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quinta-feira, março 01, 2007

Ditadura da saúde

Como é hábito, o governo português gosta de copiar o que de mau é feito fora do país. A nova lei do tabaco (que a tvi apelidou, de forma curiosa, de "lei-seca do tabaco" é mais um exemplo. A Europa, na linha dos EUA (a sua pior faceta), há muito que caiu na armadilha politicamente correcta de criar uma raça de gente saudável. Não necessariamente ariana, mas saudável. Sem a "degeneração" que o vício, necessariamente, evidencia. E se o indivíduo quiser o prazer do vício, deve ser por isso perseguido. Não deixa de ser curioso, mas se o álcool é muito mais destrutivo do que o tabaco, porquê proibir este e não o primeiro? É que o tabaco, que se saiba, não está ligado a actos de violência, nem a acidentes rodoviários. E, se o governo quer uma raça pura, devia saber que os jovens bebem mais do que fumam. Outra coisa curiosa, que também escapa ao meu entendimento: qual é a lógica de proibir o tabaco (substância legal, note-se) em todos os estabelecimentos públicos e, ao mesmo tempo, defender a criação de locais para consumo de outras drogas (ilegais)?
Claro que é provável que esta proibição se estenda a tudo o que é "nefasto" para a saúde: o álcool será o próximo? E porque não o café e o chá? E o chocolate? E a coca-cola? E os doces?

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