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sexta-feira, julho 06, 2007

ROTH


Comecei por ler a crítica. Não que precisasse de uma crítica boa para pegar no livro. Calhou! Comprei-o na última visita à Fnac mas não o li de imediato. Quem o fez primeiro foi o G. Gostou. Fiquei a cismar. Afinal o livro não deveria ser muito pessimista, nem dramático e angustiante. Felizmente terminou rapidamente e eu segurei-o com força não fosse ele escapar-me. Comecei nessa mesma noite. Mas o sono não me deixou avançar muito. Na manhã seguinte fui confrontada com a morte repentina, inesperada e injusta de alguém que ainda devia por aqui andar. Ao fim da tarde, tomada por um sentimento de tristeza, de incompreensão, fui caminhar para o meio das ruas movimentadas desta pequena cidade. Para me sentir viva. Já cansada, sentei-me num banco do jardim. Escolhi um sem sombra, porque apesar do sol sentia-me arrepiada. E para que o sol não maltratasse a minha cabeça, protegia-a com a minha book cover. E ali fiquei. Até à última linha. A morte! A morte que é tão banal, que faz parte do quotidiano mas que não conseguimos aceitar. Que nos apanha sempre de surpresa, seja ela esperada ou repentina. A degradação do corpo...
Educam-nos para a vida e não o fazem para a morte. Contamos às crianças a "estória" da sementinha que o pai põe na barriga da mãe e depois escondemos a morte.
O livro não é amargo. Deve-se ler. Porque transforma-nos. Porque faz-nos pensar. Boas leituras!

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