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quinta-feira, agosto 28, 2008

"A revista "Spectator" informou na passada semana que 4 em cada 5 toxicodependentes na Grã-Bretanha dependiam do Estado Social. Iguais números podem ser encontrados quando falamos da grande criminalidade, sobretudo urbana e sobretudo adolescente: um Estado tentacular, que concede esmolas sem exigir nada em troca, apenas gera o tédio inevitável da natureza humana. E, com o tédio, vem o pior de nós. Por isso espanto-me com as análises que li sobre a famosa Quinta da Fonte. Os últimos tempos proporcionaram tiroteio entre ciganos e pretos? Parece que sim, embora tenha havido certa relutância em admitir o facto: o "racismo", por definição, não pode existir entre duas "raças" que são igualmente vítimas do "homem branco".
Infelizmente, o mundo é sempre mais complexo do que a fantasia. E, a juntar ao ódio profundo que rabeia entre as minorias, seria interessante verificar a parcela de moradores, e especialmente de moradores envolvidos nos desacatos, que vivem do Estado Social: uma classe parasitária que, sem auto-estima e auto-respeito, tem tempo e oportunidade para se dedicar a vidas esquálidas de droga, álcool e delinquência.
A juntar a esta insidiosa cultura de dependência, promovida pelo Estado em nome de um abjecto ideal igualitário, basta olhar para o cenário pós-apocalíptico onde esta gente vive: não é preciso citar os clássicos, a começar por Vitrúvio, para saber que os edifícios influenciam decisivamente os nossos comportamentos sociais. Digamos apenas isto: a "construção social", essa grande conquista de Abril que esvaziou e degradou o miolo das nossas cidades, criou guetos imundos na periferia: espaços de desolação estética onde difícil é não pegar numa arma."

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