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quarta-feira, dezembro 31, 2008

Dylan's secret

Barbara Allen






Twas in the merry month of May
When green buds all were swelling,
Sweet William on his death bed lay
For love of Barbara Allen.

He sent his servant to the town
To the place where she was dwelling,
Saying you must come, to my master dear
If your name be Barbara Allen.

So slowly, slowly she got up
And slowly she drew nigh him,
And the only words to him did say
Young man I think you're dying.

He turned his face unto the wall
And death was in him welling,
Good-bye, good-bye, to my friends all
Be good to Barbara Allen.

When he was dead and laid in grave
She heard the death bells knelling
And every stroke to her did say
Hard hearted Barbara Allen.

Oh mother, oh mother go dig my grave
Make it both long and narrow,
Sweet William died of love for me
And I will die of sorrow.

And father, oh father, go dig my grave
Make it both long and narrow,
Sweet William died on yesterday
And I will die tomorrow.

Barbara Allen was buried in the old churchyard
Sweet William was buried beside her,
Out of sweet William's heart, there grew a rose
Out of Barbara Allen's a briar.

They grew and grew in the old churchyard
Till they could grow no higher
At the end they formed, a true lover's knot
And the rose grew round the briar.

canção popular, provavelmente de origem escocesa ou irlandesa, referenciada desde o século XVII.


Existem várias versões, aqui compiladas:

terça-feira, dezembro 30, 2008

domingo, dezembro 28, 2008

Os hinos dos grandes (Benfica, Sporting, Académica, Belenenses e Porto), no maisfutebol.
*
E em primeiro lugar está Luís Piçarra (adoro a parte das papoilas saltitantes):

 Luis Piçarra - Hino do Benfica

Em algumas coisas estamos ao nível da Espanha (ou "melhor")

"Yo no sé durante cuánto más tiempo tendrá sentido que escribamos artículos los que los hacemos, pero me temo que es un género al que le queda poca vida. Tal vez desaparezca sólo a la vez que los periódicos, al menos los de papel impreso, pero también es posible que le llegue antes su hora, dado el número creciente de lectores que no sabe entenderlos o -lo que es aún más deprimente- no está dispuesto a entenderlos, no le da la gana de hacerlo. Entre los que no saben se cuentan cada vez más jóvenes, como ponen de manifiesto los informes PISA y demás encuestas sobre la enseñanza, según las cuales va siempre en aumento la proporción de estudiantes incapaces de comprender un texto breve, no digamos de resumirlo. Y es de suponer que, cuando dejen atrás sus estudios y ni siquiera tengan que ejercitarse ni examinarse, los comprendan aún menos, por lo que la población adulta futura será analfabeta en la práctica: sabrá leer palabras sueltas, pero no las entenderá combinadas, y sobre todo no entenderá los conceptos, los razonamientos ni las argumentaciones, ni podrá detectar una contradicción ni una incongruencia. Habrá excepciones, claro está, y serán ellas las que manejen el cotarro, porque en contra de lo que muchos jóvenes y pedagogos creen -que no sirve de nada aprender lo que no va a utilizarse profesionalmente-, quienes tengan una cabeza estructurada seguirán siendo los sobresalientes del mundo. El que sepa latín -”una pérdida de tiempo”- y matemáticas -algo “casi innecesario”, con las máquinas calculadoras- sacará una ventaja insalvable a sus especializados contemporáneos."

sábado, dezembro 27, 2008

*Baseado em factos verídicos

Sem saber como lá fui parar, a verdade é que dei por mim numa loja de artesanato, algures na Galiza. Pelo menos julgo que é a Galiza. A vendedora fala castelhano, mas mesmo assim pressinto que estou na Galiza. Pergunto por um qualquer objecto. O vendedor (que aconteceu à vendedora?) diz-me que não tem, que já teve, mas que agora deixou de receber. Creio que se trata de réplicas de estatuetas pré-históricas, como aquela gordinha de Willendorf. Mas também poderia ser uma escultura medieval, a memória ficou algo turva. Tiro um cartão do bolso, na minha boa vontade de tentar ser útil. Entrego-o ao vendedor. Falo um castelhano péssimo, mas faço-me entender. O cartão tem o contacto de um fabricante de estatuetas, português, que recomendo ao vendedor.

