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sexta-feira, julho 28, 2006

leituras

The Sucessor, de Ismail Kadare, conta a história da "estranha" morte do sucessor do ditador comunista albanês Enver Hoxha. A história é contada de acordo com várias perspectivas, as dos que estão directa ou indirectamente ligados ao sucessor. Este (personagem real), foi encontrado morto no seu escritório com um tiro que atingiu o tronco. Um tiro que, de acordo com a autópsia, entrou pelas costas e não pela frente. Um pormenor que, não obstante, não impediu que prevalecesse a versão oficial de suicídio. O sucessor, homem que deveria herdar o lugar de Hoxha, caiu entretanto em desgraça ao casar a sua filha com o descendente de uma antiga família nobre, poderosa nos tempos anteriores ao comunismo. A anulação do casamento não o impediu de ser avaliado pelo partido, em sessões que o ditador filmava para depois analisar a postura e o comportamento de todos os presentes. A Albânia, ex-ditadura comunista e um dos países mais pobres e atrasados da Europa (et pour cause), tinha 700 mil bunkers e 5% da população nas prisões. Os membros do partido viviam todos no mesmo bairro de Tirana, o Bllok, onde decorre a acção narrada por Kadare. O terror que todos viviam, a incerteza do seu destino, sempre nas mãos do capricho do lider, está bem evidente nestas páginas. E era um sentimento bem verdadeiro, já que as mudanças de posição política do regime acarretavam sempre limpezas no partido. Os adeptos de Tito foram perseguidos e eliminados quando a Albânia se declarou anti-jugoslava, o corpo de alguns deles foi depois exumado e sepultado com honras quando a Albânia ficou novamente pró-tito, para regressarem a valas desonradas quando a posição voltou a mudar.
Um livro que vale a pena ler, que prende desde o início, com uma linguagem clara e que (aspecto a sublinhar) foi vencedor do Man Booker International Prize 2005.
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Também merecedor de leitura, um romance irlandês sobre o lado negro da Irlanda, do crime, da corrupção e da impossibilidade de se construir uma vida quando o passado pesa sobre nós. Nem tudo na ilha esmeralda são campos verdes, raparigas de olhos claros, chuva, música e guinness. William Wall, This is the country (longlisted for the Man Booker Prize, as well).

versos literatura destroços imagens êxtase música diários viagens

Guida, como prometido, aqui está o link para o blog do Paulo Barbosa. Merece ser visto, mesmo para quem não o conhece.

finibanco (finiquê??), ou o nome da incompetência

Por favor, ler esta mensagem publicitária primeiro, para perceber o resto:
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Bonito, não é? Só faltam os violinos. Porém, eis que a realidade é um pouco diferente. Ao abrir a conta, prometem ao cliente o mísero e obrigatório visa-electron num prazo de duas semanas (coisa já de si ridícula para um banco "pequeno", "jovem e dinâmico", que "tem mais tempo para si"). Porém, passado um mês, o cartão continua prestes a chegar. Sempre quase a chegar, como o Pauleta quase marcava um golo. E se quisermos usar o dinheiro que nós lá depositámos (um favor que eles nos fazem, certamente mais uma faceta do tratamento de "forma personalizada e única" que os clientes recebem), uma vez que não temos cartões, teremos de o levantar comprando um cheque. Bem, o cheque só custa €5, porque é um dos serviços (dentro de um "vasto leque") que o cliente não tem "à sua disposição de forma totalmente gratuita." Percebo o finibanco. Se queríamos usar o dinheiro, porque motivo o depositámos lá? Aliás, creio que o que nos parece incompetência pura e simples é uma mais complexa e atenciosa preocupação que esta gente (jovem e dinâmica, não confundir com profissional) tem em relação às nossas despesas e ao endividamento da nação.
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Se é este o modelo de iniciativa privada que tanto se elogia e se deseja para Portugal, estamos conversados.
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Um conselho, se querem abrir uma conta e pretendem utilizar o dinheiro dentro de um tempo que não ultrapasse a esperança média de vida de um terrorista palestiniano, procurem um banco com gente PROFISSIONAL, nada de malta fixe, jovem e dinâmica. Prefiram um banco GRANDE, daqueles que já existiam antes de nós nascermos.

