Seguidores

sexta-feira, janeiro 19, 2007

As verdadeiras causas do défice

"Um total de 25 sociedades que integram o universo empresarial do Estado pagou, em três anos, 5,137 milhões de euros em indemnizações a gestores cujos mandatos foram suspensos antes de terem terminado. A Caixa Geral de Depósitos lidera, a grande distância, a lista dos mais generosos para com quem parte — 4,2 milhões de euros pagos." (Público, 19.01.2007)
.
O grande problema de Portugal não são os Portugueses, não são os funcionários públicos e privados (alguns serão, é certo, mas esses são fáceis de identificar e punir, para isso houvesse vontade). Obviamente, o grande problema é o poder político e as chefias. O nível dos gestores nacionais é, como se depreende, bastante mau, porque estamos a falar de pessoas sem qualificações que são nomeadas por motivos políticos e não por competência.
Neste aspecto, é interessante a comparação com a Índia (os orgasmos finlandeses agora têm esta nova musa). A Índia, esse modelo de sucesso, tem um sistema de castas. Portugal também. Basta ir ver os nomes dos gestores públicos e ocupantes de cargos políticos e administrativos por nomeação e mesmo por pseudo-concursos públicos de 74 até hoje. Eles lá estão, os puros. Quanto aos outros, os que ficam de fora, os "intocáveis", limitam-se a pagar impostos ou a tentar fugir a eles. Limitam-se a copiar o exemplo dos seus superiores, sonhando que também eles um dia poderão mudar de casta e enfim descansar.

Sem comentários: