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sábado, março 08, 2008

80 a 100 mil professores

Falam por si, não pelo PCP, como afirmava a ministra. Dos comunicados ouvidos até ao momento, só negam as evidências as gentes do ps e o sr da confap (organismo com muitos laços com o ministério, como aqui se pode ler), mas não é totalmente improvável que também os dr Júdice e Moreira se pronunciem no mesmo sentido.
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Evidentemente, mais uma manifestação (foram muitas nos últimos tempos) não chega. A ministra continuará a usar os meios de comunicação para fazer propaganda (hoje estará na SIC, onde espero que seja entrevistada por Mário Crespo, mas duvido). O absurdo do actual sistema educativo, que promove as passagens automáticas dos alunos, saibam ou não saibam (o chamado modelo sócrates para a obtenção de habilitações literárias). Como não há alternativa no PSD (afirmado pelo próprio lider), o PS sente que continuará governo. Resta saber se Sócrates se vê a governar em coligação. Provavelmente não, porque isso iria forçá-lo a fazer o que não sabe, ouvir e negociar com os outros partidos (em suma, a ser verdadeiramente democrata, conceito que escapa habitualmente aos socialistas). Sabendo que continuará governo, sócrates poderá insistir na sua caminhada. Como lembra o Abrupto, uma greve só faria sentido se fosse longa, de preferência no período de lançamento de notas. Um ou dois meses de paragem, sem avaliações, logo sem exames nacionais, logo sem entradas nas universidades, seria a medida necessária para mudar o rumo, a sério, da educação em Portugal. No entanto, é aqui que falham os sindicatos. Porque deveriam pagar do seu bolso aos seus associados que fizessem a greve (como julgo que é prática de sindicatos de outros sectores). Caso contrário, não é possível resistir a um ou dois meses sem salários, pois há contas a pagar e famílias para alimentar. E, como se sabe, também aqui se vê a qualidade da governação do pseudo-engenheiro, o custo de vida em Portugal está cada vez mais elevado.

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