este blog é como um interruptor de egos: quando estás em baixo, anima-te; quando estás demasiado fortalecido, nivela-te
quinta-feira, maio 28, 2009
F.C. Barcelona - Campeão da Europa
segunda-feira, maio 25, 2009
João Bénard da Costa: Esta vida não acabou aqui
Talvez tenham lido esta crónica do Público, no dia 21, deixo-vos o excerto inicial e o link para lerem o resto nuns minutos que roubem a um dia, porque vale a pena, vale mesmo
http://ipsilon.publico.pt/cinema/texto.aspx?id=231919#Commentarios
"Sabia tudo com paixão. Acreditava que a criação humana era "uma forma de nos defendermos contra a morte". Acreditava em dar "testemunho do que vai durar contra o que parece que está para durar". Acreditava em convencer "quem eu quero que goste tanto como eu gosto" e, "se possível, goste como eu gosto". Escreveu num português vintage de frase lançada. Quando ele escrevia, acreditávamos que sabia tudo."
http://ipsilon.publico.pt/cinema/texto.aspx?id=231919#Commentarios
"Sabia tudo com paixão. Acreditava que a criação humana era "uma forma de nos defendermos contra a morte". Acreditava em dar "testemunho do que vai durar contra o que parece que está para durar". Acreditava em convencer "quem eu quero que goste tanto como eu gosto" e, "se possível, goste como eu gosto". Escreveu num português vintage de frase lançada. Quando ele escrevia, acreditávamos que sabia tudo."
"Para [Mario Vargas Llosa], como conseqüências da civilização do espetáculo, a literatura, as artes plásticas, a crítica, o cinema, a política, o sexo e o jornalismo desapareceram em sua essência mais pura.
Isso ocorre, disse, porque há um total desdém por tudo o que lembra que a vida não só é diversão, também drama, dor, mistério e frustração.
Segundo o escritor, no campo do jornalismo, a difusão da frivolidade se alimenta do escândalo.
"A revista 'Olá' e seus 'congêneres são os produtos mais genuínos da civilização do espetáculo porque dão respeitabilidade ao que antes era produto marginal e quase clandestino: escândalo, intriga e inclusive a calúnia", afirmou Llosa.
"A triste verdade é que nenhum meio pode manter um público fiel se ignora a moda imperante", disse o escritor, baseando sua conclusão de que o problema não está no jornalismo mas num estilo de vida que tem no entretenimento passageiro a maior aspiração humana.
"A obrigação de pôr a cultura ao alcance de todos teve em muitos casos o indesejável efeito do desaparecimento de a alta cultura, minoritária pela complexidade de seus códigos, em favor de um amálgama na qual tudo cabe", afirmou o peruano.
Llosa criticou as seções destinadas à cultura. Para ele, desapareceram os intelectuais e praticamente os críticos, mas a cozinha e a moda ocupam boa parte das seções dedicadas à cultura, em um mundo controlado pela publicidade que dá carta de "cidadão honorário a John Galliano e a seus espantalhos indumentários" - nas palavras do escritor."
Isso ocorre, disse, porque há um total desdém por tudo o que lembra que a vida não só é diversão, também drama, dor, mistério e frustração.
Segundo o escritor, no campo do jornalismo, a difusão da frivolidade se alimenta do escândalo.
"A revista 'Olá' e seus 'congêneres são os produtos mais genuínos da civilização do espetáculo porque dão respeitabilidade ao que antes era produto marginal e quase clandestino: escândalo, intriga e inclusive a calúnia", afirmou Llosa.
"A triste verdade é que nenhum meio pode manter um público fiel se ignora a moda imperante", disse o escritor, baseando sua conclusão de que o problema não está no jornalismo mas num estilo de vida que tem no entretenimento passageiro a maior aspiração humana.
"A obrigação de pôr a cultura ao alcance de todos teve em muitos casos o indesejável efeito do desaparecimento de a alta cultura, minoritária pela complexidade de seus códigos, em favor de um amálgama na qual tudo cabe", afirmou o peruano.
Llosa criticou as seções destinadas à cultura. Para ele, desapareceram os intelectuais e praticamente os críticos, mas a cozinha e a moda ocupam boa parte das seções dedicadas à cultura, em um mundo controlado pela publicidade que dá carta de "cidadão honorário a John Galliano e a seus espantalhos indumentários" - nas palavras do escritor."
domingo, maio 24, 2009
Oh, mas que chato...
