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sábado, março 08, 2008

Mais um papagaio que fala do que não sabe

"A manifestação é contra uma professora que agora é ministra. Uma ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal."
(Emídio Rangel, no Correio da Manhã)
Vindo que quem diz que os professores que se manifestam parecem estar "travestidos de operários da lisnave" e são "soldados do PCP", vale o que vale. Ou seja, nada. Rangel lembra um pouco Júdice, com a sobranceria, a ideia que de está acima dos outros, dos "merdas" dos portugueses, como terá dito Júdice. Dizer que esta ministra, uma criatura arrogante e mal educada, acompanhada por uma equipa que insulta as pessoas que devia dirigir, que promoveu a maior campanha de melhoria artificial das estatísticas com os EFA e os CEF e as pressões para se passarem alunos sem conhecimentos, que utiliza os meios de comunicação para fazer propaganda descarada, é "sábia" e "dialogante", roça o absurdo. É como dizer que o vermelho é azul. Que Fidel era democrata. Ou que Santos Silva foi uma peça fundamental do combate pela "liberdade".
Pelo que escreveu, parece claro que Rangel só ouviu a ministra e nem leu os diplomas nem sabe o que se passa numa escola. Portanto, o que ele escreve vale tanto como se estivesse a dissertar sobre a política económica do governo do Botswana ou sobre a gestão de uma empresa de enlatados em Almeria. É uma mera opinião, sem fundamento.
Reparem nestas afirmações. Eu ri-me até ficar com espasmos e dores no queixo:
"Por ter introduzido um sistema de avaliação dos professores [sempre houve, bom ou mau, e nada garante que este não seja pior], por ter chamado os pais a intervir [treta, sempre foram chamados e não intervêm mais porque preferem abandonar os filhos nas mãos dos professores e só aparecem para reclamar das notas no final do ano], por ter fechado escolas sem alunos, por ter prolongado os horários e criado as aulas de substituição [onde os alunos brincam na sala em vez de brincarem na rua], por ter resolvido o problema da colocação dos professores [não resolveu, só os adiou por três anos], por ter introduzido o Inglês [pelos vistos aquelas senhoras que nos ensinaram inglês na escola foram uma alucinação colectiva!!], por levar a informática aos lugares mais recônditos do País [gargalhada e pergunta: que tem isso de tão positivo? É que nesses "lugares mais recônditos" fazem falta boas bibliotecas escolares, muito mais úteis que a orgásmica informática]. Estas entre outras medidas já deram frutos [gargalhada pelo absurdo da afirmação]. Diminuiu o abandono escolar [se os alunos não reprovam por faltas nunca podem ser considerados em situação de abandono], os métodos escolares estão a criar alunos mais preparados [por isso é que chegam como chegam às universidades; os cursos EFA passam certificados do 12º ano com um currículo que não inclui História, nem Inglês, nem sequer informática e onde não há exames nem fichas de avaliação; os cursos CEF dão certificados de 9º ano seguindo o mesmo método], os graus de exigência aumentaram [nem merece comentários]."

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