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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

el récord para el Madrid

O record de maior número de vitórias consecutivas na liga espanhola pertencia ao Real Madrid de Di Stefano, Puskas e Gento, a fabulosa equipa das primeiras cinco taças dos campeões, a mesma que, para obter esse record, passou por Camp Nou e goleou por 3-5. Pois ontem o Barcelona de Rijkaard estava a uma vitória de igualar esse record e ficar na história do futebol espanhol, algo que nem o dream team de Crujff, Romário e Stoichkov conseguiu. O Barcelona tinha tudo a seu favor. Jogava em casa, contra um Atlético de Madrid bastante oscilante, a revelar mau futebol e que tinha mudado recentemente de treinador. Os jogadores estavam moralizados e (não esquecer) havia sempre a segurança das decisões arbitrais a seu favor, caso a situação se proporcionasse. Só faltava Ronaldinho, nada que Messi e Deco não compensassem, pensariam os adeptos blaugrana. Afinal, faltava muito mais do que isso. Porque a este Barcelona (que todos elogiam apesar de nada ter ganho, a não ser uma liga de Espanha, feito que o Depor e o Valência também conseguiram recentemente), a este Barcelona, dizia, falta a aura de campeão, falta a chama que ilumina e move os verdadeiramente grandes. Dizem as crónicas que o treinador se acobardou, montando uma equipa com as peças mal posicionadas. Eliminou Deco tentando fazê-lo jogar na posição de Ronaldinho, mudou a defesa, mostrou, em suma, medo ao adversário. E o adversário sentiu os tremores do anfitrião e tomou conta do partido. Resultado final, 1-3 para o Atlético. O Barcelona fica a uma vitória de chegar ao nível do Real (uma vitória que representa um mundo de diferença). E, ironia do destino, os adeptos do Atlético ficaram divididos entre a alegria da vitória e a amargura de terem contribuído para manter a glória do seu rival merengue. Também así así gana el Madrid...

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