"Para [Mario Vargas Llosa], como conseqüências da civilização do espetáculo, a literatura, as artes plásticas, a crítica, o cinema, a política, o sexo e o jornalismo desapareceram em sua essência mais pura.
Isso ocorre, disse, porque há um total desdém por tudo o que lembra que a vida não só é diversão, também drama, dor, mistério e frustração.
Segundo o escritor, no campo do jornalismo, a difusão da frivolidade se alimenta do escândalo.
"A revista 'Olá' e seus 'congêneres são os produtos mais genuínos da civilização do espetáculo porque dão respeitabilidade ao que antes era produto marginal e quase clandestino: escândalo, intriga e inclusive a calúnia", afirmou Llosa.
"A triste verdade é que nenhum meio pode manter um público fiel se ignora a moda imperante", disse o escritor, baseando sua conclusão de que o problema não está no jornalismo mas num estilo de vida que tem no entretenimento passageiro a maior aspiração humana.
"A obrigação de pôr a cultura ao alcance de todos teve em muitos casos o indesejável efeito do desaparecimento de a alta cultura, minoritária pela complexidade de seus códigos, em favor de um amálgama na qual tudo cabe", afirmou o peruano.
Llosa criticou as seções destinadas à cultura. Para ele, desapareceram os intelectuais e praticamente os críticos, mas a cozinha e a moda ocupam boa parte das seções dedicadas à cultura, em um mundo controlado pela publicidade que dá carta de "cidadão honorário a John Galliano e a seus espantalhos indumentários" - nas palavras do escritor."
Isso ocorre, disse, porque há um total desdém por tudo o que lembra que a vida não só é diversão, também drama, dor, mistério e frustração.
Segundo o escritor, no campo do jornalismo, a difusão da frivolidade se alimenta do escândalo.
"A revista 'Olá' e seus 'congêneres são os produtos mais genuínos da civilização do espetáculo porque dão respeitabilidade ao que antes era produto marginal e quase clandestino: escândalo, intriga e inclusive a calúnia", afirmou Llosa.
"A triste verdade é que nenhum meio pode manter um público fiel se ignora a moda imperante", disse o escritor, baseando sua conclusão de que o problema não está no jornalismo mas num estilo de vida que tem no entretenimento passageiro a maior aspiração humana.
"A obrigação de pôr a cultura ao alcance de todos teve em muitos casos o indesejável efeito do desaparecimento de a alta cultura, minoritária pela complexidade de seus códigos, em favor de um amálgama na qual tudo cabe", afirmou o peruano.
Llosa criticou as seções destinadas à cultura. Para ele, desapareceram os intelectuais e praticamente os críticos, mas a cozinha e a moda ocupam boa parte das seções dedicadas à cultura, em um mundo controlado pela publicidade que dá carta de "cidadão honorário a John Galliano e a seus espantalhos indumentários" - nas palavras do escritor."
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