O homem olha-me e agradece, mas que tem receio de contactar com ele. "Porquê?", pergunto eu. "Não sabe que este homem agora vive com um taxista?", e mostra-me uma fotografia do artista (que eu reconheço, embora não me lembre de alguma vez o ter visto) de camisa amarela, ao lado de um outro homem, de camisa florida, azul-bebé, encostado a um carro, que seria o dito taxi. O absurdo da situação escapou-me, na altura, e aceito o argumento do vendedor com naturalidade, não sei bem porquê.

Tento ajudá-lo a contornar a sua dificuldade, perguntando se não teria na loja alguém em quem confiasse, que pudesse estabelecer o contacto por ele. Passa a vendedora que vira inicialmente e o vendedor aponta para ela. Mas não parece muito convencido. Será que não confia nela? Mas que confiança especial é necessária para fazer (provavelmente por telefone) uma simples encomenda? Estas dúvidas, porém, ponho-as agora, em que tudo me parece absurdo, não na altura.

O silêncio é cortado por uma música que surge do nada e invade a loja, crescendo. Abba?!




Sábado de manhã. Os Abba cantam a partir do telemóvel pousado na minha mesa-de-cabeceira. Onde estava eu com a cabeça para pôr semelhante toque? E o relógio a dizer "é tão cedo" na sua linguagem de algarismos.

Olho para o visor: Cátia. A minha prima. Mas que me quer ela a esta hora?

"Estou?"

Eu sou mais directa, e com uma voz ensonada e muito irritada, limito-me a "Diz!"

"Acordei-te?"

Só me faltava esta. Claro que acordaste... "Diz!!", agora num tom mais duro.

"Podes ir ter ao meu carro? Tocou aqui uma senhora a dizer que o marido me bateu no carro. Eu bem sentia que ele não tinha ficado ali bem."

"Ali" era o fim de uma curva, onde sempre ficaram carros estacionados sem qualquer problema. Mas a minha prima, desde o momento em que puxou o travão de mão e trancou o carro que o sentiu mal estacionado. E, pelos vistos, tinha razão.

"Já lá vou ter."

Visto-me à pressa, prendo o cabelo, calço umas sapatilhas e saio a correr. Junto ao carro da minha prima está outro carro, quatro piscas ligados, duas crianças no interior e um casal cá fora. Deviam ter cinquenta anos, ou pelo menos vestiam-se como tal. Ou foram pais muito tarde ou os putos são emprestados (na melhor das hipóteses), porque são ainda pré-adolescentes.

Da minha prima nem sinal.

"A menina é a dona do carro?"

"Não, sou a prima da dona."

A mulher olha para mim com ar irritado. Isto de facto soou um pouco mal.

"Sou mesmo a prima da dona, ela ligou-me para vir também, deve estar aí a chegar."

Olho para trás, mas nem sinal da minha prima. O rosto da senhora amenizou-se, mas mantinha um ar de preocupação. O marido olhava para a amolgadela que tinha no carro dele, depois olhava para o carro da minha prima, intacto, e voltava para a amolgadela. Não consegui perceber se ele estava aliviado ou irritado, porque o seu rosto tinha a expressividade de um actor de novela portuguesa.

"Olhe, a culpa é toda minha", começou a contar a mulher, agitando muito as mãos enquanto falava. "É minha porque vinha a conversar com o meu marido, a dizer-lhe para ele ter cuidado, ainda há pouco ouvimos na rádio falar de um acidente e eu vinha a dizer-lhe 'vai com atenção', porque hoje em dia todo o cuidado é pouco e é preciso mil olhos e mesmo assim as coisas acontecem..."

