Mais do que uma filha de Zeus, Pandora foi um instrumento de punição. Tudo começou quando Prometeu criou os humanos a partir da argila, à imagem e semelhança dos olímpicos (hum, onde é que já ouvi esta história?). Encantado com a sua criação, Prometeu resolveu roubar o fogo aos deuses e oferecê-lo aos seus pequenos mortais. Claro que o Zeus, com o bom feitio que o caracteriza, não gostou do feito. E demonstrando uma ligeira falta de poder de encaixe, acorrentou o traidor e condenou-o ao eterno castigo de ter uma águia a comer-lhe o fígado todos os dias (algo parecido com o padecimento dos adeptos do fcp sempre que o benfica ganha um jogo). Claro que, sendo imortal, o infeliz do Prometeu não morria, o fígado crescia todas as noites e, na manhã seguinte, lá vinha o pássaro para o seu banquete.
Porém, Zeus não estava ainda satisfeito. Tinha também de se vingar dos humanos. E para o fazer, fez a primeira mulher, a nossa Pandora, dotando-a (com a ajuda das deusas) de beleza, encanto, curiosidade, ignorância e muitos outros atributos pouco recomendáveis. O resto da história é conhecida. Os homens viviam felizes num mundo sem maldades, mas a curiosa Pandora abriu a caixa e soltou os males pelo mundo (uma mulher culpada pelos males do mundo e pelo sofrimento dos homens? hum, onde é que eu já ouvi isto antes?).
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