O Boavista desceu de divisão.
A família loureiro afastada do futebol e eis que Boavista e Gondomar vão parar à segunda B.
Leonard Cohen III - In My Secret Life
"I bite my lip. I buy what I’m told:From the latest hit, To the wisdom of old. But I’m always alone. And my heart is like ice. And it’s crowded and cold In My Secret Life."
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Video oficial.
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Versão Katie Melua:
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Video oficial.
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Versão Katie Melua:
"It is my belief, Watson, founded upon my experience, that the lowest and vilest alleys in London do not present a more dreadful record of sin than does the smiling and beautiful countryside.… The pressure of public opinion can do in the town what the law cannot accomplish. There is no lane so vile that the scream of a tortured child, or the thud of a drunkard's blow, does not beget sympathy and indignation among the neighbours, and then the whole machinery of justice is ever so close that a word of complaint can set it going, and there is but a step between the crime and the dock. But look at these lonely houses, each in its own fields, filled for the most part with poor ignorant folk who know little of the law. Think of the deeds of hellish cruelty, the hidden wickedness which may go on, year in, year out, in such places, and none the wiser."
Arthur Conan Doyle, The Adventure of the Copper Beeches
Passaram-se já mais de cem anos, mas esta realidade ainda se encontra viva. Apesar das vias de comunicação que encurtam distâncias, a verdade é que existe ainda uma barreira entre as forças da ordem e a censura social e os autores de actos horrendos nas povoações mais afastadas dos grandes centros. Muitos desses actos ocorrem no isolamento das vidas privadas, atrás de paredes negras, telhados que são um céu sem estrelas. As suas principais vítimas são personagens de cinema mudo, denunciando o que sofrem através de gestos subtis e de expressões do olhar e do rosto. Mas não têm público que os interprete, porque as poucas pessoas que as rodeiam ou têm medo, ou estão ingenuamente alheias, ou são cúmplices do que vai ocorrendo.
terça-feira, maio 19, 2009
FC Barcelona...a dobradinha
segunda-feira, maio 18, 2009
O reflexo do estado do país
Ver um primeiro-ministro analfabeto e com um diploma que não vale o papel em que está impresso a distribuir a dezenas de outros analfabetos diplomas igualmente sem valor. Parece uma sátira. É o país que temos. E que, pelos vistos, gostamos.
*
Ver que, apesar de tudo o que já foi dito sobre a criatura (da licenciatura aos lixos, dos lixos ao freeport, do freeport aos relatórios mentirosos ocde que afinal não são ocde, dos relatórios de encomenda aos processos aos jornalistas, dos processos ao fumo no avião, do fumo no avião à palhaçada do magalhães, do magalhães à directora inculta da direcção regional da educação, da directora inculta aos exames fáceis para melhorar a estatística, dos exames de treta aos diplomas de treta novas oportunidades, das novas oportunidades ao desemprego sempre crescente e que começou antes da crise mundial...) e apesar de tudo o que se diz da criatura, a verdade é que as sondagens o continuam a colocar como vencedor. Das duas uma: ou não podemos acreditar nas sondagens (e as vitórias de Santana e Lisboa e Rui Rio no Porto já mostraram que são menos fiáveis do que se pensaria), ou temos os governantes ao nível dos eleitores. E, vendo bem, parece que o Major vai vencer em Gondomar, a santinha em Felgueiras, o outro senhor no Marco e ainda o outro em Oeiras... Os Portugueses gostam de gente assim.
*
Suspiro.
sexta-feira, maio 15, 2009
quinta-feira, maio 14, 2009
There comes a time...
Onde podemos encontrar tantos nomes grandes da música contemporânea? Tantos ídolos, verdadeiros ídolos, nomes incontornáveis da música pop? Todos eles americanos, naturalmente. Onde podemos encontrar Bruce "the Boss" Springsteen e o seu inspirador Bob Dylan; Michael "King of Pop" Jackson e a sua musa Diana Ross; as grandes vozes negras (além dos dois anteriores) Stevie Wonder e Ray Charles; e Paul Simon, Lionel Ritchie, Kenny Rogers e Willie Nelson (do Country), Tina Turner. Billie Joel, a excêntrica Cyndi Lauper; todos sob a batuta do excelente Quincy Jones (vencedor de nada mais nada menos 27 Grammy Awards, com um record de 79 nomeações e um currículo que inclui ainda a produção do álbum mais vendido de sempre, Thriller de Michael Jackson)? Presumo que já adivinharam. A música está assinada por Lionel Richie e Michael Jackson e marcou muitas infâncias. A minha, sem dúvida. E a essa infância regresso sempre que a ouço. E fico pequenino, pequenino, como era na altura, à semelhança de uma personagem de banda desenhada Rose is Rose quando o passado lhe entra no espírito. Eram tempos de inocência.