Começo a compreender a causa do acidente. Com tanto palavreado até eu começo a perder o norte.

"... e ele até nem tem o hábito de acelerar, é muito cuidadoso, mas é distraído, e já não é a primeira nem a segunda vez que apanhamos um susto. Claro que às vezes são os outros, anda por aí muita gente que não devia ter carta, são uns criminosos, mas a esses a polícia não vê, mas a nós ser for preciso mandam logo parar e vasculham tudo na caça da multa."

Interrompo-a. "Vem lá a minha prima." E, de facto, lá vinha. Mas não parecia vir de casa, parecia que passara ainda pelo cabeleireiro e pela esteticista. Não admira que tivesse demorado esta eternidade. É que a minha prima é do género de rapariga que põe baton e perfume antes de fazer um telefonema. Bom, eu cá costumo tirar os óculos, mas já é um reflexo condicionado...

Com a chegada da minha prima, a senhora (após as necessárias saudações) recomeça o seu conto, por outras palavras, mas que me dispenso de transcrever aqui na íntegra, preferindo ir directamente ao assunto (as reticências representam longas divagações sobre o tema colocado entre parêntesis):

"Quando o meu marido vinha a fazer a curva ... (velocidade) eu vi o carro estacionado (estacionamentos e multas; "não leve a mal, menina, que o seu está bem estacionado, e blá blá blá) e gritei "cuidado" ... (histórico de todas as situações anteriores em que o grito de cuidado foi fundamental para a salvação de inúmeras vidas) e o meu marido assustou-se ... (aqui a senhora, não sei bem por que caminhos, chegou à história de uma vizinha que caíra das escadas) e deu uma guinada para se desviar, mas pensou que eu tinha visto um carro a vir em sentido contrário ... (o sol da manhã e o uso de óculos escuros; o preço das consultas de oftalmologia; as listas de espera) e em vez de se desviar para o meio da estrada, desviou-se para a berma e bateu no seu carro, menina."

Terminado o longo relato, fomos ver os estragos. De acordo, os senhores foram honestos e sérios. Poderiam muito bem ter ido embora sem dizer nada, como a maioria faz. Mas a verdade é que, neste caso, realmente poderiam ter ido embora, porque os danos no carro da minha prima só podiam ser detectados com recurso a lupa. Tenho a sensação que ela nunca daria conta que aqueles riscos (ténues como algumas gravuras de Foz-Coa) ali estavam.

O senhor sugeriu o preenchimento dos papéis amigáveis. A minha prima, no entanto, teve o bom senso de sugerir que não valia a pena o trabalho. Os estragos no seu carro eram mínimos, por isso não valia a pena envolver as seguradoras no caso. "Cada um trata do seu", rematou.

Quando pensei que tudo estaria resolvido, eis que toca o telemóvel do senhor. Este, como não podia atender, passa-o à mulher "é a tua irmã" e volta a olhar, comovido, para os ferimentos do carro. As duas crianças dão sinal de vida e decidem sair para ver os estragos. A conversa da senhora ao telemóvel arrisca-se a acordar a vizinhança. Naquele tom, poderia falar directamente com a pessoa, sem recurso a máquinas. Olho em volta e deparo-me com o vizinho do terceiro esquerdo a espreitar da janela e a vizinha do segundo direito do prédio da minha prima a olhar debruçada no gradeamento da varanda, acabada de acordar. E, no prédio em frente (ou seja, no meu), o palerma do engenheiro a olhar para a vizinha do segundo direito, logo ele que é tão metediço e se costuma envolver nestas questões públicas. Hoje, que até dava jeito que viesse até cá, fica pasmado a olhar para os ombros nus e o colo de bronze da sedutora Julieta.

