"...avaliem o trabalho do Ministério nos últimos vinte anos. Não dos proprietários ou ocupantes temporários da pasta, mas dos verdadeiros donos do ME, uma classe de experimentalistas que elaboraram programas, preâmbulos a programas, ordens burocráticas e documentos sobre procedimentos burocráticos, escalas de reuniões e curricula absurdos (e que, inclusive, autorizou curricula ainda mais absurdos para valorização «profissional» de professores hábeis, muito hábeis), ausência de razoabilidade em processos disciplinares, reformas e contra-reformas curriculares ao sabor de pantomineirices (como a TLEBS, a imbecilização no ensino da Matemática, da História e da Ciência) que favoreceram a falta de cultura científica e de hábitos de trabalho dos estudantes. Esses são os verdadeiros responsáveis. Meter na escola – essa arena onde o ME sempre esteve impune e sempre defendeu a sua autoridade para impor regras e princípios sem discussão e sem participação – pais, autarquias, estatísticas, julgamentos pelos pares, inspectores sem competência científica e até gente analfabeta mas com todo o conhecimento da novilíngua ministerial providenciada por génios que raramente ou nunca deram aulas ou estiveram mais de dois anos seguidos numa escola, não é o melhor método de nos levar ao caminho da civilização."
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