quarta-feira, maio 13, 2009
segunda-feira, maio 11, 2009
A corja está a meter as mãos nas escolas 2
Como conta o Correio da Manhã:
"Sandro Colaço, professor de Expressão Corporal do ATL da Escola Básica de Santa Luzia, Tavira, foi suspenso pela autarquia, na quinta-feira, depois de um acidente durante uma aula que envolveu o filho do presidente da câmara, Macário Correia.
"Era um exercício normalíssimo, supervisionado por mim", explica o docente, que diz não saber por que razão está suspenso. A turma tinha terminado o ensaio da peça ‘Inspector Tótó’ e, no exercício seguinte, com os alunos de olhos vendados, o filho do presidente da Câmara de Tavira feriu o lábio.
"O professor é muito querido, é boa pessoa e não é justo ir para a rua por o acidente ter sido com quem foi", desabafa uma das empregadas, sob anonimato.
Sandro Colaço "tem feito as festas mais lindas desta vila e todos os alunos têm um enorme carinho por ele", diz a coordenadora da escola. Aida de Jesus, que também desconhece oficialmente o motivo da suspensão, acrescenta que "toda a escola está em choque, todos têm plena confiança no trabalho do professor e respeitam-no".
As aulas de Expressão Corporal estão agora a ser leccionadas pela professora de Expressão Plástica e há alunos que reclamam pelo regresso de Sandro Colaço.
Macário Correia não comentou a suspensão do docente. "São assuntos internos da câmara, envolvendo um familiar e por uma questão de ética e boa educação não presto declarações", disse."
"Era um exercício normalíssimo, supervisionado por mim", explica o docente, que diz não saber por que razão está suspenso. A turma tinha terminado o ensaio da peça ‘Inspector Tótó’ e, no exercício seguinte, com os alunos de olhos vendados, o filho do presidente da Câmara de Tavira feriu o lábio.
"O professor é muito querido, é boa pessoa e não é justo ir para a rua por o acidente ter sido com quem foi", desabafa uma das empregadas, sob anonimato.
Sandro Colaço "tem feito as festas mais lindas desta vila e todos os alunos têm um enorme carinho por ele", diz a coordenadora da escola. Aida de Jesus, que também desconhece oficialmente o motivo da suspensão, acrescenta que "toda a escola está em choque, todos têm plena confiança no trabalho do professor e respeitam-no".
As aulas de Expressão Corporal estão agora a ser leccionadas pela professora de Expressão Plástica e há alunos que reclamam pelo regresso de Sandro Colaço.
Macário Correia não comentou a suspensão do docente. "São assuntos internos da câmara, envolvendo um familiar e por uma questão de ética e boa educação não presto declarações", disse."
(Questão de ética? Vindo de um homem que, pelos vistos, já lambeu cinzeiros no passado??? Ainda bem que o Super-Carneiro não tem filhos na escola, ou tínhamos de o levar ao colo)
"O Parlamento parece transformado num recreio. As renovações recentes só vieram confirmar essa tendência. Os computadores distribuídos pelos 230 lugares são inexplicáveis. Ou antes: só se compreendem se fizerem parte de um plano de fornecimento aos representantes da população de equipamentos de divertimento e passatempo. Computadores e plasmas para os deputados têm exactamente as mesmas funções que os “Magalhães” para as escolas. Os ecrãs monumentais nas paredes esperam imagens, gráficos, programas de “power point” e “clips” de propaganda. Quem julgue que o Parlamento serve para pensar, ouvir, falar, aprender, argumentar, discutir, esclarecer e fiscalizar está enganado. Ali, passa-se o tempo. E como a ausência ao hemiciclo é constante e elevada, alguém congeminou esta inovação: vamos trazer-lhes divertimentos, vamos atrair os deputados com imagens e filmes. Vamos permitir-lhes que tenham acesso rápido ao “twitter”, ao “messenger”, ao “face book” e ao “you tube”. Vamos dar-lhes imagens, que valem milhares de palavras. Vamos dar-lhes qualquer coisa que lhes interesse, que os seduza. E já agora que os impeça de se interessarem pela política e pelo debate."
