Cerca de 600 mil (nunca vi tanta gente a assistir a um evento nacional) pessoas estiveram a assistir nas margens do Douro, no Porto e em Gaia, à oitava prova do campeonato do mundo da Red Bull Air Race, uma adesão que o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos, classificou de «esmagadora».
«Está a ser um espectáculo fantástico, numa cidade e num país lindo e com um público entusiasta», disse Paulo Campos, em declarações aos jornalistas.
«Temos excelentes pilotos e está um sol radioso», disse congratulando-se com o facto de o evento reunir «num só dia um número tão fantástico».
Garantiu o apoio do Governo para manter a prova no Porto nos próximos dois anos, mas realçou que a decisão final cabe a organização.
Em relação à polémica surgida em torno da segurança do evento, o secretário de Estado escusou-se a entrar em polémicas, garantindo, contudo, que «foram asseguradas desde a primeira hora», pela organização e pelas autarquias, «inequívocas condições de segurança para o público».
As pessoas amontoam-se em todos os locais com vista para o Douro, formando uma moldura humana que surpreendeu o secretário de Estado das Obras Públicas, mas também a organização que conseguiu superar as expectativas.
A maioria dos fãs começou a chegar hoje de madrugada, de todo o País, em excursões, por meios próprios ou de transportes públicos.
À hora do almoço, as lancheiras, as marmitas abriam-se, deixando adivinhar os menus. Bolinhos de bacalhau, lombo assado, coelho frito e até salada de alface feita na hora para ficar «mais fresquinha».
Os piqueniques aconteciam à beira da estrada, nos jardins ou até nos parques de estacionamento, para fugir ao calor intenso que hoje se sente no Porto.
Maria Augusta, de 65 anos, veio de Sobral de Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém, numa excursão, com a família e apesar de evitar sair da sombra do parque de estacionamento, manifesta-se apreciadora deste desporto aéreo, até porque o marido e a filha fazem parte da direcção de um aeródromo.
Lurdes Soares, de 69 anos, e Deolinda Santos, de 74, vieram de Tomar, também numa excursão.
«Isto é bem bonito, ainda há gente que sabe fazer coisas bem feitas», admirava-se Deolinda Santos.
Ricardo Quintas, a namorada e os amigos chegaram as 07:00 de Castanheira de Pêra.
Chegaram cedo, mas nem assim garantiram um bom lugar para ver os aviões, tendo por isso optado por ir descansar para uma sombra.
Melhor sorte tiveram João Fernandes e os amigos, que chegaram também »muito cedo« de Valença do Minho.
NOTA: Por curiosidade, Porto tinha batido o recorde do mundo, ao nível da assistência nas qualificações
Diário Digital / Lusa
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