Descobri Annie Proulx quando vi o dvd do Shipping News. Gostei tanto do filme que tentei perceber quem teria escrito aquele enredo. Mas o livro ainda não havia sido traduzido em Portugal. Ninguém reparou no filme, ainda menos na obra que estáva na sua origem. Mas eis que surge o filme, para mim cansativo e pouco sedutor que foi O Segredo de Brokeback Mountain, baseado num conto da mesma autora. Nada melhor do que falar da homossexualidade para despertar alguma curiosidade nas pessoas. Assim, Annie Proulx passou a ser um nome conhecido por estas paragens. O que arrastou a tradução de mais obras suas, nomeadamente o referido Shipping News. Feliz da vida recebi o livro de presente e voltei a mergulhar no ambiente que tão bem foi retratado no filme.
Agora debato-me com Crimes do Acordeão. Debato-me não será o melhor termo, mas dada a complexidade da escrita desta senhora, a sua leitura torna-se quase uma luta. A primeira impressão que tenho do livro, agora que vou a cerca de metade, é que parece uma corrida de estafetas. Em que a estafeta é um acordeão. O livro está dividido em oito capítulos que mais não são do que oito contos, unicamente ligados pelo mesmo acordeão. É um jogo, um jogo para contar um século de história americana e dos emigrantes que a contruíram. Mexicanos, italianos, irlandeses, canadianos...
No jardim ou na praia, têm-me acompanhado este tijolo com mais de 450 páginas. É uma bela companhia :) daí a recomendação.
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