*
"Trinta e cinco anos depois de Abril, a democracia continua a viver à custa de Salazar e da sua queda. Parece que o regime democrático e a liberdade nada têm a oferecer ao povo para além do derrube do ditador. Que, aliás, não foi do próprio mas do sucessor. Aqueles partidos e aquela instituição [Parlamento] vivem obcecados. Sentir-se-ão culpados? De quê? De não terem sabido governar o país com mais êxito e menos demagogia? De perceberem que a população está cada vez mais cansada da política e indiferente aos políticos? [...] A política contemporânea é de tal modo medíocre que o derrube do anterior regime é ainda mais importante do que o novo regime democrático. Essa é a mágoa! Trinta e cinco anos depois, a liberdade e tudo quanto se vive não são já mais importantes do que aquele dia de derrube. [...] Que Parlamento no mundo, em dia solene ou simplesmente em dia de trabalho normal, se dispõe a exibir fotografias dos inimigos da democracia? Será assim tão frágil a nossa liberdade que necessitamos de a legitimar sempre com o derrube de um ditador? Por quantos mais anos vamos assistir a isto? Nenhum dos argumentos previsíveis é satisfatório. Dizem que é preciso recordar. Reler a história recente para que a ditadura não volte. Gritar “nunca mais”, para que nunca mais seja. É exactamente o contrário. A falta de capacidade de respirar livremente, sem recordar os fantasmas, é a vontade de viver amarrado ao passado. Este regime é débil, porque não encontra em si próprio, nos seus méritos, razão suficiente para se legitimar e justificar. Para se assumir sem inventar ou ressuscitar inimigos. Esta insegurança revelada pelos dirigentes políticos contrasta com a certeza de muitos cidadãos. Inquéritos recentes mostram os sentimentos dos portugueses. Querem a liberdade. Não necessitam de fantasmas para se sentirem livres. Ponto final."
domingo, maio 10, 2009
Ai se eu votasse no Porto
"Elisa não resiste mandar algumas indirectas a Rui Rio. "Pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS", diz. Pouco depois, volta a atacar: "Não quero o poder. Já tive muito. Quero é criar uma cidade onde as minhas filhas e os vossos netos possam viver e não quero aqui conflitos permanentes, uma vez é futebol... outra é com Lisboa...". E termina: "Se deixarmos a cidade nas mãos daqueles que andam com os seus negócios ou poderzinhos, qualquer dia a cidade não tem ninguém"." (DN)
*
Para a candidata socialista do Porto /Parlamento Europeu (ou não?), falar em Estado é o mesmo que falar em PS. Esclarecedor.
E em relação à última parte, a de ter a cidade nas mãos daqueles que andam com os seus ... poderzinhos...", lembro-me logo do tempo em que a câmara era PS e um certo presidente de um certo clube mandava mais que o presidente eleito da autarquia (o mesmo presidente de um certo clube que alimentava as guerras com o que ele julga ser Lisboa). Será que, com tanta contradição, Elisa Ferreira acabou por defender o voto em Rui Rio, precisamente o político que não deixou a cidade nas referidas mãos?
Katie Melua
Cinco canções, ao vivo na BBC2 e uma paródia a si mesma (com a letra enviada por ouvintes da mesma rádio):
"Os nossos políticos são tão bons que até admitem tudo: a corrupção como forma de vida e a natureza mendaz das candidaturas em que participam. Enganam-se os que pedem mais ética na política. Eu, por mim, já ficava contente com alguma estética."
(J. Pereira Coutinho, Correio da Manhã)
A corja está a meter as mãos nas escolas
Como bem se percebe nesta notícia. Falo, claro está, da corja do poder autárquico, que vai usar (ainda mais) as escolas, que vão controlar graças a decisões incompreensíveis deste governo, para propaganda política e para promoção ou perseguição, respectivamente, de apoiantes, amigos e familiares ou de adversários políticos e pessoais.
