As notícias vão chegando a conta-gotas. As que me interessam, está claro, as dos meus alunos (um aluno nunca chega a ser ex-aluno, quando muito passa também a ser amigo). E, em geral, são boas notícias. A L. vai para Lisboa, estudar medicina. A A.R. segue para Braga, para relações internacionais (preferia comunicação social). A encantadora F. será também uma futura médica. A P. entrou em design, enquanto a escola de canto não está disponível. A A., tão linda e sorridente como inteligente, surpreendentemente não entrou. Mas tinha opções muito reduzidas e prefere esperar mais algum tempo. Fez bem. E o J.? E o P., bons alunos e ainda melhores nadadores? E de Murça? Ainda não tenho notícias. Para já, ninguém para Coimbra. É natural, lá de cima ou querem o Porto ou, se é para ir para longe, que seja a capital. Mas falta a I., que sempre quis Coimbra, Coimbra, Coimbra.
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Também óptima notícia, não sobram vagas lá para os lados do Pólo 2. Excelente!
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Média de História a roçar o 10. Mais valia diminuirem as vagas. Belos historiadores que dali vão sair. Bom, na verdade, são poucos os que saíram dali para serem historiadores. Em Portugal isso não é considerado profissão, o que não deixa de ser estranho num país com tantos séculos de História e tão orgulhoso do seu passado (também, comparando com o presente vergonhoso, poucos passados seriam embaraçosos). Vamos dando aulas, repetindo "verdades" que, em muitos casos só o são para quem fez o programa e os manuais. Outros optam pela via académica, resignados ao facto de ser obrigatória uma carreira académica para quem quer investigar e escrever sobre História. Outros, os mais ajuizados, fogem destas opções como o diabo foge da cruz. Fazem bem. Eu só lamento não ser como eles, não ter a coragem e a capacidade para fazer outra coisa. Eu bem queria ser como o Raúl, mas o talento não acompanhou a vontade...
1 comentário:
Enquanto houver universidades de faz-de-conta, como são as privadas e até algumas do estado, continuará a haver licenciados que pouco ou nada percebem da sua licenciatura. Há universidades a mais neste país! O ensino superior privado já deu vezes e vezes provas da sua incompetência. Licenciaturas escandalosas como a do PM, casos vergonhosos de direcções corruptas (Universidade Portucalense), facilitismo avassalador e profissionais com credenciais dúbias, tudo isto parece não chegar para se encerrar de vez esses antros de incultura que vomitam diplomados de tuta e meia, de uma boçalidade gritante, mas que estão convencidos que são do melhor que há.
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