"Enemigo en la contienda
Cuando pierde da la mano
Sin envidias ni rencores
Como bueno y fiel hermano"
Assim cantam os adeptos do Real Madrid. E assim actuam. Quando Ronaldinho marcou o terceiro golo do Barcelona em pleno Santiago Bernabeu, o público levantou-se e aplaudiu. Já o tinha feito no passado, quando Maradona jogou como mais ninguém foi ou será capaz de jogar. E quando o argentino Redondo (ao serviço do AC Milan) regressou ao estádio onde actuou vários anos, e deixou o campo para ser substituído, recebeu a maior ovação da noite.
[Entretanto, do outro lado do país, em Barcelona]
No museu do Barcelona estão os nomes e fotos de todos os jogadores que pertenceram ao plantel blaugrana menos o de Luís Figo. E todos se recordam de como Figo foi lá recebido, com cabeças de porco, isqueiros e outros projécteis arremessados.
É sempre bom recordar estes dados. Mostram a diferença entre os adeptos de um e de outro lado. Por isso em Barcelona se festejam vitórias a todo o custo. E em Madrid se assobia quando a equipa joga mal, mesmo que ganhe. Ali não bastam os pontos, é preciso jogar em verso, como diz o hino do centenário (na voz de Placido Domingo):
"Hala Madrid!
Campo de estrellas
Donde crecí
Hala Madrid!
Juegas en verso
Que sepa el universo
Cómo juega en Madrid"
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