No Público
"O t2 onde vivo, com vista para o mar, segurança 24 horas por dia e piscina colectiva, está avaliado em cerca de 225 mil euros. Uma simples simulação no “site” de um banco serviu para perceber que a prestação ficaria muito mais elevada do que a renda que pago (600 euros). Além disso, não tenho encargos com a manutenção do imóvel, nem com impostos. E sou livre, de um certo modo."
"Deixei de levar o carro para ir às compras (convenhamos que o supermercado mais próximo fica a 300 metros). Usei o comboio para me deslocar a Coimbra e, em vez de 55 euros em combustível e portagens, gastei 30 euros na turística do Intercidades da CP (o Alfa Pendular custaria mais dez euros e chegaria apenas oito minutos mais cedo). Dei finalmente uso aos sete euros que pago por mês para ser sócia do ACP e passei a ter um desconto de 0,04 euros por litro de gasolina"
"Disse adeus às portagens e passei a usar as vias alternativas, que, além da poupança imediata, me obrigam a moderar a velocidade. E deixei de conduzir de vidros abertos, de fazer ultrapassagens desnecessárias e de abastecer à noite para evitar a vaporização do combustível."
"Passei a desligar todos os electrodomésticos na tomada, ao contrário do que acontecia até aqui, principalmente, com a televisão do quarto. E passei a tratar o frigorífico com mais carinho, evitando a abertura escusada de portas e deixando a comida arrefecer para não o obrigar a gastar demasiada energia"
"Depois desta experiência, há vários pequenos hábitos que vão ficar: fazer menos chamadas de telemóvel e utilizar mais o SMS (porque consegui um tarifário com mensagens escritas a custo zero para a minha rede), ir ao cinema à segunda-feira e deixar de gastar 36 euros em tabaco..."
"Bastaram 31 dias para perceber que, num mês, consigo poupar o suficiente para passar um fim-de-semana em Roma e que, num ano, posso pagar as propinas do mestrado que tenho vindo a adiar."
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