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quinta-feira, setembro 29, 2011

Muffins de dióspiro e canela



A abundância de dióspiros nas fruteiras cá de casa lembram-me que o Verão terminou. Inevitável! Conformada com esse fim, resolvo aceitar os prazeres do Outono, como são os pouco consensuais dióspiros.
Eu adoro. Logo depois dos figos, estão no meu top5 de frutas preferidas.

São tantos que me chegam das árvores da minha mãe que não tenho como escoar. Assim, resolvi tentar incorporar numa fornada de muffins.

Calculei as medidas de acordo com algumas receitas que uso habitualmente e gostei do resultado. A massa ficou macia, ligeiramente húmida e não excessivamente doce.

O que usei:
2 chávenas farinha com fermento
1/2 chávena açúcar
1+1/2 chávena polpa de dióspiro
1 colher chá fermento
1 colher sopa canela em pó
1 ovo
2 iogurtes naturais

Como fiz:
Juntei os ingredientes secos numa taça. Noutra taça, envolvi os ingredientes líquidos. Misturei tudo e enchi as formas de silicone. (Ainda não estou convencida das vantagens deste material).
Levei ao forno pré-aquecido a 200º cerca de 20 minutos.
Deixei arrefecer e desenformei.

quarta-feira, setembro 28, 2011

Jantares com Ordem



Ontem tive folga na cozinha.
O jantar foi no Casino. Depois do encerramento do ciclo dos Jantares com História, eis que surge uma nova série de jantares, desta vez dedicados às Ordens.
Para início, a Ordem dos Médicos com o seu bastonário José Manuel Silva e uma homenagem a vários médicos da região centro.

Na continuidade dos anteriores jantares, o Chef Hélio Loureiro continua a ser responsável pela elaboração das ementas.
Sempre com uma exposição interessante e de estudioso, o chef explicou a ementa de ontem, fazendo referência ao médico/ escritor transmontano Miguel Torga, que exerceu a sua profissão em Coimbra. Inspirações transmontanas neste primeiro jantar que continua a ser um Jantar com História.

A comida extremamente bem confecionada, o ambiente elegante e a companhia simpática (o sexteto já habitual ;) contribuíram para uma noite maravilhosa.

Os Descobrimentos vistos do lado de lá

segunda-feira, setembro 26, 2011

Sopa do Mar




O fim de semana foi diferente do habitual porque houve prolongamento da semana de trabalho: Jornadas Europeias do Património. Contudo, é um prazer ter um trabalho assim, em que estou com entusiasmo, com vontade, com alegria! Quantos podem dizer o mesmo?
Ainda assim, com três dias a "Tocar no Património" ainda houve tempo para dar notas na cozinha.
Com cantaril fresquinho lembrei-me de fazer uma sopa do mar (tantas vezes repetida). Esta especialmente spicy, devido a meia malagueta vermelha que coloquei. Ao ponto das as meninas tossirem um bocadinho! Ups! Mas a F. não queria largar a colher.

quinta-feira, setembro 22, 2011

3 x pasta







Três propostas de pastas que estavam em arquivo pré-férias.
Todas elas com a versão com e sem parmesão, de acordo com as preferências do par que as degustou: G&G.

A primeira, um penne com molho de tomate, pimentos vermelhos e pancetta.
A segunda, um esparguete com molho de tomate, tomilho e queijo brie aquecido.
A terceira, um linguine com tomate cereja, presunto e salicórnia.

Tudo soluções rápidas e satisfatórias.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Vila - Sabores da cozinha algarvia















A melhor experiência gastronómica destas férias foi o jantar no
Vila Lisa!

No meu aniversário o meu amigo P. deu-me o livro do José Vila, Sabores da cozinha algarvia, com prefácio de Miguel Sousa Tavares e António Pedro Vasconcelos (nessa noite também lá estava).
Mais do que uma cozinha de autor, é um livro sobre comida regional. A algarvia que é muito mais do que o peixe grelhado com que somos presenteados por aqueles lados.
Para além disso, é um livro muito bonito em termos gráficos. Com uma fotografia fantástica, onde claramente se pode descobrir a sensibilidade artística do José Vila, ainda que não seja ele o autor das mesmas. Com toda a certeza teve um papel fundamental na produção, na encenação, na disposição dos elementos...

Ir ao Vila é de facto ir ao encontro do que mais genuíno poderá haver na cozinha algarvia. Uma experiência inolvidável.
Ao entrar na povoação, cedo se descobre aquela adega, de janelas escancaradas e mesas corridas. Uma simplicidade elegante que transparece em todos os pormenores. A decoração e a pintura de José Vila dão um ar boémio. Partilhar a mesa com quem está e aceitar a comida que vem para a mesa, sem qualquer escolha, faz-nos sentir numa tertúlia, numa aventura única.
E os pratos vão chegando, e o deslumbramento vai acontecendo. Porque ali há essencialmente o respeito pelos produtos e pela tradição.
Tiborna
Batata de molho frio
Xarém de lingueirão
Raia de alhada
Choco com ervilha e batata doce
Pernil de porco
Sopa de grão de bico e rabo de boi com hortelã
Queijo de figo
Biscoitos
Vinho
Aguardente
Café de cafeteira (maravilhoso)

A generosidade de José Vila transmite-se na assinatura que coloca no livro e na conversa amena e interessada de quem quer de facto saber porque se foi ali.

terça-feira, setembro 20, 2011

Os livros das férias









As férias permitem ler quase sempre mais do que é habitual. O que nem sempre é uma verdade absoluta. Pelo menos no meu caso...

