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domingo, novembro 26, 2006

candidato sério a imbecil do ano - 1

O jornal Sol da semana passada, para além de duas interessantes entrevistas (a J. Pedro Gomes e a Cristina Branco), trazia ainda uma reportagem sobre o bullying, termo inglês usado para designar a violência escolar entre crianças. Este problema é bastante grave em Inglaterra e na Irlanda (Trinity College de Dublin criou mesmo um centro de estudos sobre o bullying complementado com formação de professores e outros envolvidos nas comunidades escolares). Claro que o bullying não é exclusivo das Ilhas nem dos EUA. Por cá também existem, ainda que de forma mais residual ou camuflada. Na verdade, não há estudos sobre o assunto e o desconhecimento sobre o assunto nas cabeças teoricamente pensantes do ministério da educação é assombroso. Ao ler o referido artigo tropecei com um comentário de um qualquer sub-secretário de estado da educação, cujo nome não me dei ao trabalho de fixar. O senhor em causa passou certamente pelas mãos de seguidores de António Egas Moniz, pois teve o desplante de afirmar que uma das medidas do ministério para combater o bullying é, pasme-se, as aulas de substituição. Foi a gargalhada do dia, pois há muito tempo que não me deparava com um comentário tão imbecil (também é verdade que não tenho visto o Marcelo nem o Vitorino ultimamente). Sinceramente não percebo a lógica. O facto de estar numa aula de substituição vai impedir o agressor de humilhar a vítima, de gozar de forma subtil, de o ameaçar por gestos ou meros olhares? Comentando o disparate com outras pessoas, lá me disseram que provavelmente a esperança do sub-secretário é que o agressor transfira a agressividade do colega para o prof. substituto. Enfim, este governo tenta vender a sua banha de cobra por todos os meios e feitios. Qualquer dia ainda os ouvimos falar do plano da matemática como estratégia na luta contra o racismo ou dos cursos CEF como solução para a anorexia. Mais uma vez se prova que o problema do organismo que é o ensino português está na cabeça, que é oca e capaz apenas de ideias que roçam a mediocridade. Por baixo.

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