votados pensando que estava por ordem de votação, sem observar que estava por ordem alfabética? Enfim, é muito muito grave. Assim sendo, esqueçam parte dos comentários feitos anteriormente e façam de conta que não os cheguei a fazer (só não os apago porque faz parte da ética dos blogs não apagar posts).
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Bem, feito o mea culpa, continuemos...
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Políticos: 32 + 3 militares (Afonso de Albuquerque, Teixeira Rebelo e Nun'Álvares). De notar que coloquei nos políticos Catarina Eufémia e a padeira de Aljubarrota, pois não foi certamente pelas suas funções de trabalhadora rural e de padeira que se tornaram conhecidas. De qualquer modo, a categoria mais representada é a dos políticos. 10 reis (8) e rainhas (2), 1 infante... O período liberal está representado por Fontes Pereira de Melo (para além de D. Maria II e D. Carlos). Esquecidos ficam D. Luís, D. Pedro (mais acarinhado por brasileiros) ou Passos Manuel.
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A Primeira República está (quase) votada ao esquecimento. Apenas Afonso Costa se salvou do anonimato. Arriaga ou António José d' Almeida não figuram na lista. Não é de espantar. Trata-se de um período da nossa história ainda mal conhecido. Apenas 16 anos bem conturbados (mais de 30 governos e oito presidências da república). O Estado Novo retratou a I República como o caos que exigiu a ordem salazarista. A oposição ao Estado Novo que gerou a III República também não teve preocupações com o rigor histórico, preferindo retratar uma I República que só existiu nos sonhos de alguns e que servia fins propagandísticos. Neste caso, a I República foi um período de democracia que o Estado Novo arrasou e do qual o PS (sobretudo este) era herdeiro e porta-estandarte...
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Do período do Estado Novo temos Salazar, Caetano, H. Delgado e Cunhal. Do momento 25 de Abril temos Otelo (valha-me Deus), Salgueiro Maia, Vasco Gonçalves (valha-me Deus e todos os santos) e Cunhal (este toca também o período anterior). Também ligado ao Estado Novo e ao período de transição para a III República, temos Sá Carneiro. Da III República temos Maria do Lurdes Pintassilgo, Soares, Cavaco Silva, Alberto João Jardim (de sublinhar que os Açores não têm um político nos 100 mais, o que revela o pouco peso desse arquipélago ou o grande carisma de Jardim) e os casos que raiam as fronteiras do cómico, do trágico ou do ridículo, sei lá, decidam vocês: Sampaio, Sócrates e Maria do Carmo Seabra. Presumo que estes dois últimos tenham posto as suas equipas ministeriais a votar neles. Lembram-se do carnaval medieval? A ideia de eleger o bobo como rei? Aparentemente foi o que aconteceu aqui...

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