"It is my belief, Watson, founded upon my experience, that the lowest and vilest alleys in London do not present a more dreadful record of sin than does the smiling and beautiful countryside.… The pressure of public opinion can do in the town what the law cannot accomplish. There is no lane so vile that the scream of a tortured child, or the thud of a drunkard's blow, does not beget sympathy and indignation among the neighbours, and then the whole machinery of justice is ever so close that a word of complaint can set it going, and there is but a step between the crime and the dock. But look at these lonely houses, each in its own fields, filled for the most part with poor ignorant folk who know little of the law. Think of the deeds of hellish cruelty, the hidden wickedness which may go on, year in, year out, in such places, and none the wiser."
Arthur Conan Doyle, The Adventure of the Copper Beeches
Passaram-se já mais de cem anos, mas esta realidade ainda se encontra viva. Apesar das vias de comunicação que encurtam distâncias, a verdade é que existe ainda uma barreira entre as forças da ordem e a censura social e os autores de actos horrendos nas povoações mais afastadas dos grandes centros. Muitos desses actos ocorrem no isolamento das vidas privadas, atrás de paredes negras, telhados que são um céu sem estrelas. As suas principais vítimas são personagens de cinema mudo, denunciando o que sofrem através de gestos subtis e de expressões do olhar e do rosto. Mas não têm público que os interprete, porque as poucas pessoas que as rodeiam ou têm medo, ou estão ingenuamente alheias, ou são cúmplices do que vai ocorrendo.
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