*
Lá por cima, a escola organizou uma feira vocacional. A câmara emprestou umas bancas (daquelas usadas para as feiras dos enchidos) e mão-de-obra preguiçosa. No dia da inauguração, lá estava o super presidente a aparecer. Ia cumprimentando os representantes das instituições de ensino superior e tecnológico presentes na feira. Estes, educados, agradeciam ao presidente da câmara o convite. O sr presidente, obviamente, não foi capaz de se lembrar do simples facto de não ter sido ele a fazer o convite nem a organizar a actividade. Dizem que, numa ou duas bancas, ainda conseguiu dizer que tudo fôra feito "em parceria" com a escola. Estranho conceito de parceria: vocês organizam, eu empresto barracas e apareço cá para o beija-mão. É o poder local que temos, bem evidenciado neste pequeno episódio.
sábado, maio 09, 2009
antologia da estupidez made in ministério da educação 2
quinta-feira, maio 07, 2009
Barça? Ou Farsa?
Diz Guardiola que o de ontem foi a vitória do talento. Sem dúvida. Mas talento de quem? Bosingwa explica:
«Não sei se quem esteve em campo foi um árbitro ou um ladrão.»
A imprensa espanhola fala de 3 grandes penalidades não marcada a favor do chelsea. Talvez o barcelona até nem esteja directamente implicado nesta farsa. A uefa, dirigida por um francês (e todos sabemos o que sentem os franceses perante a superioridade inglesa), não podia ter novamente uma final entre ingleses. Por isso, o Chelsea foi impedido de chegar à final. A uefa sabe também que ganha mais dinheiro em patrocínios com uma final entre Manchester e barcelona do que com uma repetição da final do ano passado. As repetições não despertam tantas atenções. Por isso, enviaram o seu agente com a lição bem estudada. E assim foi. Lá teremos o campeão inglês e europeu a defrontar a escolha da uefa na final de Roma. A uefa, que diz ser defensora do fair-play, do futebol e da "justiça desportiva" (cada vez mais esta expressão soa a contradição), contorna as suas próprias regras por um bem superior, o dinheiro. O futebol da uefa é, pois, um circo. E os palhaços tinham de estar presentes na final.
*
Claro que em barcelona estas coisas são detalhes. Mas também é destes FACTOS que se faz a História. E a História conta que o barcelona chegou sem mérito às duas últimas finais em que esteve presente. Este ano, chegou com mérito às meias-finais, mas não devia estar na final, porque no campo não venceu. Venceu na secretaria, nas conspirações que, ano a ano, vão corrompendo o futebol.
quarta-feira, maio 06, 2009
Barça na final da Champions
Como era de esperar a melhor equipa da Europa na actualidade chega à final da Champions. O Sir Alex Ferguson enganou-se pois vai ter que "levar" com eles na final. Percebe-se o porquê do Sir Fergusson.querer o Chelsea...contra eles ainda tinham alguma hipótese de ganhar mas com o Barcelona já era ....mais uma vez demonstrou porque é a melhor equipa da actualidade (até o treinador do Chelsea o disse antes do jogo). A jogar com 10 com uma expulsão ridícula de um árbitro ttambém ridículo e fortemente tendencioso e a favor da equipa da casa, eis que surgiu a estrelinha dos campeões que lutam até ao último segundo do jogo. Foi bonito o diálogo cordial entre os treinadores antes uns minutos de acabar o jogo...e o jogo também. 2 golaços que fazem levantar qualquer estádio e um jogo onde a técnica prevaleceu sobre a força.
segunda-feira, maio 04, 2009
Caro João,
Uma andorinha não faz a primavera. E um ano de sucesso não faz do barcelos a melhor equipa do mundo. Quando muito, poderá aspirar a ser a melhor equipa de 2008/2009. Mas como a memória dos barcelonistas tende a ser muito curta (quando lhes convém o presente), devo recordar que no que vai de século XXI, o Real Madrid tem mais títulos do que o barcelos, que esteve mais de metade do tempo sem ganhar nada. De 2000 até hoje, o barcelos ganhou 3 ligas (contando já com a actual), contra 4 do Real Madrid, duas do Valência e uma do Corunha. Isto para não falar de números totais: 31 ligas contra 19 (o barcelos, curiosamente, é o "campeão" do 2º lugar, foi a equipa espanhola que mais vezes ficou como first of the loosers, como dizem os americanos, 22 vezes). E em relação à Champions, de que tanto falam (e que têm tantas como o benfica ou o porto), no mesmo período de tempo o barcelos conseguiu a segunda (2006) e o Real conseguiu a oitava e a nona (2000 e 2002). Por isso, façam os vossos (merecidos) festejos deste ano à vontade, porque, para citar uma coluna da Sábado, "Quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré".
