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sábado, janeiro 07, 2006

Para não dizerem que sou só eu

"A obscura política comunicacional governativa – O ano passado era a “central de comunicações” de Santana Lopes, este ano é a gestão mais profissionalizada, com maior colaboração silenciosa de muitos simpatizantes no meio da comunicação social, do controlo governativo. As grandes manobras da propriedade, que a montante ou a jusante, incluem sempre o beneplácito do poder político num país como o nosso tão dependente do estado, estão pouco esclarecidas. Mas quase tudo vai no mesmo sentido. Se houvesse um medidor não impressionista do “grau de incomodidade” da comunicação social face ao poder, ver-se-ia como ele baixou significativamente. Um exemplo: o modo como foi tratada a conflitualidade social, seguindo uma linha governamental, nunca nos dando a ideia da dimensão do que estava a acontecer e vista sempre numa luz hostil."
J.Pacheco Pereira, no Abrupto.
Fico feliz por ver que sou só eu a dizer que a comunicação social é a voz do governo (excepção feita ao Independente) a louvar medidas governamentais que, se fossem tomadas pelos anteriores governos de Durão Barroso e de Santana Lopes seriam criticadas imediatamente. E a dar a entender (usando umas estatísticas por vezes de origem duvidosa) que os Portugueses trabalham menos que os restantes europeus (em muitos casos, falso, já que a nível de produtividade estamos acima de Italianos e Espanhóis e, a nível de faltas ao trabalho, muito abaixo dos sempre elogiados nórdicos).

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