Aforismo

Pior do que um banco, só uma seguradora.

quinta-feira, julho 27, 2006

Mais Israel

«José Rodrigues dos Santos no telejornal da RTP1 das 20 horas disse as primeiras coisas sensatas aí ditas há muito tempo. São sensatas, evidentes e conhecidas de há muito, mas parecem blasfémias ditas nos noticiários mais anti-americanos e israelitas da televisão portuguesa. Disse que muitos libaneses sentem que o seu país está a ser violado por sírios e iranianos para o usarem para uma guerra estrangeira ao Líbano. Disse que era preciso cuidado com a utilização do termo "civis" porque o Hezbollah era só constituído por civis e que usava casas civis de famílias civis para esconder o armamento. Não é novidade nenhuma e não precisava de ir ao Líbano para nos dizer isto, mas no meio da contínua manipulação das palavras que constitui o grosso das notícias sobre o conflito foi um oásis, mais para o lado do jornalismo do que do "jornalismo de causas".»
J. P. Pereira, no Abrupto (no verdadeiro).

terça-feira, julho 25, 2006

melhores frases de canções 1


"...There were ghosts in the eyes
Of all the boys you sent away
They haunt this dusty beach road
In the skeleton frames of burned out Chevrolets
They scream your name at night in the street
Your graduation gown lies in rags at their feet
And in the lonely cool before dawn
You hear their engines roaring on
But when you get to the porch they're gone
On the wind..."
Bruce Springsteen, Thunder road, do album Born to Run:

sábado, julho 22, 2006

As sereias cantariam assim?

Erin Boheme

Se as sereias fossem assim e cantassem assim todos nós seríamos navegantes.
E procuraríamos, para fim da nossa viagem, o derradeiro descanso nos seus braços.

o ME no seu melhor (citação do Abrupto)

4-Como Coordenadora Científica de um Centro de Investigação (e mãe de uma aluna sujeita a esta brincadeira de mau gosto), pergunto: andam a brincar com o contribuinte, com os nossos jovens ou aos investigadores?5- Faço outra pergunta, do fundo da minha indignação cívica - a um professor que ouse "reter" um aluno são pedidos x formulários, relatórios, justificações - e a uma comissão de incompetentes, aquartelada no semi-anonimato do GAVE, que é responsável pela desestabilização e hecatombe de um país inteiro, pela motivação de jovens para irem estudar para fora destas fronteiras, ? que se faz? não há responsabilidades a pedir? bate-se palmas? de ciência pouco sabem e da realidade de aplicação e aplicabilidade dos programas ainda menos. Sinceramente, a Senhora Ministra pode estar cheia de boas intenções para impor regras ao sistema, mas a primeira regra é não se rodear de incompetentes ...e brincalhões."

quarta-feira, julho 19, 2006

Um blog sobre o Porto.

tuppersex

A vendedora de tupperware para maiores de 18 anos. Notícia do Portugal Diário.

Hard Candy

HARD CANDY
Dois actores. Duas personagens. Um fotógrafo de trinta e dois anos (Patrick Wilson), uma adolescente de 14 (Ellen Paige). Depois de várias conversas num chat, marcam um encontro, numa pastelaria. Depois de umas trocas de palavras, vão para casa dele. Todo a acção importante do filme se passa dentro da casa, apenas com as duas personagens. Um filme pesado e cheio de surpresas, com realização de David Slade. Não posso adiantar mais nada ou estrago tudo. Evitem as pesquisas antes de verem o filme. Quando muito, para aumentarem a curiosidade, vejam o trailer.
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Naturalmente, o enredo é improvável, mas o que está por trás é bastante real, pelo que o filme merece ser visto.