*
ps: Os aplausos do Bernabéu aos adversários não surpreendem. Aconteceu com o barcelos, também com o Milan (quando Redondo foi substituído), entre outros exemplos. Chama-se fairplay e educação. Está no nosso hino. Algo de que não há registo no camp nou, onde se prefere atirar cabeças de porco e objectos aos adversários.
«Um orgasmo futebolístico»
Luis Enrique vibrou com a goleada (6-2) do Barcelona no Santiago Bernabéu e fez questão de o... dizer.
«É fantástico ser adepto do Barcelona e, em especial, na noite de ontem. Fomos infinitamente superiores. Poucas vezes assisti a uma diferença tão grande. Que maravilha ver Iniesta, Xavi e Messi, e Puyol a marcar! Foi um orgasmo futebolístico», descreveu o antigo jogador das duas equipas e actual treinador do Barça B, ste domingo, citado pelo diário desportivo espanhol Marca.
«Nunca antes na minha vida vi uma equipa jogar tão bem. Embora não deva dizê-lo, eu clonaria Xavi, Iniesta e Messi para quando tivéssemos um momento de debilidade dentro de muitos anos. O curioso é que se formaram aqui no Barcelona e, por isso, devia reconhecer-se, não só os jovens da formação, mas todos aqueles que tornaram possível que estes jogadores dessem o salto para a primeira equipa, como aconteceu também com Puyol, Victor Valdés e Piqué.»
O "poder" vai-se ver para a semana no frente a frente...Messi e compania vão dar uma lição de futebol :) - o meu último comentário.
Pelos vistos ainda existiam crentes à espera de um milagre. Nem o facto de jogar em casa e uma vitória pudesse alimentar ainda alguma esperança ao Real, eis que o "barcelos" demonstrou todo o seu potencial e classe, humilhando completamente o seu adversário. Quem tenta jogar de igual para igual contra a melhor equipa do Mundo acaba por ter o desfecho que se verificou. Mais uma goleada a juntar a tantas outras este ano...100 golos só no campeonato e um Barnabéu em estado de choque...só faltaram as palmas dos madrilenos para agradecerem o futebol espectáculo do Barça!
domingo, maio 03, 2009
Leonard Cohen IV - Hallelujah
Suspeito que esta seja a canção de Leonard Cohen que mais gente se lembrou de cantar (e, em muitos casos, de arruinar - há versões que facilmente seriam suplantadas por um coro de corvos desafinados - e sim, refiro-me sobretudo à versão il divo). Há, pois, versões para todos os gostos e desgostos. Opto pela original (of course) e pela de Rufus Wainwright. Se preferirem, podem escutar Damien Rice, Bob Dylan, John Cale, Bon Jovi (sim, Bon Jovi, e nada má a versão), K. D. Lang (il divo, Rufus, K. D. Lang... estou a ver aqui um padrão), Sheryl Crow e uma data de ilustres desconhecidos . . .
Leonard Cohen V - Story of Isaac
The door it opened slowly,
my father he came in,
was nine years old.
And he stood so tall above me,
his blue eyes they were shining
and his voice was very cold.
He said, "I've had a vision
and you know I'm strong and holy,
I must do what I've been told."
So he started up the mountain,
I was running, he was walking,
and his axe was made of gold.
Well, the trees they got much smaller,
the lake a lady's mirror,
we stopped to drink some wine.
Then he threw the bottle over.
Broke a minute later
and he put his hand on mine.
Thought I saw an eagle
but it might have been a vulture,
I never could decide.
Then my father built an altar,
he looked once behind his shoulder,
he knew I would not hide.
*
(Há uma versão cantada por Suzanne Vega)
"enemigo en la contienda, cuando pierde da la mano"
«Tocado pero no hundido. Triste pero no resignado. Dolido pero no humillado. Fastidiado pero no amargado. El madridismo sufrió un bofetón en la cara que acabó con un sueño maravilloso que ha durado cinco meses en los que su equipo ha pulverizado todos los récords de la hombría y de la fe ilimitada. El Madrid es un equipo llamado Milagro que ha vivido en los límites de la realidad, en homenaje al gran Steven Spielberg. Conviene reconocerle ese mérito el día en el que pasó por el santuario del Bernabéu una maravilla con botas, una colección de tipos que durante noventa minutos nos mostraron una colección de recursos futbolísticos que debería ser expuesta este verano en los campus a los chavales. No les tengo envidia porque esa palabra no existe en mi vocabulario, pero sí encuentro una que acepta cualquier madridista de bien: ¡sombrerazo! El himno del mejor club del siglo XX y del XXI ... lo deja muy claro: "Enemigo en la contienda, cuando pierde da la mano. Sin envidias ni rencores...". (AS)
"Es una noche maravillosa porque ganar en este campo tan grande ante este club tan maravilloso es algo muy, muy grande."