Acho graça às listas que se fazem com recomendações de leituras de verão. Como se no resto do ano não fosse possível o espaço para a leitura.
Desconfio sempre dos que dizem que só têm tempo de ler nas férias. Tempo?! O tempo é o que quisermos fazer com ele. Depende das prioridades. Podemos não ter vontade, não ter esse espaço porque queremos fazer outras coisas. Mas tempo temos. Eu tenho. Ou porque abdico de duas horas à frente da televisão; ou porque mando vir as compras pela net e já não perco tempo no supermercado; ou porque não vou ao ginásio... Faço com o meu tempo o que entendo e preciso. E ler é uma necessidade, um prazer, um hábito de todos os dias.

Estes foram os livros destas duas semanas de férias, intercalados com outros dois de culinária que ficam para mais tarde! Porque afinal é de culinária que é suposto eu escrever...

segunda-feira, setembro 19, 2011

Regresso











As férias terminaram.
Tempo de voltar ao trabalho, à cozinha, à realidade boa de todos os dias.

Enquanto preparo a imagem da "Panela...", aproveito para colocar alguns apontamentos dos dias de descanso e algumas receitas que ficaram em arquivo.

sexta-feira, setembro 09, 2011

terça-feira, setembro 06, 2011

Out of office



Ao contrário da maioria das pessoas, não costumo fazer férias em Agosto. Enquanto o calendário das meninas não me obrigar a tal, Maio e Setembro continuam a ser os escolhidos para uma pausa no trabalho.

Depois de Praga em Maio, só com o G., segue-se o de sempre, com a família. Estamos por aqui, como todos os anos, divididos entre a praia e a piscina. E nas palavras da pequena L: "Isto é que é vida".

Ainda não tenho saudades da cozinha. Mas já tenho muitos planos relativos a ela para o regresso.
Nomeadamente, o "nascimento" do Panela sem (de)pressão. Não se trata de cortar o cordão com os Niveladores, mas sim pensar num blog unicamente dedicado à minha mesa.
Até breve!

quinta-feira, setembro 01, 2011

Jantar "A vida é bela" - II






















É agora tempo de descrever a ementa do "Jantar a vida é bela".
Não deixa de ser curioso que este jantar para uma amiga que a vida me trouxe com este blog, seja inspirado em outros blogs que fazem parte do meu quotidiano.
Já não imagino os meus dias sem estas visitas virtuais a cozinhas, mesas e vidas de pessoas que me inspiram. E não me inspiram só com a comida, já é mais do que isso. É encontrar coisas em comum. Um livro que se leu e que também gostamos, ou uma viagem que se fez e que é a nossa viagem, um pensamento que se cruzou, ou até as louças portuguesas que apreciamos!

Mas vamos ao jantar.

Inspiradíssima numa sugestão muito recente da Ilídia, decidi fazer os bombons de farinheira e requeijão. Usei farinheira de Quiaios, ou não estivéssemos nós na Figueira da Foz. Para cobertura usei sementes de sésamo, sementes de papoila e coco. Como não gosto de requeijão nem farinheira, fiz uma pasta de anchovas para fazer companhia aos convidados.

Preparei uma sopa fria, um pequeno shot de melancia e tomate, também ele inspirado na visita que faço à Laranjinha. Não usei pepino, e substitui o vinagre pelo de framboesa.

Seguiu-se uma salada de polvo, a que poderia chamar tropical, pois o seu sabor ficou um bocadinho diferente da típica salada de polvo. Depois de cozido e limpo de pele e tentáculos, cortei em pedaços muito pequenos, juntamente com todos os outros ingredientes: cebola, pickles de cenoura, couve flor e pepino e acrescentei pimento vermelho e abacaxi. Temperei com azeite, flor de sal, vinagre de framboesa e polvilhei com coentros.

Para prato principal, um magret de pato com redução de morangos.
Temperei os magrets com sal, pimenta e noz-moscada. Fiz golpes na pele e deixei em temperatura ambiente cerca de uma hora. Aqueci uma frigideira anti-aderente e comecei a selar a carne, primeiro do lado da pele, cerca de 7 minutos até ficar crocante, depois virei e deixei ficar cerca de 5 minutos. Conservei no forno aquecido no mínimo. Servi com uma redução de morangos com vinho do Porto e preparei puré de maçã.
Para este, nada mais que um pouco de manteiga e água.


Para sobremesa, uma panna cotta de chocolate que vi aqui. Pensei em usar avelãs e já tinha a ementa impressa quando dei conta que já não havia avelãs. Substitui por amêndoas que torrei.
Confesso que não me entusiasmou. E eu adoro chocolate. Prefiro a panna cotta simples, com um molho ou frutas.

Para acompanhar o café, um apontamento imprevisto: brigadeiros que a minha amiga A. me ofereceu durante a tarde. Então há que partilhar esta dádiva com quem também é amigo. E tudo parece fazer sentido e ter uma linha condutora.

Os convidados trouxeram o vinho daqui, e foi muito bem recomendado. A ligar perfeitamente com a ementa.
S. decoraste os nomes?

Foi um jantar agradável.
Foi uma noite bonita!

Jantar "A vida é bela"






Hoje foi noite de jantar "A vida é bela". Chamei-lhe assim porque é a expressão que mais vezes ouço da boca da S. E o jantar foi dedicado a ela, e também ao A.
Conheço a S. há pouco tempo, mas neste caso o tempo tem pouca importância porque há um mundo de coisas que nos aproximam. Mas mais importante que tudo, eu gosto da S. por ela ser tão de bem com a vida. E é bom sermos gratos pela vida. Sim, ela tem razão, a vida é bela.

Por hoje, e porque o jantar passou para além da hora convencional, fica apenas a ementa (clicando na fotografia será mais fácil ler :)