segunda-feira, julho 17, 2006

A estabilidade do corpo docente segundo a comunicação social

De acordo com a nossa fantástica comunicação social (que repete o que o governo manda sem pensar um pouco no assunto), as colocações por três anos vão pôr fim às andanças constantes de profs de um lado para o outro e "garantir a estabilidade do corpo docente".
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Antes era assim:
Quadros de escola: ficavam todos os anos na mesma escola, a não ser que pedissem destacamento;
Quadros de Zona: concorriam anualmente para escolas dentro da zona a que pertenciam, mudando de escola anualmente;
Contratados: mudavam de escola anualmente (no melhor dos casos);
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Com as alterações passa a ser assim:
Quadros de escola: ficam sempre na mesma escola, a não ser que tenham horário zero (uma coisa fantástica) sendo, nesse caso obrigados a mudar de escola (justamente);
Quadros de zona: são colocados por três anos na mesma escola, a não ser que a escola não mantenha esse horário no ano seguinte, o que será muito provável, dada a redução anual do número de alunos na grande maioria das escolas do país, excepção feita às grandes cidades; nesse caso concorrem no ano seguinte para nova escola, tal como antes;
Contratados: podem ser recontratados no final do ano lectivo até três anos desde que tenham horário completo na escola onde trabalharam e desde que a escola deseje a sua continuação; ora como a maioria dos horários para contrato são incompletos e as directivas do ministério dizem que não devem ser completados, mesmo que surjam horas novas (estas devem ser dadas a outros profs que estejam na lista dos não colocados, para se reduzir o número de "desempregados" e ficar bem na estatística), serão raríssimos os casos em que a recontratação poderá ser efectuada. E mesmo que o horário, por alguma razão, seja completo desde início, tal acontece por ausência do quadro de escola, pelo que este poderá regressar no ano seguinte, "eliminando" o horário do concurso externo . Ou seja, tal como antes, os tipos que andam por aí a contrato terão também de concorrer para outra escola no ano seguinte.
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Conclusão, tirando os quadros de escola, fixos como antes, o resto mantém-se como estava. Mas de acordo com os nossos jornalistas e comentadores há grandes mudanças no horizonte. Eu cá estou abismado com o amanhecer dourado que é apresentado.

sexta-feira, julho 14, 2006

Israel vs Irão

Israel continua os seus esforços contra o Hezbollah. Este grupo terrorista é financiado pelo Irão e tem as suas instalações militares no sul do Líbano, um território que o recém-libertado regime libanês (após mais de 30 anos de domínio da Síria) não quer ou não consegue dominar e limpar. Infelizmente, o esforço israelita tem de ser feito sem ajuda de mais ninguém, já que a UE prefere assobiar para o ar, para não "ferir" os muçulmanos que acolhe, mas que não consegue convencer a obedecer às leis europeias. Curiosamente, este conflito, provocado pelo rapto e pela morte de soldados israelitas às mãos do Hezbollah, surge precisamente no momento em que o Irão abandonou as negociações com a UE para travar o desenvolvimento do programa de energia nuclear (leia-se, de armas nucleares para destruir Israel). Nada como um pequeno conflito para desviar as atenções do que realmente importa.

quinta-feira, julho 13, 2006

Funcionários no seu melhor

Esta manhã, na papelaria de uma escola secundária, algures no norte do país.
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Aluna: Bom dia, gostaria de comprar um impresso para inscrição na segunda fase dos exames nacionais.
Funcionária: Já cá tenho os impressos, mas não os posso vender porque ainda não os contei.
Aluna: Está a falar a sério ou a gozar comigo?
silêncio
Aluna: Quando é que o pode vender? Tenho de fazer a inscrição hoje.
Funcionária: Venha Segunda-feira, o prazo termina só na Segunda.
Aluna: Mas eu quero fazer a inscrição hoje, afinal já cá estou...
Funcionária: Mas hoje não pode fazer a inscrição, porque a funcionária da secretaria que faz inscrições nos exames só vem na Segunda.