“Ai, a sério? Morreu? Mas como?” – ouço a mulher dizer ao telemóvel, antes de se virar para o marido e “o Ernesto morreu.”
“Qual Ernesto?” O homem continuava de olhar preso nas amolgadelas.
“O meu primo, o filho da minha tia Ermelinda.”
“Ah, está bem.”
Pausa. Olho para a minha prima. A minha prima olha para mim. As crianças olham para a mulher, a mulher para o marido, o marido para o carro. Finalmente, o marido liberta-se do transe e pergunta “e morreu como? Estava doente?”
“Não. Matou-se, vê lá tu.”
“Matou-se?”
“Sim, foi para o meio do monte e matou-se, enforcou-se numa oliveira ou lá o que é.”
“Olha que chatice.”
Continuo a olhar para a minha prima e ela para mim. Isto não está a acontecer. Definitivamente, não está a acontecer. Estava eu tão bem a dormir.
A mulher termina a conversa ao telemóvel, desliga-o, devolve-o ao marido e vira-se para as crianças.
“Já viram que desgraça, meninos? Foi o acidente, agora esta notícia da morte do primo Ernesto. E nós que saímos de casa descansados, para ir ver a avó ao cemitério.
“Bom, esperavam mais uns dias e viam também o Ernesto”, pensei eu. Mas não disse.

domingo, dezembro 14, 2008

senilidade em acção II

As faltas dos deputados são uma trivialidade, segundo mário soares. Presume-se que as dos restantes portugueses não o sejam. A afirmação não deixa de ter um fundo de verdade. É que, tendo em conta a sua (in)utilidade, pouco importa se os deputados estão ou não a cumprir o seu horário de trabalho. A grande maioria deles poderia, sem grande prejuízo (e, creio, até com alguns benefícios) ser substituída por macacos amestrados, que se levantariam para a votação a um sinal do tratador e guinchariam em jeito de protesto a outro sinal do tratador. Poupava-se nos salários e nas ajudas de custo e a população não ia perder representatividade. Podíamos, até, em nome da tradição, adestrar uns quantos símios para assinarem de cruz o livro de presenças e saírem para a sua outra ocupação: consultor de uma empresa de construção civil ou de um banco, redactor da readers digest, membro de claque, laureado com nobel da literatura, secretário de estado da educação, samuel etoo ou, com fato adequado e diploma domingueiro, primeiro-ministro de Portugal (espera, esse galho já está ocupado...).
O que não deixa de ser curioso nas palavras de soares é o facto de o velho dinossauro defender a necessidade de uma pedagogia que explique aos Portugueses a importância do parlamento. Creio que isso diz tudo.
A senilidade em acção.

Notícia que a RTP não passou

Do Correio da Manhã: "A cena mostra até que ponto chegaram as relações entre a Comunicação Social e o Governo socialista. A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi ao Centro Nacional de Cultura apresentar o plano de combate à sida nas escolas.
Como tem sido hábito neste Governo, o acontecimento tinha a pompa e a circunstância do costume. Acabada a cerimónia, com os inevitáveis discursos da praxe, Ana Jorge pôs-se à disposição dos jornalistas para responder a mais algumas questões sobre aquela matéria. Acontece que Ana Jorge não estava sozinha. Estava acompanhada de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, que, como se sabe, tem andado na berlinda devido à guerra com os professores.
O jornalista da RTP aproveitou a ocasião e tentou naturalmente fazer uma pergunta a Maria de Lurdes Rodrigues sobre o assunto. Foi então que Ana Jorge saltou indignada com o comportamento do jornalista: 'O quê? O senhor não sabe o que está combinado? Que hoje só se pode fazer perguntas sobre esta cerimónia e sobre o plano de combate à sida nas escolas? Ainda por cima é a RTP, a televisão pública, a fazer uma coisa destas. E, depois, logo à noite, não sai a reportagem.' Assim vão a informação e o poder neste País."

Investigação: os eleitores que consideram sócrates um homem deslumbrante I
















versões para a fã número 1



Constatações

Caso Mr Cash voltasse à Terra e este concerto fosse no Portugal de 2008, não teria na assistência um único português de colarinho branco.

