Ainda ontem falava nisso com uma amiga. Tudo o que nos acontece pode ser apresentado com uma metáfora futebolística. E, a julgar pela jornada portuguesa deste fim-de-semana, a constante mediania da vida pode ser alterada por surpresas. O desespero do Benfica, a fazer tudo bem feito e mesmo assim a não obter resultados. O tropeção do Porto, inesperado, lembra alguém que a caminho do palco do triunfo tropeça na passadeira estendida, uma passadeira chamada Estrela ou uma passadeira chamada sobranceria, tanto faz. E por fim o Sporting, um homem cansado que começou o dia (o jogo) desanimado, descrente, displicente e a perder. Depois, quando a sorte lhe bateu à porta, sob a forma de um penalti inexistente, falhou como que para confirmar o seu derrotismo. Mas, num momento de total desconcerto apanha um choque e acorda. Afinal, se está tudo ao meu alcance, porque não lutar? E o homem cansado terminou o dia encontrando em si força, alegria, vontade e juventude, o segredo para virar um 0-1 para um 5-1, tudo isto escondido onde ele menos esperava, num jogador chamado Bueno. Claro que amanhã (ou para a semana, como queiram) é outro dia e tudo será diferente. Como na vida, aliás.
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