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segunda-feira, agosto 18, 2008

"Oh, what's in a name?"

As palavras mudam. O seu sentido inicial, com a passagem do tempo, vai-se perdendo. Noutros casos, a palavra enriquece, passando a significar muito mais. Seja como for, é muitas vezes dificil fazer essa arqueologia, percorrer o caminho inverso e, a partir do que sabemos hoje de um termo, encontrar a sua origem.

O mesmo acontece com os nomes. O seu uso cristalizou-se e hoje, quando chamamos alguém, já não estamos a fazê-lo com a consciência do seu primeiro significado. O uso e desuso dos nomes deve-se muito a figuras públicas que os pais admiram ou detestam. Um herói pode aumentar a popularidade de um nome quase esquecido (veja-se o caso de Fitzgerald, mais à frente). E, claro está, há nomes que vão caindo em desgraça: o número de Adolfos é cada vez menor; Hoover só foi popular no início da governação do presidente Hoover (até ao advento do Crash de 1929). Entre nós, presumo que sócrates (um nome antes ligado à sabedoria, mas hoje imediatamente associado à ignorância, ao mais puro oportunismo e, quer-me parecer, a uma preocupante demência alucinatória) não será dado a qualquer criança nos próximos cem anos...

Voltando aos nomes de boa memória, Winston teve o seu pico de popularidade, obviamente, durante a II Guerra Mundial (mesmo em dados dos EUA), como Franklin (primeiro nome de Roosevelt) teve um período áureo que coincidiu com a Grande Depressão. Em escalas mais reduzidas, temos os Elvis de meados dos Anos 50, o curioso caso de Fitzgerald, que surge e desaparece com JFK. Paul e John, por exemplo, tiveram os seus pontos altos por volta de 1963-64, provavelmente consequência do êxito dos Beatles, e desde então entraram em decadência. De 1940 a 1952, James foi o nome de rapaz mais popular nos EUA. Entre as meninas, Mary foi o o nome mais popular entre o final do século XIX e 1946, voltando a essa posição entre 1953 e 1961. Hoje mal se aguenta entre os 100 primeiros.

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