John Lennon - Working Class Hero

No, no iba a haber goleada. Mientras Raúl siga de pie

El día que se vaya, quien presida la Comunidad de Madrid deberá declarar una semana de Fiesta Oficial en su honor y homenaje. Lo que hizo ayer Raúl en el Camp Nou al frente de un Madrid diezmado lo merecería. Estuvo enorme, espectacular, generosísimo, acertado en casi todas las acciones de enganche que le reservaba el partido: fue un grandísimo líder. Si le cae a él la pelota que le cayó a Drenthe en la primera parte se arma, se lo digo yo. (...)
No, no iba a haber goleada. Mientras Raúl siga de pie, el Madrid perderá o ganará. Incluso empatará. Pero jamás de los jamases caerá destrozado y menos contra el Barça.
En casta, vergüenza torera y respeto al club y a sus aficionados, el Madrid es indestructible Raúl mediante. En nombre de todos ellos, que seguro me dejan representarles en estas líneas, gracias por todo capitán. Perdiste un partido, está por ver si una Liga (y si se pierde, con 31 en el armario de urgencias ni una), pero te diste el gustazo de dirigir a un equipo que puso de los nervios al rival durante 83 minutos y cayó porque Puyol le ganó un salto a Ramos ... Perdió el Madrid porque no tenía futbolistas para más, sobre todo arriba. Con sólo Robben no hubiera perdido, seguramente. Pasó lo lógico, pero el Madrid está volviendo y queda un mundo.
(Tomás Guash, AS)
(...)
Your back's not straight like before,
You really shouldn't carry me no more,
I'm much too heavy for you,
I'm really quite a mess,
Yes, we just don't care anymore,
We're crooked and we're cut to the core,
We're just not there anymore,
But we really don't care, do we?
No, we couldn't care less...
We couldn't care less...
Could we?
(The Cardigans - We couldn't care less)

sábado, dezembro 13, 2008

Os artigos de Fernanda Câncio sobre educação (sempre do lado do governo) são um retrato perfeito do jornalismo político português: uma cadelinha muito fiel ao dono.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

recebido por mail

Hipóteses

Real Madrid: Roma, Panathinaikos, Liverpool, Manchester, Bayern e F.C. Porto
Barcelona: Lyon, Arsenal, Chelsea e Inter.

Sporting: Roma, Panathinaikos, Liverpool, Manchester Utd, Bayern e Juventus
F.C. Porto: Chelsea, Inter, Atl. Madrid, Villarreal, Lyon, e Real Madrid

(lista completa aqui)

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Números

* O Agrupamento de Escolas onde trabalho tem 133 licenciados (pelo menos) e 6 Professores com Bacharelato. Ou seja, são 133 pessoas com habilitações literárias superiores ao do primeiro-ministro de Portugal.
* 124 Professores têm menos de 44 anos.
* 71 Professores são contratados.
* 16 Professores têm menos de 30 anos (ou seja, menos de metade dos deputados que sofrem de alzheimer sazonal e não sabem qual o seu local de trabalho, sobretudo às Sextas-feiras).

terça-feira, dezembro 09, 2008

segunda-feira, dezembro 08, 2008

"Villarato. Calderón tiene amistades peligrosas (dentro y fuera de su casa) y así le va. Villar no parará hasta ver al Madrid hundido en la miseria y González Vázquez es un boina verde de su organización. Anoche se cebó como hace un león con la gacela en plena estepa. Dos goles ilegales del Sevilla (fuera de juego de Kanouté en el 0-1 y falta del malí a Cannavaro en el 1-2), dos penaltis hurtados a Higuaín, roja perdonada al heroico Palop y expulsión de Robben para evitar que el holandés haga pupa a su Barça en el clásico del sábado. El líder a nueve puntos, el Madrid atacado (y atracado) de los nervios y la reacción admirable de los blancos a hacer gárgaras. Los árbitros de Villar son así. " (AS)