terça-feira, julho 11, 2006

rescaldo do Mundial

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Pois, o Zidane "passou-se". E se calhar poderia ter perdido o prémio de melhor jogador do Mundial (só não sei a quem o dariam... a Buffon? A Ricardo Carvalho? Mais ninguém o mereceu). Mas Materazzi, conhecido por ser um dos maiores caceteiros do futebol italiano (no último Inter Juventus lesionou dois avançados da Juventus com entradas que fariam o Paulinho Santos parecer um jogador correcto), mostrou bem a sua falta de classe. A atitude de Zidane, supostamente merecedora de insulto para o italiano, deveria ter recebido um aplauso. Valdano conta que, nos seus primeiros tempos em Espanha, dirigiu-se ao grande Crujff tratando-o por tu. Este olhou-o e perguntou-lhe a idade. O jovem Valdano respondeu (teria à volta de 20 anos). "Pois com essa idade, a Crujjf tens que o tratar por Senhor", terá dito o holandês. Valdano calou-se e registou o momento. Num dos seus livros de crónicas, relata-o com orgulho. Evidentemente, Materazzi não sabe escrever, e é incapaz de compreender que aquela resposta não é arrogância. É estilo e classe. E insultou. Qual o insulto? Só Zidane (em silêncio) e Materazzi o sabem. Os jornais especulam: "terrorista islâmico" e "a tua irmã é uma puta", segundo os jornais britânicos e franceses (conferir artigo do As citado em cima). Se foram estes, são graves, ainda que não mereçam uma cabeçada. Já a ignorância...
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Posto isto, a Itália mereceu a vitória. Para calar os franceses. E porque era a melhor equipa do Mundial. E porque já tinha perdido nos penaltis em 94 com o Brasil (oh, Baggio...) e na morte súbida no europeu de 2000 com a França, golo do mesmo Trezeguet que agora "ofereceu" o título aos Italianos. De Vila Real à Madeira, os portugueses torceram pela Itália e festejaram como se tivessem ganho eles alguma coisa. Gostei de ver.
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Pauleta abandona a selecção. Os nossos adversários choram de tristeza. Nós aplaudimos, mas não suspiramos de alívio, porque isso pode significar a titularidade do Postiga. Mas a capa da Bola do último domingo dizia tudo em relação à importância de Pauleta:
"Capitão [Figo], Pauleta e Kahn abandonam selecções. Já temos saudades de FIGO".
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Vamos ter mesmo muitas saudades do Figo, ah pois vamos. Tal como temos do Eusébio.
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Não tem nada a ver com o Mundial, mas Capello está de volta ao Real Madrid. De onde nunca deveria ter saído. É hora de reservar já a Cibelles.

segunda-feira, julho 03, 2006

A minha sobrinha

Amigos niveladores,

Não sei se consigo descrever-vos a sensação de felicidade que me invade neste momento.
O nascimento da Leonor deixa-me a transbordar de sentimentos bons, é maravilhoso...
Depois de um dia a roer as unhas, cheia de ansiedade, a olhar para o relógio de minuto a minuto, eis que o telefonema do papá dá a boa nova... já nasceu e correu tudo bem. Eram estas as palavras desejadas. A sis portou-se bem, e o meu coração transborda de orgulho.
A minha sobrinha é linda, linda.
Vou fazer minhas as palavras da Eva: "Prima, hoje é o dia mais feliz da minha vida", é isso mesmo que apetece dizer, não são precisas mais palavras. A "miúda" só tem 6 anos mas já sabe muito.
Não consigo escrever um post à altura do acontecimento, mas a Leonor perdoar-me-á pois sabe o quanto eu gosto dela.
Leonor, a tia deseja que sejas muito feliz. Quando quiseres ir a um festival de música, tipo sudoeste, ver futebol no estádio do Dragão, assistir a concertos ao vivo nos estádios apinhados de gente, furar as orelhas e coisas que tais falas comigo, pois já sabes que a mãe é muito snob :)
A tia está a brincar, tu sabes que a mãe vai ser a melhor do Mundo, e o pai também.
beijinhos

