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sábado, dezembro 10, 2005

E ainda há quem defenda as cotas

Quem defende as cotas deveria olhar para a Fifa. A Fifa é a maior instituição internacional a funcionar com base nesse sistema. Não importa o mérito, mas a o grupo a que pertences. E como a escolha das selecções que vão estar presentes no mundial se faz segundo critérios de localização geográfica e não de qualidade, eis as maravilhosas equipas que vamos ter no Alemanha 2006 (a vermelho as que manifestamente não sabem jogar futebol e não deveriam lá estar):

Grupo A: 1. Alemanha 2. Costa Rica 3. Polónia 4. Equador
Grupo B: 1. Inglaterra 2. Paraguai 3. Trinidad e Tobago 4. Suécia
Grupo C: 1. Argentina 2. Costa do Marfim 3. Sérvia/Montenegro 4. Holanda
Grupo D: 1. México 2. Irão 3. Angola 4. Portugal
Grupo E: 1. Itália 2. Gana 3. Estados Unidos 4. República Checa
Grupo F: 1. Brasil 2. Croácia 3. Austrália 4. Japão
Grupo G: 1. França 2. Suíça 3. Coreia do Sul 4. Togo
Grupo H: 1. Espanha 2. Ucrânia 3. Tunísia 4. Árabia Saudita

Da América Latina entram geralmente 4 equipas (uma ficou pelo caminho, surpreendentemente eliminada pela equipa da Oceania, a Austrália), embora só Argentina e Brasil saibam o que fazer com uma bola. O Uruguai foi grande nos anos 30, mas desde então...
Da Ásia nenhuma selecção, em condições de igualdade, estaria entre os finalistas. Mesmo os EUA, que têm desculpa porque o futebol entre eles é uma coisa recente (e, pasme-se, desporto chic), só entram porque no seu continente os outros ainda são piores (Cuba, Canadá e outras nulidades).
Em África só se joga futebol do Sara para sul, e não é em todo o lado. Pelo que se lamenta a ausência dos Camarões (mas como o seleccionador era Artur Jorge percebe-se porque ficaram atrás de Angola).
E na Europa, não conseguiram qualificar-se selecções como Rússia, Croácia, Escócia, Irlanda, Roménia, Bulgária, Hungria ou Estónia (de acordo, estas últimas também não iriam lá fazer nada, mas entre elas e o Irão, a Tunísia e o Togo... pelo menos tínhamos as Húngaras e as Bálticas nas bancadas).
Por fim, para os ecuménicos, saudemos as 4 selecções que falam português: Portugal, Brasil, Angola e (se não estou em erro) Togo, que tem 13 brasileiros naturalizados.
O nosso primeiro jogo é com Angola. Podemos até ser eliminados, mas a missão é ficar à frente destes gajos. Ainda não me esqueci do último Portugal Angola (que marcou o início da demolição do velho Estádio de Alvalade), com o público angolano a fazer horas extraordinárias, removendo as cadeiras enquanto no relvado os seus jogadores (?) demoliam as pernas dos nossos.

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