Recebido por mail

"A actual Escola Pública está mais inclinada do que a Capela deSuurhusen: a opção por aulas de substituição está errada, se se obrigaum professor de Filosofia, por exemplo, a substituir um professor deMatemática; a introdução do Inglês no 1.º ciclo está errada, se osprofessores forem subcontratados no mercado livre, sem habilitaçõesadequadas e ensinando um currículo descontextualizado do programanacional; a promoção do computador Magalhães está errada, se se pedeaos professores do Ensino Básico que sirvam de vendedores depropaganda informática, pois são eles que tratam de todos ospormenores da venda do Magalhães, quando deviam estar ocupados apensar na melhor forma de o usar nas suas aulas; os critérios quenortearam o primeiro concurso de acesso a professor titular estãoerrados, se valorizam apenas a ocupação de cargos nos últimos seteanos, independentemente de qualquer avaliação da competênciapedagógica, científica ou técnica desses professores; a avaliação dodesempenho está errada, se estiver condicionada a parâmetros como osucesso, o abandono escolar e a avaliação atribuída aos alunos (se sequeria um modelo alternativo que não envolvesse uma correlação falsa -sucesso escolar dos estudantes = sucesso profissional dos docentes -,então recorria-se ao actual modelo das universidades portuguesas quefazem inquéritos anónimos anuais aos estudantes, por cada disciplina,e, nos casos em que se detectam problemas denunciados pelosestudantes, os professores em causa são convidados, construtivamente,a corrigir o que estiver mal, sem que com isso estejam a comprometer asua avaliação profissional); se se constrói um modelo de avaliação emque é possível delegar competências, não se faz tábua rasa do códigoadministrativo e se inclui subtilmente num Orçamento de Estado umacorrecção duvidosa para legitimar essa delegação de competências; sequeremos melhores professores, não se publica uma lei como oDecreto-Lei n.º 43/2007, que promove a iniquidade da formação de base,excluindo arbitrariamente uns licenciados e protegendo outros, sem queninguém entenda a filosofia do legislador; se se quer promover aavaliação entre pares respeitar a hierarquia das habilitaçõesacadémicas adquiridas, e não se monta um sistema em que um docente como grau de doutor ou de mestre pode ser avaliado por docentes com ograu de licenciado; em vez de promover a aquisição de uma maiorqualificação dos professores, embora se anuncie isso hipocritamente,não se publica uma Portaria como a n.º 344/2008, que privilegia aaquisição de mestrados e doutoramentos em Ciências da Educação comohabilitação adequada a quem se exige que demonstre depois umdesempenho excepcional em termos científicos na sua área deespecialidade"

domingo, dezembro 07, 2008

"Assim é impossível"