Bem vinda, Leonor








"Nós pusemos tanto amor em si que tenho a certeza que é linda"

(Lobo Antunes, carta para a filha recém-nascida. 23.06.071)
Ou vosso pensamento enquanto a esperavam...
Nós também temos a certeza que é linda! Que vai ser linda!

domingo, julho 02, 2006

Zidane - a verdade do futebol

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Afinal a final não terá o Brasil. Creio que nem a fifa o tentou, desta vez, tal a fraqueza da selecção da América latina. A experiência é sempre superior, quando tem qualidade. Basta recordar a inesquecível vitória na final da Taça dos Campeões Europeus do "velho" AC Milan de Capello contra o dito dreamteam do Barcelona de Crujff.
E nas quatro melhores, só temos equipas europeias. Duas gigantes (Itália e França), uma grande (Alemanha) e uma outsider (Portugal). Mas mesmo com um Ricardo incomparável, não sei se será possível aspirar a mais. Talvez com o terceiro lugar. Porque depois do que a França e a Itália mostraram, com as suas lições de táctica e futebol, são as grandes favoritas.
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Adeus Brasil. O futebol é europeu. E o melhor jogador do mundo também. Chama-se Zidane. Os outros são produtos de marketing. Como disse um dia Lorenzo Sanz, ex-presidente do Real Madrid, Raúl só não foi eleito o melhor do mundo (três champions, melhor marcador da champions...) porque não se chamava Raulito Carioca.

sábado, julho 01, 2006

jornalismo luso no seu melhor


Porque é que não é xenofobia chamar "bifes" aos ingleses? Se O jogo (que não está sozinho na metáfora delicada, também a sportv a usa) fizesse uma primeira página sobre o jogo de Angola a dizer "contra Angola e em força" também passava? Ou "vamos fazer-lhes a vida negra"? E "até os deixamos de olhos em bico" se jogarmos com a Coreia? "Amarelos de inveja"? Não? E que tal uma piadinha sobre Maomé ou Alá num jogo com a mourama? Não convém? É indelicado?
Se os ingleses são bifes, os alemães são boches, salsichas ou nazis? E os franceses são avecs ou sapos?

choque electrónico

As candidaturas para dar umas aulecas no próximo ano são todas feitas por computador. Lembram-se da polémica e das críticas feitas ao governo PSD quando o programa falhou? Pois bem, o concurso abriu há uma semana, o prazo terminava hoje, mas a página esteve mais tempo indisponível e o prazo lá teve de ser alargado para 2ª feira, após pedidos insistentes dos sindicatos e muitas reclamações. Eu passei o dia de hoje a tentar concorrer. Preenchido o impresso "electrónico", vou submeter a candidatura e ... erro. Volto a tentar, novo erro. Ocorreu um erro de gravação, dizem eles. Pois bem, contacte os nossos serviços. O problema é que só o posso fazer na 2ª feira, das 10 às 18. Ah, há um mail. Coloque o seu número de candidato e a password para enviar o mail. Feito. Novo erro. O seu perfil de utilizador não lhe permite utilizar esta opção. Fantástico. Será que só pode enviar mail quem tem algum código secreto? Ou é só para quem não tem dúvidas? Choque tecnológico? Com os incompetentes que povoam o ministério da educação, o que era necessário era choques eléctricos para todos eles. Ou o napalm que receitou Maria Filomena Mónica.
Como? Estas falhas do sistema não passaram na tv nem abriram noticiários? Deve ser porque hoje o país é cor-de-rosa. Porque se fosse laranja, de certeza que se pediriam demissões...