O fim do Independente é uma má notícia. Com o seu desaparecimento, perdemos um jornal com muitos defeitos, mas que era o jornal que fazia juz ao nome, Independente. Essa independência e liberdade estava bem patente até numa característica que seria, à partida, negativa: o Independente assumia as suas posições políticas, tomava partidos. Os outros jornais também o fazem, basta folheá-los. Mas este era o único a declará-lo, a não se esconder sob uma ilusória capa de imparcialidade.
Sem o Independente (o Indy como lhe chamavam os amigos), resta-nos uma imprensa que, na maioria dos casos, se limita a transcrever a Lusa e a aborrecer-nos com os seus "assuntos" do dia, com a sua irritante linguagem e postura de pretensa superioridade moral.
Parece que, entretanto, vem aí um novo semanário. Chamado Sol, nome que não augura muito de bom, diga-se de passagem. Dirigido pelo antigo director do Expresso, o que também não me parece garantia de grande novidade. Sai um expresso, se calhar sem o saco de plástico. A propósito de Expresso, parece que vai ter um novo visual. E parece que oferece uns dvds interessantes. Vale a pena, se não tiverem os filmes... O primeiro é o Lost in Translation. Comprem, abram o saco, vejam o filme e leiam a crónica do Pereira Coutinho. Depois, folheiem o resto do jornal e suspirem de saudade e tristeza pelo fim do Independente...
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