"Com este Dia do Diploma queremos dar um sinal de que a conclusão do 12.º ano de escolaridade é indispensável para se entrar no mercado de trabalho"
(josé sócrates)
Grilo Falante:
"Com 500 euros o ME vai pôr aos pulos de alegria, em cada estabelecimento do Ensino Secundário, dois alunos: o melhor dos Cursos científico-humanísticos e o melhor dos cursos profissionais/tecnológicos. Esta colossal fortuna (que nunca ultrapassará os 1000 euros por escola) pode ir para o melhor aluno dos cursos científico-humanísticos que tenha obtido, por exemplo, 19,5 valores; e para o melhor dos cursos profissionais/tecnológicos que tenha alcançado, digamos, 13 valores. O segundo melhor aluno dos cursos científico-humanísticos, com 19,4 ficará, claro, de bolsos vazios a admirar o "Prémio de Mérito" do seu colega dos cursos profissionais/tecnológicos, uns bons furos abaixo dele! Não é tão justo? Tão equitativo? Tão estimulante?
O ME, com a costumeira sensatez pedagógica, acha que um aluno só deve ser estimulado quando acaba o ensino secundário! Antes não. E com que objectivo? (...)
Eu pensava que a ministra considerava mais justo, equitativo e estimulante que o ME premiasse com diploma de Mérito (ainda que não remunerado) todos os alunos que tivessem obtido, por exemplo, nota igual ou superior a 18 valores, no fim do Ensino Secundário. Ou que tivessem média geral de 5 valores na conclusão do 1º, 2º e 3º Ciclo, do Ensino Básico, isto é no 4º, 6º e 9º anos de escolaridade.
O ME não acha necessário espicaçar, para o mérito e para o sucesso, os alunos do ensino básico onde existem os graves problemas do sistema educativo que impedem a progressão para o sucesso nos níveis de escolaridade subsequentes! Seria um despesão estúpido e uma banalização da excelência. Premiar um único aluno é bonito e baratinho. Premiar centenas de alunos sai caro. Instituir o que é praticamente inacessível - esta solitária honra do "Prémio de Mérito Ministério da Educação" - não é a grande mensagem que se deixa às centenas de milhar de alunos para, pura e simplesmente, o ignorarem? (...) E deve ser o ME a esporear apenas o individualismo feroz, isolado, para a excelência? Ou apoiar o maior número possível de alunos, envolvendo-os numa saudável promoção das suas capacidades?
Eu por mim dispensava o Prémio. A verba orçamentada bem podia ser aplicada nas despesas pessoais da senhora ministra, nomeadamente para rímel, sombras, bases, cremes hidratantes, cabeleireiro, guarda-roupa, sapataria, jóias e canetas Montblanc para assinar despachos destes. Serviria para dar uns retoques na estafada e carrancuda imagem pública do Ministério. E, em futuros Prós e Contras, a mensagem do mérito, do sucesso e da excelência da política educativa do ME refulgiria nos ecrãs de plasma de todos os lares portugueses.
É preciso deixar os alunos, professores e encarregados de educação, plasmados numa boa ideia: a do mérito do Ministério da Educação ao acenar com a miragem de premiar o mérito!"
O ME, com a costumeira sensatez pedagógica, acha que um aluno só deve ser estimulado quando acaba o ensino secundário! Antes não. E com que objectivo? (...)
Eu pensava que a ministra considerava mais justo, equitativo e estimulante que o ME premiasse com diploma de Mérito (ainda que não remunerado) todos os alunos que tivessem obtido, por exemplo, nota igual ou superior a 18 valores, no fim do Ensino Secundário. Ou que tivessem média geral de 5 valores na conclusão do 1º, 2º e 3º Ciclo, do Ensino Básico, isto é no 4º, 6º e 9º anos de escolaridade.
O ME não acha necessário espicaçar, para o mérito e para o sucesso, os alunos do ensino básico onde existem os graves problemas do sistema educativo que impedem a progressão para o sucesso nos níveis de escolaridade subsequentes! Seria um despesão estúpido e uma banalização da excelência. Premiar um único aluno é bonito e baratinho. Premiar centenas de alunos sai caro. Instituir o que é praticamente inacessível - esta solitária honra do "Prémio de Mérito Ministério da Educação" - não é a grande mensagem que se deixa às centenas de milhar de alunos para, pura e simplesmente, o ignorarem? (...) E deve ser o ME a esporear apenas o individualismo feroz, isolado, para a excelência? Ou apoiar o maior número possível de alunos, envolvendo-os numa saudável promoção das suas capacidades?
Eu por mim dispensava o Prémio. A verba orçamentada bem podia ser aplicada nas despesas pessoais da senhora ministra, nomeadamente para rímel, sombras, bases, cremes hidratantes, cabeleireiro, guarda-roupa, sapataria, jóias e canetas Montblanc para assinar despachos destes. Serviria para dar uns retoques na estafada e carrancuda imagem pública do Ministério. E, em futuros Prós e Contras, a mensagem do mérito, do sucesso e da excelência da política educativa do ME refulgiria nos ecrãs de plasma de todos os lares portugueses.
É preciso deixar os alunos, professores e encarregados de educação, plasmados numa boa ideia: a do mérito do Ministério da Educação ao acenar com a miragem de premiar o mérito!"
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