(Guardiola)
"El Barcelona tiene un gran equipo, lo ha estado demostrando toda la temporada y por mi parte espero que tengan mucha suerte en la final de Copa del Rey y en la eliminatoria de la Champions contra el Chelsea."
(Casillas)
"...este es el nivel que tenemos ahora. Los grandes nos han superado y ya está. Hay que reconocerlo..."
(J. Ramos)
sábado, maio 02, 2009
A Professora chegou junto a mim e disse "a A. deve precisar de óculos", porque encostava a folha ao nariz e mesmo assim soletrava, não era só a leitura lenta, era a língua a tropeçar nas letras quando antes "lia bem", ou seja, quando antes corria pelo texto apenas tropeçando aqui e além numa vírgula ou na difícil escalada de uma palavra complicada. E eu respondi sem pensar "está bem, vou ver se resolvo isso", como se estas coisas fossem simples e se resolvessem só porque eu o afirmava. Que querem que vos diga? É que nem coloquei a hipótese. Chamei a A. e quando lhe disse "parece que precisas de óculos", ela respondeu "não, não preciso", naquele jeito habitual de teimar e contrariar que ela tem, uma brincadeira que geralmente termina com ela a aceitar o que se diz. Insisti "precisas de óculos" e ela "não, não preciso"; "vês mal", "não, não vejo", "disseram-me que nem as placas das matrículas já consegues ler", "e para que preciso eu de as ler?"; "deixa-te disso, andas a ver mal", "oh, e que importa, mais um ou dois meses e termino o curso, depois já não vou precisar de óculos". E eu ri-me do ridículo deste comentário. Ri-me e não olhei para as entrelinhas, ri-me e afinal era eu a precisar de óculos. De certeza que me lembrei da passagem do Livro, "bem-aventurados os pobres de espírito", só não percebi que se referia a mim. Mesmo com a palavra a soar, tão forte, o vibrar de um sino, metálico. Voltei a insistir, algum tempo depois. "Já trataste dos óculos?" E ela "já fui ao oftalmologista." "E...?" "E vou ter de usar óculos." "E quando estão prontos?" "Ainda demoram. Ainda falta a outra consulta." "Mas qual outra consulta?" "A consulta para ver qual é a graduação dos óculos." "Mas, não fizeram logo isso?" "Não." "E quando é a próxima consulta?" "Oh, ainda demora. Pela caixa demora sempre meses." Meses passados (dois, talvez) e eis que falo com o pai. E digo-lhe "a A. precisa de óculos", como se o senhor não fosse capaz de o perceber sozinho. E o senhor pára junto à porta (já estava de saída). Momentos antes tinha sorrido de orgulho - "a sua filha é a melhor da turma", agora parou e foi outro tipo de orgulho que encontrei no rosto. "Eu sei", respondeu, "mas falta o dinheiro para os comprar; só temos a minha reforma e ainda há pouco comprei óculos também para a mãe e a caixa não comparticita". Que lhe poderia eu dizer? Banalidades. Lembrei-me do meu "está bem, vou ver se resolvo isso" a verter confiança e nem sei o que pensei. Quer dizer, até sei, mas... Que querem que vos diga? Afinal a A. não é tola nem pobre de espírito, esse papel coube-me a mim. Ela é apenas pobre.
sexta-feira, maio 01, 2009
Das Cidades em Nós | Outro Olhar
Foi uma maratona animada, descomprometida e, por momentos, penosa, para alguns (assumo a minha fragilidade). A chuva que não se cansou de cair foi a responsável.
Muito importante: para o ano não esquecer as belas das galochas.
E que divertido é, constatar a diversidade de olhares que cada um de nós tem acerca de um tema que é comum. É esta liberdade de raciocínio, de estética,de sensibilidade, de diversão que nos faz únicos... Vale a pena repetir porque foi um grande dia... mesmo GRANDE.
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