Escrevem hoje os jornalistas do As. Impossível não é, porque já antes foi assim (sobretudo há dois anos), mas vai ser difícil. Mas um Real Madrid cheio de lesões (sete titulares de fora nos últimos jogos, queria ver o que fariam outras equipas na mesma situação) e a jogar "mal" (na primeira parte, muito bem na segunda parte) só foi derrotado em casa (pela primeira vez este campeonato) pelo árbitro: dois penáltis por assinalar e a expulsão de Robben sem motivo (para além da posição mais que duvidosa de um dos jogadores sevilhanos no primeiro golo) são motivos mais que justificados para chamar o árbitro pelo nome: corrupto. Sim, porque corrupto é também aquele que, por vontade própria (e não por incompetência) prejudica uns em benefício (ainda que indirecto) da equipa do seu patrão, Villar, dono dos árbitros espanhóis e adepto do barcelona. Há dois anos foi assim, há dois anos o Real foi dado como morto e o barcelona como imparável. No final, a Liga foi de Capello e do Real. Este ano, a única diferença é que não está Capello, mas um incompetente alemão de bigode chamado Schuster. Será que isso irá fazer a diferença? Talvez. Em Maio se verá. Até lá...
Um fugaz rasgo de clarividência tombou do céu e caiu sobre josé sócrates. Este, dotado desse novo poder, olhou para os jornais e pensou: não posso confiar nestas sondagens, mas tenho de saber o que realmente as pessoas pensam de mim.
Assim sendo, deixou o fato cinzento da macmoda no armário e vestiu roupas normais, treinou o tom de voz para não ser reconhecido nem confundido com o cómico dos gatos fedorentos, e foi para o metro de Lisboa. No Campo Grande, entrou numa das carruagens e sentou-se ao lado de um homem que lhe pareceu representar o cidadão comum. Depois de ganhar a sua confiança em conversas de circunstância, ganhou coragem e perguntou: olhe lá, o que é que o sr pensa do primeiro-ministro josé sócrates?
O homem olhou para sócrates seriamente, mandou-o calar com o gesto e pediu-lhe para o seguir. Mudaram de metro várias vezes, saíram no Oriente, apanharam um comboio para o Entroncamento, daí para a linha da Beira Baixa, depois um autocarro para Viseu, de Viseu outro autocarro para Aveiro, de Aveiro o comboio regional (que tomaram em carruagens separadas) para o Porto e, do Porto, um autocarro para o Gerês. No Gerês, caminharam horas até um local, esquecido nas serranias, onde não houvesse rede de telemóveis, nem hipóteses de serem avistados ou ouvidos por quem quer que fosse.
Aqui estamos seguros, disse o homem.
Então, disse sócrates, já me pode responder à pergunta. Qual é a sua opinião sobre o primeiro-ministro?
Na verdade, murmurou o homem, ainda com ar desconfiado, olhando em volta, é que até simpatizo com ele.
Texto de R. Bebiano:
"Estou quase em estado de choque com a forma como pessoas que considero justas e inteligentes qualificam, em alguns dos blogues que frequento ou visito ocasionalmente, não só a actual luta da maioria dos professores mas, e principalmente, os próprios professores. Não falo da dimensão de justeza das queixas que estes têm exposto publicamente – com ou sem a mediação dos sindicatos, nem sempre flores que se cheirem – ou da benignidade dos objectivos do ministério, que no início do processo até considerei globalmente positivos. Falo da perfeita falta de respeito com a qual um dos grupos sociais qualificados que mais duramente trabalha e que na comparação com as responsabilidades que detém pior qualidade de vida possui – refiro-me ao conjunto, não às excepções – é tratado por pessoas que, em nome da defesa do seu argumento, chegam ao ponto de se referirem ironicamente aquilo de que quase todos os envolvidos se queixam amarga e desesperadamente, que é de uma crescente frustração e de um profundo cansaço, colocando ambas as palavras entre aspas. Como se essa «frustração» e esse «cansaço» fossem mera expressão de hipocrisia ou prova de uma inominável casmurrice «anti-qualquer coisa». Só o podem fazer por demagogia ou por ignorância da realidade actual da vida dos professores.
Como sou professor desde 1981 – embora no superior, onde os problemas são outros mas não são menores, onde o desalento e a frustração são diferentes mas não deixam de se sentir de uma forma análoga, embora, até ver, mais silenciosa – e como convivo todos os dias com professores dos diferentes graus de ensino, sei do que estou a falar e só me posso revoltar com essas atitudes de desdém que roçam muitas das vezes o disparate. Como se revoltam também a M. e a J., duas amigas, que há dias chegaram a casa depois de um dia inteiro de trabalho na sua escola, desesperadas, exasperadas, perdidas de cansaço, com o sentimento de se terem tornado incapazes de praticar a profissão da qual um dia tanto gostaram, trocada por uma hiperactividade burocrática feita de decretos e portarias que, entre «parâmetros» obsoletos e «objectivos» impossíveis, envolvidos agora por um clima de competitividade selvagem que jamais desejaram, as tem devastado até à exaustão. E que, ao ligarem a televisão e ouvirem a ministra a declarar naquele tom monocórdico que os professores «precisam trabalhar mais», simplesmente – com aspas, se quiserem – irromperam em lágrimas.
Adenda: Admito que algumas das pessoas que generalizam sobre a «boa vida» dos professores o façam a partir de experiências parciais, por vezes deslocadas para um tempo passado, e não muito distante, onde de facto alguns tinham (alguns de nós tínhamos) uma vida bem mais leve. É preciso dizer que as coisas pioraram de uma forma dramática e esmagadora nos últimos cinco ou seis anos. E têm piorado a cada dia que passa. É desta nova realidade que falo."

