As divas, estão mesmo diferentes. Ainda vivem, mas num lugar estranho e secreto, como as ninfas da mitologia, ou as fadas dos sonhos de infância. A fotografia consegue, por vezes, encontrar o caminho para esse lugar e fixá-las no papel. Mas para isso é necessário que as divas posem. Fiquem estáticas. E nos imobilizem também. Elas são mais difíceis de captar quando se movem. O cinema teve as suas mais belas divas quando se aproximava mais da fotografia do que da imagem computorizada. Quando os filmes eram a preto e branco.
Os gostos também mudaram. Sarah, a actriz de teatro, como Rita Hayworth, Ava Gardner ou Marlene Dietrich, mesmo Marilyn Monroe ou Elizabeth Taylor, que foram divas do cinema, viveram num tempo em que o público não era adolescente. Hoje, aos olhos dos comedores de pipocas que infestam as salas, seriam velhas, sem os contornos finos e altos que vemos nas passerelles. Hoje, definitivamente, não estariam na moda. Como a Venus de Botticelli é sempre gorda aos olhos dos alunos que, pela primeira vez, a observam.
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