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terça-feira, fevereiro 14, 2006

Agostinho da Silva


Começaram as comemorações do centenário de nascimento de um dos maiores "pensadores-vagabundos" do nosso rectângulo. E claro que a RTP não deixou passar isso em claro, afinal ainda lhe chamam "serviço público". Mas pergunto eu, na minha (todos os dias confirmada) ignorância, quem vai assitir à série de entrevistas a passar na 2, com início cerca da 00.30h?
Aqui ficam algumas palavras de Agostinho, mais actuais que nunca, numa esfera onde cada vez parece mais perigoso dizer o que se pensa.
“Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles foram meus, não são seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição, venha a pensar o mesmo que eu; mas, nessa altura. já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se a1guns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem”
(Agostinho da Silva, "Cartas a um jovem filósofo")

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