sexta-feira, dezembro 05, 2008

O Triunfo dos Porcos

Assim está Portugal. Dias Loureiro envolvido em escândalos. Homem da confiança do Presidente da República. Se for culpado (não direi condenado, porque já imaginamos que não será, como ninguém com peso e influência é, em Portugal), devemos questionar: o que sabia e sabe o Presidente da República? Será que nunca ninguém lhe entrou no gabinete a dizer: "olhe, ouvi falar nisto..." Não acredito que, ocupando os cargos que ocupou e ocupa, se tivesse limitado a dizer "se tem provas, faça queixa à polícia." Não, não é de crer que assim pudesse ter sido. E, no entanto, se há culpa e havia conhecimento de actos ilícitos, como pode o Presidente da República sentir-se impotente para agir? Para denunciar?
*
Jorge Coelho. O currículo diz tudo. Tem mesmo ar de quem foi escolhido para a Mota Engil pela sua competência na área da construção civil (queda da ponte à parte...).
*
Sócrates: um analfabeto funcional, com uma "licenciatura" manhosa, obtida de forma suspeita e que não foi questionada até ao fim; um distribuidor de pcs de gama baixa em países de terceiro mundo, um distribuidor de pcs para televisão ver (depois retirados a quem os recebeu); um demagogo que não hesita em mentir, em contornar a verdade incómoda, em culpar a crise internacional por uma crise interna que é anterior à sua hipotética causa; um governante incapaz de aceitar uma crítica;
*
Deputados: o último espectáculo degradante revela o que é a maioria, um bando de chulos da República; valem pouco, são incompetentes, votam no que lhes mandam votar, sem fazerem valer as suas ideias próprias (se as têm); há excepções, mas cada vez menos
*
Governo: vale o que vale o seu líder; tem grande parte da comunicação social domesticada, tem membros ou ex-membros que disseram e fizeram coisas que ultrapassaram todos os limites da incompetência, mas que não são criticados como outros no passado foram;
*
Justiça: não é cega, só pune os que não têm quem os proteja, os que não têm interesses e poder; é assim no futebol, nas finanças, na política; não há crime de colarinho branco, não há culpados nas derrapagens de obras públicas (veja-se a casa da música, aquela horrível construção que estragou mais uma área do Porto, sem fosso de orquestra, sem programação de valor);
*
Revolução "democrática" do 25 de Abril? Não me parece... O triunfo dos porcos, isso sim.
"Portugal, hoje és nevoeiro" (F.P.)

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Ronaldo ganha Bola de Ouro

A Bola de Ouro 2008, prestigiado prémio da revista francesa France Football, vai este ano para o Cristiano Ronaldo. O internacional português, vencedor em 2008 da Liga Inglesa e da Liga dos Campeões ao serviço do Manchester United, e melhor marcador em ambas as provas.

Ronaldo fica em primeiro lugar (446 pontos em 480 possíveis).

Os 42 golos e as exibições fulgurantes da época transacta, permitem a Cristiano ser o 1º jogador do United a vencer o prémio desde que George Best o conseguiu em 1968.

Nada que já não se esperasse pela brilhante época que fez.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Bom dia

Temperatura abaixo de zero, neve nas montanhas (o Marão de branco, a Aboboreira com salpicos), o gelo estalando debaixo dos pés, a estrada a cintilar de brilhantes como o rosto das adolescentes que sorriem nas aulas, sob os cachecóis, as luvas, os casacos, aninhadas ao aquecedor. Assim despertou hoje esta terra para mais um dia.